Todo Dia a Mesma Noite
Todo Dia a Mesma Noite é uma minissérie brasileira de drama biográfico produzida pela Morena Filmes e lançada pela Netflix em 25 de janeiro de 2023. Criada por Gustavo Lipsztein, baseada na obra Todo Dia a Mesma Noite: A História Não Contada da Boate Kiss, de Daniela Arbex, conta com direção geral de Júlia Rezende e direção de Carol Minêm.[1] A minissérie aborda ficcionalmente sobre o incêndio na boate Kiss, tragédia que matou 242 pessoas em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na madrugada de 27 de janeiro de 2013.[2] Conta com as participações de Thelmo Fernandes, Débora Lamm, Bianca Byington, Leonardo Medeiros, Paulo Gorgulho, Bel Kowarick, Raquel Karro, Cândido Damm, Laila Zaid e Erom Cordeiro nos papéis principais.[3] PremissaNa madrugada de 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, um trágico incêndio ocorrido na boate Kiss deixa 242 vítimas fatais e 636 gravemente feridos, sendo considerado a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas em um incêndio. As vítimas eram na maioria estudantes da Universidade Federal de Santa Maria e a festa foi organizada pelos universitários para arrecadar dinheiro para a formatura. No primeiro episódio, é apresentado a história de alguns jovens e suas relações familiares: Mari queria comemorar seu aniversário de vinte anos com suas amigas; Felipinho queria aproveitar ao máximo aquela noite por morar no campo; Guilherme viajou da casa dos pais em São Paulo para visitar a irmã; Marco estava de volta depois de quatro anos morando na Austrália; e a estudante Grazi é convencida por Antônio para curtir a vida e se desligar um pouco dos estudos. A partir dessa tragédia, a série acompanha as investigações dos delegados João e Tereza acerca da negligência dos donos da boate e da falsa fiscalização da prefeitura; a dificuldade dos sobreviventes Grazi e Fernando para voltarem a normalidade; e a luta dos pais dos jovens mortos para colocar os culpados na cadeia, esbarrando nos promotores Avelar e Monteiro, que tentam evitar responsabilizar os políticos envolvidos.[4] ProduçãoDesenvolvimentoEm 10 de abril de 2022, a Netflix divulgou o elenco que integraria a minissérie e que a mesma teria sua história contada em cinco episódios.[1] A produção é inspirada no livro Todo Dia a Mesma Noite: A História Não Contada da Boate Kiss, da jornalista Daniela Arbex. No livro, Daniela compilou centenas de relatos de familiares das vítimas, sobreviventes e outros testemunhos do incêndio que abalou o Brasil e resultou na morte de 242 jovens em Santa Maria, Rio Grande do Sul.[1] A jornalista também integra a produção da minissérie como diretora criativa. Para ela, a obra tem a intenção de construir "memória coletiva do País".[1] A série busca permanecer o mais fiel possível aos eventos, exigindo apenas pequenas adaptações. Na vida real, a banda que se apresentava na Boate Kiss na noite do incêndio era chamada Gurizada Fandangueira, enquanto na ficção optou-se pelo nome Guapos Baladeiros.[5] GravaçõesA equipe de criação e produção da série tomou cuidado para evitar que os atores do elenco se encontrassem com os pais retratados na vida real antes do término das filmagens.[6] Essa precaução visava preservar as emoções e o resultado do trabalho de preparação do elenco. O primeiro encontro entre os intérpretes e as pessoas que eles representavam ocorreu apenas na semana anterior ao lançamento da série na Netflix, durante uma apresentação prévia para os pais reais, resultando em grande emoção para atores e personagens reais.[6] Elenco
Participações especiais
EpisódiosResumo
Primeira Temporada (2023)
RepercussãoProblemas com os familiares das vítimasCerca de 40 famílias das vítimas da tragédia da boate Kiss anunciaram que pretendem processar a Netflix por suposta exploração comercial da minissérie. Um dos familiares disse à imprensa que a plataforma sequer informou sobre a divulgação de uma série dramática sobre a tragédia, tampouco houve permissão para produzir.[9] Amigos e familiares criaram um grupo de WhatsApp para se discutir o assunto. A advogada dos familiares pediu também um acordo com a plataforma para que parte do lucro gerado pela obra seja revertido para a construção de um memorial às 242 vítimas, além de entrega de valores aos familiares e sobreviventes. Segundo a advogada, alguns retomaram terapias e tratamentos psicológicos por conta da divulgação do conteúdo.[10] A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) negou que vai processar a Netflix pela produção da série uma vez que eles estavam cientes da produção.[11] Referências
Ligações externas |