Waldemar Cierpinski
Waldemar Cierpinski (Neugattersleben, 3 de agosto de 1950) é um ex-fundista da Alemanha Oriental, bicampeão olímpico da maratona. É um dos dois únicos atletas na história dos Jogos Olímpicos a conseguir este feito. CarreiraNascido na antiga Alemanha Oriental, Waldemar foi originalmente um corredor dos 3.000 m com barreiras, bem sucedido em competições nacionais, que migrou para a maratona em 1974.[1] Virtualmente desconhecido internacionalmente quando chegou para disputar os Jogos de Montreal em 1976, ele surpreendeu a todo o mundo do atletismo ao conquistar a medalha de ouro na maratona, derrotando o então favorito e campeão olímpico Frank Shorter, dos Estados Unidos, estabelecendo novo recorde olímpico para a prova - 2h 09min 55s - e quebrando a barreira das 2h 10min pela primeira vez em Jogos Olímpicos.[2] Em 1980, nos boicotados Jogos Olímpicos de Moscou, Waldemar reprisou a vitória, correndo conservadoramente até os últimos quilômetros da prova, para assumir a liderança e disparar nos 200 m finais, dentro da pista de atletismo, igualando-se ao lendário etíope Abebe Bikila como bicampeão olímpico da maratona.[3] Após uma medalha de bronze conquistada no primeiro Campeonato Mundial de Atletismo realizado em Helsinque em 1983,[3] ele viu sua chance de um inédito terceiro título olímpico desaparecer com o boicote da URSS e seus aliados políticos aos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1984. Hoje Waldemar vive na cidade de Halle an der Saale onde tem duas lojas de artigos esportivos e ainda participa por prazer de corridas de rua na Alemanha, sendo membro efetivo do Comitê Olímpico Alemão. Ele foi um dos principais dirigentes e coordenadores da fracassada candidatura de Leipzig à sede dos Jogos Olímpicos de 2012, vencida por Londres. Seu filho, Falk Cierpinsky, é um ex-triatleta convertido à maratona, que venceu a Maratona de Munique de 2007 e também competiu nesta prova no Campeonato Mundial de Atletismo de 2009, em Berlim.[1] Controvérsias sobre dopingCom a reunificação alemã nos anos 1990, documentos do antigo estado alemão-oriental vieram à tona e comprovaram que, entre 1968 e 1988, as autoridades esportivas do país promoveram o fornecimento controlado de esteróides anabolizantes a mais de dez mil de seus atletas de diversas modalidades esportivas. Nos arquivos descobertos em Leipzig, sobre o atletismo alemão da época, Cierpinski teria o número-código 62.[3] Apesar de suas negativas de que fizesse uso das drogas – os esteróides citados são comumente mais usados como doping por atletas que tem necessidade de força e explosão, não de maratonistas – o americano Frank Shorter, campeão olímpico da maratona em Munique 1972 e medalha de prata em Montreal 1976, atrás de Waldemar, tem travado uma batalha nas cortes esportivas desde os anos 1990 para que a vitória de Cierpinski seja anulada por doping e a medalha de ouro lhe seja entregue por direito.[4] Ver tambémReferências
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