William Bainbridge aprendeu a arte de marinharia como tripulante em barcos no rio Delaware e aos 15 anos de idade, foi para o mar a serviço da marinha mercante em uma escuna usada no comércio entre os Estados Unidos e Holanda. Em sua quarta viagem enfrentou e debelou um motim juntamente com o capitão do navio. Graças a sua coragem e habilidade como marinheiro foi feito comandante do navio mercante com a idade de 19 anos.[3][4]
Os navios comerciais norte-americanos da época eram impedidos de negociar diretamente com países que compunham a British West Indies (Ilhas do Caribe que faziam parte do Império Britânico), como consequência Bainbridge se envolveu com o contrabando para a região.[5]
Marinha dos Estados Unidos
Pré guerra
Foi o tenente comandante da escunaUSS Retaliation em 1798 quando da organização da Marinha dos Estados Unidos em 1798. O navio foi capturado por duas fragatas Le Volontier e L' Insurgente de bandeira francesa sem luta, pois Bainbridge confundiu os navios com veleiros ingleses. Apesar do fato recebeu um novo comando como mestre comandante a frente do brigueUSS Norfolk que dispunha de 18 canhões, com ordens de promover ataques corsários contra os franceses.[6]
Guerra de Trípoli
Em 1800, meses antes do início da Guerra de Trípoli (1801–1805), Bainbridge foi designado para pagar o tributo que os Estados Unidos negociou com o paxá de Argel como proteção contra captura de navios mercantes norte-americanos no Mar Mediterrâneo. A missão foi executada a frente do USS George Washington.[7]
Thomas Jeffersonterceiropresidente dos Estados Unidos (1801-1809) descobriu que subornar os piratas da região não trouxe resultados, e decidiu usar a força. Em 21 de maio de 1803, Bainbridge foi colocado no comando do USS Philadelphia, com a missão de impor um bloqueio naval a cidade de Tripoli. O veleiro encalhou em um recife desconhecido em 21 de outubro de 1803 e todos os esforços para desencalhar o navio foram infrutíferos. Sob fogo de tiros de canhão de canhoneiras inimigas e baterias de costa por mais de cinco horas, William Bainbridge se rendeu e o navio foi capturado. A tripulaçao ficou aprisionado por dezenove meses. O Philadelphia foi destruído por um incêndio em 16 de fevereiro de 1804, provocado pelo USS Intrepid ação comandada por Stephen Decatur e tinha como objetivo interromper a utilização do navio norte-americano em operações de pirataria. Em 3 de junho de 1806 Bainbridge foi libertado e retornou aos Estados Unidos. Em 1809 assumiu o comando da fragataUSS President com a missão de patrulhar ao largo da costa do Atlântico. Em junho de 1810 deixou o navio tendo sido transferido para atividades em terra.[8][9]
Guerra de 1812
A Guerra anglo-americana (1812-1815) iniciada em 15 de setembro de 1812 entre o Reino Unido e Estados Unidos, foi motivada por ataques contra a frota mercante americana por parte dos britânicos, que também armavam nativos indígenas da região dos Grandes Lagos, para atacarem comunidades e grupos de colonos americanos que viajavam em direção ao oeste.
A ultima atuação do Comodoro William Bainbridge foi a preparação em Boston de uma frota de navios de guerra para combater a pirataria na região da Argélia, tarefa que não concluiu a tempo por ter sido superado por Stephen Decatur (1779 – 1820) que partiu do porto de Nova York. Stephen Decatur capturou os navios argelinos Meshuda e Estedio, que foram trocados por prisioneiros norte-americanos e europeus capturados por atos de pirataria.[5]
Entre 1824 e 1827 ficou a frente de um órgão administrativo responsável pelos suprimentos da Marinha do Estados Unidos.[13]
Faleceu em 1833 em consequência de uma pneumonia.[5]
Barnes, James (1896). Naval actions of the War of 1812. [S.l.]: Harper & Brothers, New York. 263 páginasUrl
Harris, Gardner W. (1837). The life and services of Commodore William Bainbridge, United States navy. [S.l.]: Carey Lea & Blanchard, Philadelphia. 254 páginas. ISBN0945726589Url1Url2
Cooper, James Fenimore (1846). Lives of distinguished American naval officers. [S.l.]: Carey and Hart, Philadelphia. 436 páginas. OCLC620356Url
——— (1853). Old Ironsides. [S.l.]: G.P. Putnam, 1853. 49 páginasUrl
Roosevelt, Theodore (1883). The naval war of 1812: ... [S.l.]: G.P. Putnam's sons, New York. 541 páginasUrl
——— (1901). The naval operations of the war between Great Britain and the United States, 1812-1815. [S.l.]: Little, Brown, and Company, Boston. 290 páginasUrl1Url2Url3