Teresa Silva Carvalho
Teresa Silva Carvalho (Lisboa, 8 de setembro de 1935 – Lisboa, 7 de dezembro de 2023) foi uma ilustre cantora portuguesa. BiografiaComeçou a sua carreira aos 18 anos cantando fado depois de frequentar com empenho aulas de canto que lhe prognosticavam uma carreira no canto lírico. A sua primeira aparição em TV é no Brasil onde também atua ao vivo. [1] Teve aulas de canto com Maria Amélia Duarte D'Almeida, e prosseguiu os seus estudos académicos na Escola de Hotelaria e Turismo. Foi professora de música no Instituto Vaz Serra, em Cernache do Bonjardim (Sertã), nas décadas de 1950 e 1960, tendo em 1965 partido para o Brasil para participar na Expo Portugal de Hoje, no Rio de Janeiro. De regresso a Portugal, o fadista João Ferreira-Rosa (1937-2007) convidou-a para fazer parte do elenco da casa de fados Taverna do Embuçado, no bairro lisboeta de Alfama, onde se manteve durante vários anos.[1] O primeiro disco gravou para a Tecla em 1969 onde ainda gravou um segundo disco mas depois passou para a Valentim de Carvalho.[2] Em 1972, colabora no disco de José Afonso "Eu vou ser como a toupeira". Com Paulo de Carvalho e Tonicha participa na 14ª edição da Taça da Europa de Cantares de Knokke. Lança o álbum "Fados" em 1976 e são lançados vários EP com as canções do disco. Participa no Festival RTP da Canção de 1977 com a canção "Canção sem grades", com letra de Rita Olivaes e música de Manuel José Soares. [3] No Lado B aparece "Ícaro" com poema de José Régio e musica de José Luís Tinoco. Em 1977 edita o seu mais reconhecido álbum , "Ó rama, ó que linda rama", com produção de Vitorino.[3] O disco inclui temas populares e várias versões de José Afonso, bem como a canção "Verdes São os Campos" com poema de Luis de Camões.[1] Em 1979 participa no Festival RTP da Canção com os temas "Cantemos até Ser Dia" de Pedro Osório, que ficou em 9º lugar na final, e "Maria, Maria", que ficou em 6º lugar na 3ª semifinal. [4][5] Participou no programa "E o resto são cantigas" (1981) dedicado ao maestro Frederico Valério. Teresa Silva Carvalho e Carlos do Carmo actuam juntos em vários espectáculos. Em 14 de Outubro de 1985 actua, com Carlos do Carmo, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, num concerto dedicado aos Fados e Canções de Lisboa. A 31 de Janeiro de 1986 participa num concerto de homenagem a Jacques Brel realizado no Instituto Franco-Português. Este espectáculo integraria ainda as actuações de Janita Salomé, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, Vitorino e a participação especial de Juliette Gréco. [6] Em 1988 participou no 7º episódio do programa "Humor de Perdição", de Herman José, num episódio dedicado a Florbela Espanca. Após este período de sucesso e reconhecimento artístico, Teresa Silva Carvalho opta pela sua vida privada e afasta-se do mundo do espectáculo.[1] Teresa Silva Carvalho gravou poetas como António Botto, Mário de Sá-Carneiro, Ary dos Santos, Almeida Garrett e Fernando Pessoa. [7][3] Teresa Silva Carvalho morreu a 7 de dezembro de 2023 em Lisboa, vítima de doença prolongada.[5] Prémios e reconhecimentoRecebeu o Prémio de Imprensa na categoria revelação (fado), atribuído em 1970 pelo Sindicato dos Jornalistas.[8] DiscografiaEntre a sua discografia encontram-se: [9][10][11]
Principais interpretações
Alguns dos seus fados mais conhecidos são "Nunca me fales verdade" de Augusto Gil e Alfredo Marceneiro e "Choram meus olhos" de António Botto e Joaquim Campos. Referências
Ligações externas |