Åsta GudbrandsdatterÅsta Gudbrandsdatter (c. 975/980 – c. 1020/1030) foi mãe de dois reis da Noruega, Olavo II Haraldsson e Haroldo III Hardrada.[1] A fonte primária de sua vida é a saga Heimskringla de Snorri Sturluson, uma coleção de contos sobre a vida dos reis noruegueses do século XIII. Na crônica, é descrita como "generosa e magnânima",[2] e como uma agente política afiada, orientando influência sobre seus maridos reais e filhos.[3] Esposa de Haroldo da GrenlândiaÅsta Gudbrandsdatter aparece pela primeira vez na "Saga do Rei Olavo Tryggvason", de Snorri Sturluson, como a esposa de Haroldo da Grenlândia, um régulo no Folde Ocidental. No verão de 994, embora já casada com Åsta, Haroldo viajou ao Báltico e propôs casamento à sua irmã adotiva Sigride, a Orgulhosa. Tinha descoberto que suas propriedades rurais na Suécia não eram menos extensas do que a sua própria, na Noruega, e prometeu abandonar Åsta, que apesar de "boa e inteligente" não era bem-nascida como ele. Sigride recusou, objetando que Haroldo devia sentir-se feliz em seu casamento existente e que Åsta estava levando seu filho. Quando ela partiu, Haroldo a perseguiu de volta à sua propriedade. Naquela noite, Sigride organizou uma grande festa em que Haroldo e seus companheiros ficaram bêbados. Sob o manto da escuridão, ordenou seus homens armados a incendiar o salão em que Haroldo dormia, e ele foi morto; aqueles de seus companheiros que escaparam das chamas foram mortos à espada. Na sequência deste episódio, Sigride.[4] Ao saber da morte de seu marido, Åsta estava indignada tanto pela infidelidade de Haroldo e seu assassinato. Ela voltou imediatamente à casa de seu pai Gudbrand Kula em Oppland, onde mais tarde nesse ano deu à luz um filho, a quem chamou de Olavo Haraldsson. Ele viria a ser reconhecido como Santo Olavo, Rei da Noruega entre 1015 e 1028.[5] Casamento com Sigurdo, o Semeador e batismoLogo após a de seu marido, Åsta casou-se com Sigurdo, o Semeador, rei de Ringerike, e trouxeram o menino Olavo com ela para ser criado na casa de seu padrasto.[6] Quando o rei Olavo Tryggvason da Noruega chegou em 998 para converter a população de Ringerike ao cristianismo, Sigurdo, Åsta, e Olavo Haraldsson, todos foram batizados, com o próprio rei atuando como padrinho do jovem menino.[7] De acordo com as sagas, Åsta e seu marido eram governantes bons e nobres e juntos tiveram os seguintes filhos:[2]
InfluênciaEm 1007, organizou a primeira expedição militar de Olavo, ordenando ao mordomo Hrane a levá-lo então com doze anos, a bordo de um navio de guerra como comandante. De acordo com o Heimskringla, era costume que um capitão de ascendência nobre automaticamente recebesse a patente 'Rei'; Åsta, portanto, estrategicamente garantiu um título para seu filho, embora ainda não tivesse nenhuma terra ou herdade.[9] Quando Olavo voltou para casa em 1014 como um líder realizado, sua mãe ordenou sua criadagem a recebê-lo como um grande rei. Quando Sigurdo ouviu isso, conhecendo as ambições de Olavo, questionou se Åsta poderia "tirar seu filho deste negócio com o mesmo esplendor que ela estava o colocando."[10] Olavo levou sua mãe para o conselho militar, juntamente com Sigurdo e Hrane. Quando compartilhou sua intenção de declarar-se o único governante da Noruega, Åsta jogou seu apoio em seu filho:
Sigurdo deu apoio militar a Olavo em suas campanhas e por ocasião da vitória de seu filho 1018 sobre os reis de Oppland, sua mãe realizou uma grande festa de vitória.[12] Também foi a mãe do rei Haroldo III, que tinha quinze anos quando seu irmão Olavo morreu na batalha de Stiklestad em 1030.[13] Haroldo governou a Noruega de 1046 até sua morte em 1066 na batalha de Stamford Bridge; sua famosa derrota pelas forças do rei da Inglaterra Haroldo Godwinson tem sido tradicionalmente considerada o fim da Era Viquingue. Referências
Leitura adicional
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