O vocalista, tecladista e compositor Tony Kakko confirmou que o Sonata Arctica iria começar a gravar seu nono álbum de estúdio em abril de 2016 em vários estúdios na Finlândia, com a gravação e mixagem principais previstas para acontecer no Studio57 em Alaveteli, Finlândia. Ele também descreveu a capa deste novo álbum:[1]
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A capa de nosso nono álbum de estúdio The Ninth Hour mostra uma paisagem futura utópica no fundo. A natureza e as tecnologias humanas estão em equilíbrio. No meio, temos uma engenhoca em forma de ampulheta com um botão para fuçarmos. A parte da direita representa o lado da natureza sem nenhum humano restante; na esquerda, temos a distopia humana após termos destruído a natureza. A ideia que eu tive foi que girar o botão vai inclinar a ampulheta para uma direção ou outra, e o outro lado irá lentamente se esvaziar e aquele futuro será apagado. Biblicamente espera-se que nós nos arrependamos e nos sacrifiquemos na Nona Hora... para mergulharmos de volta para uma realidade mais mundana, é um fato que nós estamos vivendo tempos históricos e críticos. Nossas decisões definirão o futuro. Não apenas o nosso como uma raça, mas o futuro do planeta inteiro. Nós precisamos fazer sacrifícios e em muitos casos nós iremos nos arrepender de nossas escolhas já feitas.
”
Kakko diz que a inspiração musical para o álbum veio abrindo seus olhos e ouvidos e deixando tudo entrar.[2] O título do álbum é inspirado pela Nona Hora descrita na Bíblia, que é o momento em que as pessoas deveriam se sacrificar e sentir remorso, de acordo com o livro.[3]
Informações das faixas
A abertura e primeiro single é "Closer to an Animal", uma faixa em que Tony trabalhou dois anos antes da gravação do álbum e que foi colocada na mesa já no meio das sessões. Ela tem uma repetição, chamada "On the Faultline (Closure to an Animal)", que fecha a edição regular do álbum e marca a primeira vez que o tecladista Henrik Klingenberg usou um piano acústico com a banda. Ele citou uma influência de música dos anos 80 em seu trabalho na faixa.[2]
"Life" foi a primeira faixa na qual a banda trabalhou, mas também a última a ser finalizada, o que fez dela a mais alterada de todas nas sessões.[2] Segundo Tony, "nós tínhamos três versões diferentes. Eu não estava feliz, os rapazes estavam completamente empolgados pela primeira versão e escolheram-na como a versão deles. Mas eu pensei que ela estava bem horrível (risos). Eu falei pra eles: 'nós vamos suspendê-la'. Eu voltei a ela mais tarde e acho que acertei, editei algumas partes e mudou umas coisas."[4]
"Fairytale" é uma sátira momento político dos Estados unidos à época da gravação do álbum. "We Are What We Are" foi uma das poucas canções que Tony preparou em demo para mostrar para a banda antes das gravações. Diferentemente do que fez para o Pariah's Child, ele não gravou uma demo para toda canção que escreveu para The Ninth Hour. A faixa tem a participação especial de Troy Donockley, do Nightwish, tocando Overton low whistle. Tony mostrou a faixa para ele em meio a uma turnê Norte Americana e sugeriu sua participação.[2]
Tony apresentou "Among the Shooting Stars" ao resto da banda pela primeira vez durante as sessões do Stones Grow Her Name, mas eles a rejeitaram. Ele então trabalhou ela novamente para este álbum. Ela fala de um casal de lobos. "Rise a Night" resgata o power metal inicial deles e fala de um grupo de aventureiros partindo de seu planeta quase destruído para encontrar um novo lugar para sua raça, até chegarem à Terra.[2]
"Fly, Navigate, Communicate" é uma canção influenciada pelo Devin Townsend Project que compara as relações humanas a procedimentos de aviação (voar, navegar e comunicar, como indica o título em inglês). Tony a descreveu como a canção "mais dura, agressiva e rápida" do álbum. Alguns membros estavam até inseguros quanto a incluí-la no álbum.[2] "Candle Lawns" é outra canção reminiscente das sessões de Stones Grow Her Name. Tony a escreveu durante a mixagem do álbum para um projeto de filme de um amigo na América e depois a retrabalhou para The Ninth Hour. A faixa fala de uma criança descrevendo um cemitério.[2] Em outra entrevista, ele a descreveu como "uma história sobre amigos que são tão próximos que são praticamente irmãos e eles vão lutar juntos e têm a mesma carreira. Aí um deles é morto e diz ao amigo para cuidar de sua família por ele.[7]
"White Pearl, Black Oceans - Part II, 'By the Grace of the Ocean'" continua a história iniciada em "White Pearl, Black Oceans...", do Reckoning Night. Ela foi concebida inicialmente para ser o encerramento do álbum.[4] Conforme explica Tony:
“
Eu comecei a escrevê-la em abril. Eu tinha esse sample de música sinfônica. Eu achei que ele poderia ser uma grande introdução ou parte de uma canção. (...) Há muita pressão por trás dela porque a primeira [parte] tinha muitos grandes significados e estava nos corações de tantos fãs do Sonata Arctica. (...) Eu tive de ser realmente cuidadoso para que a segunda parte fosse uma sequência digna. Eu não facilitei essa tarefa matando os dois personagens principais ao final da primeira (risos).
”
Faixas
N.º
Título
Duração
1.
"Closer to an Animal" (Mais Perto de um Animal)
5:25
2.
"Life" (Vida)
5:07
3.
"Fairytale" (Conto de Fadas)
6:39
4.
"We Are What We Are" (Nós Somos o Que Somos)
5:25
5.
"Till Death's Done Us Apart" (Até Que a Morte Nos Separe)
6:06
6.
"Among the Shooting Stars" (Entre as Estrelas Cadentes)