Áustria Alemã
A República da Áustria Alemã ou Áustria Germana (em alemão: Republik Deutschösterreich) é o nome que recebeu o Estado austríaco logo após o desmembramento do Império Austro-Húngaro, no término da Primeira Guerra Mundial. Este Estado, com território um pouco maior que o da Áustria actual, tentou reclamar territórios povoados por alemães étnicos na Checoslováquia e na Hungria e procurou ser anexado pela Alemanha de Weimar, com o objectivo de formar um grande Estado alemão. Por esta razão foi conhecida na época como Alemanha Oriental que inclusive seu governo perseguia tanto comunistas nacionais quanto estrangeiros,[1] que não deve confundir-se com a Alemanha Oriental comunista (República Democrática Alemã) da Guerra Fria. HistóriaFormaçãoDurante a monarquia de Habsburgo, Império Austríaco e Império Austro-Húngaro, o termo Áustria Alemã utilizava-se para designar as regiões povoadas por etnias alemãs no império. Ao iniciar-se o desmembramento do Império Austro-Húngaro, os membros austríacos do parlamento converteram-se de fato nos governantes da Áustria. Imediatamente criou-se uma assembleia nacional provisória, constituída por representantes de todas as províncias da Áustria. Também se agregaram representantes da Boémia, Morávia e da Silésia austríaca, representando as populações alemãs que não queriam formar parte da Checoslováquia, constituída em 28 de outubro de 1918. Em 11 de novembro desse mesmo ano, o imperador Carlos I abdicou e no dia seguinte foi proclamada a República da Áustria Alemã como uma república democrática, parte da República da Alemanha. Karl Renner foi designado Chanceler da Áustria e Karl Seitz, do Partido Social-Democrata da Áustria foi designado Presidente da Áustria. A Áustria Alemã reclamava o território da Áustria moderna, a região do Tirol Meridional e Tarvisio na Itália, o sul da Caríntia e da Estíria da Eslovénia, e os Sudetas da República Checa. Todas estas regiões estavam habitadas naquela época por uma importante população alemã, que tinha feito parte da Áustria-Hungria. Depois de realizar plebiscitos nas diversas regiões, obtendo resultados a favor da unificação com a Alemanha, a Áustria Alemã procedeu em 22 de novembro à reclamação oficial das regiões mencionadas, assim como à declaração das suas intenções de unificação com a Alemanha. Como era de antever, o objectivo austríaco estava condenado ao fracasso desde o princípio, já que não contava com o apoio de nenhuma potência europeia, à excepção da Alemanha, que naquele momento se encontrava em luta contra una gravíssima crise económica e uma revolução socialista. Incapaz de enfrentar o Reino de Itália, Checoslováquia e o recente Reino da Iugoslávia, a Áustria teve que fazer-se depender da decisão dos Aliados vitoriosos" França e Reino Unido. Estes negaram-se a tal, e Karl Renner foi pressionado para assinar o Tratado de Saint-Germain-en-Laye a 10 de setembro de 1919, onde entre outras coisas se altera o nome da jovem república - de Áustria Alemã para Áustria (somente), e se proibia a unificação do país com outro a menos que contasse com a aprovação da Liga das Nações. De igual modo, no Tratado de Versalhes, a Alemanha foi proibida de se unificar com a Áustria. A Primeira República Austríaca sucederia à Áustria Alemã até que finalmente foi anexada à Alemanha Nazi com o Anschluss de 1938. Referências
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