Em análise funcional, uma álgebra de Banach A é um espaço de Banach e uma álgebra associativa sobre um corpo (normalmente
ou
), em que o produto
é associativo e a norma satisfaz:
, para todo par ![{\displaystyle u,v\in A}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/9f2008c09e2735d4513a7ce011579d57b99aecc5)
Essa propriedade garante que a operação multiplicação é contínua.
- Se existe uma identidade multiplicativa
, chamamos
de unidade
- Uma álgebra de Banach é dita unital se se tiver identidade multiplicativa
de modo que
. Podemos provar se a álgebra de Banach possui unidade, há uma norma equivalente onde ela será unital
- Dizemos que a álgebra é comutativa se a operação
for comutativa
- Se
e
é álgebra com a mesma multiplicação de
, então dizemos que
é subálgebra de ![{\displaystyle A}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/7daff47fa58cdfd29dc333def748ff5fa4c923e3)
- Toda álgebra de Banach é isométrica a uma subálgebra de uma álgebra unital de Banach. Isto garante que toda álgebra de Banach pode ser vista como subálgebra de uma que seja Banach e unital
Por causa do ultimo item acima é comum presumir que sempre tratamos de uma álgebra de Banach unital. Dizemos que um elemento
é inversível se existe
de modo que
. Uma
*-álgebra é uma álgebra de Banach munida de uma involução satisfazendo propriedades da adjunta.
Alguns fatos
- Toda
-álgebra é uma álgebra de Banach, por definição.
- Em uma álgebra de Banach, o espectro de um elemento é um subconjunto fechado de
.
- A soma direta de álgebras de Banach ainda é uma álgebra de Banach.
- Toda álgebra de Banach sobre os reais que é também uma álgebra com divisão é isomorfa ou aos reais ou aos complexos ou aos quatérnios. Isso implica que a única álgebra de Banach sobre os complexos que é também álgebra com divisão é os próprio
(Teorema de Gelfand–Mazur) [1]
- Numa álgebra de Banach unital, o conjunto dos elementos invertíveis forma um conjunto aberto (na topologia do espaço topológico induzido pela norma)
- Numa álgebra de Banach unital sobre os reais ou sobre os complexos, se
é elemento da álgebra de modo que
, então
é inversível[1]
Alguns exemplos
- O conjunto dos reais (ou dos complexos) forma uma álgebra de Banach com a norma dada pelo módulo
- O espaço de n-uplas reais
(ou complexas
) é uma ágebra de Banach com a norma
e o produto termo a termo
- Os quatérnios são uma álgebra de Banach sobre os reais, com a norma sendo o valor absoluto
- Os quatérnios não formam uma álgebra de Banach sobre os complexos
Teoria espectral
Álgebras unitais sobre os complexos dão um contexto base para a teoria espectral. Dado
elemento da álgebra de Banach unital sobre os complexos, definimos o espectro de
como
. O espectro de um elemento, nestas condições, é compacto e não vazio sempre e satisfaz a formula do raio espectral:
![{\displaystyle \sup\{|\lambda |:\lambda \in \sigma (x)\}=\lim \limits _{n\to \infty }||x^{n}||^{1/n}}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/ff3609738dd405e2381fb3f9fe4d93b47b4f7555)
Referências