Tahrir al-ShamHay'at Tahrir al-Sham[6] (árabe: هيئة تحرير الشام, Hayʼat Taḥrīr al-Shām; português: Organização pela Libertação do Levante ou Comité de Libertação do Levante),[7] simplesmente conhecido por Tahrir al-Sham e tendo como abreviatura de HTS, ou, também conhecido anteriormente como Al-Qaeda na Síria,[8][9] é uma organização política e paramilitar salafita jihadista, de orientação sunita, envolvida na Guerra Civil Síria.[10][11] O HTS é considerado a facção militar mais poderosa dentro da oposição síria.[12] É designado como um grupo terrorista pelos governos dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, União Europeia e alguns outros países.[13][14] HistóriaO grupo foi formado a 28 de janeiro de 2017 após um acordo de fusão entre Jabhat Fateh al-Sham (ex-Jabhat al-Nusra), Frente Ansar al-Din, Jaysh al-Sunna, Liwa al-Haqq e Movimento Nour al-Din al-Zenki.[15] Após a criação, diversos outros grupos e pessoas se juntaram ao grupo. Esta nova organização é liderada, essencialmente, por membros da Jabhat Fateh al-Sham e antigos membros do Ahrar al-Sham.[16][17] Diversos membros do Ahrar al-Sham juntaram-se a este grupo, guiados pelos seus valores salafitas e conservadores. Apesar da fusão, muitos analistas continuam a referir-se a este grupo pelo nome Jabhat al-Nusra ou Jabhat Fateh al-Sham, o grupo mais poderoso desta fusão.[18] Mesmo com a fusão, Tahrir al-Sham é considerado como o braço armado da Al-Qaeda na Síria,[19][ligação inativa] com diversos combatentes e líderes do grupo a seguirem as ordens da Al-Qaeda, e, que apesar desta fusão, muitos dos seus líderes respondem perante aos líderes da Al-Qaeda, bem como, muitos dos seus membros se guiam pelos mais valores mais extremistas e radicais defendidos pela Al-Qaeda.[19][ligação inativa] Tahrir al-Sham continuaria a defender a ideologia da Al-Nusra, em transformar a Síria num emirado islâmico salafita, liderado pela Al-Qaeda.[20] Apesar destas acusações, o grupo recusa quaisquer ligações atuais com a Al-Qaeda e afirmando numa declaração que "é uma organização independente e não uma extensão de antigas organizações ou facções.[21] Além disto, grupos como o Movimento Nour al-Din al-Zenki chegaram a ser apoiados diretamente pelos Estados Unidos.[22] Atualmente, é um dos grupos armados anti-governo de Bashar al-Assad mais fortes, sendo apenas superado pelo Exército Nacional Sírio, grupo financiado e armado pela Turquia, com quem Tahrir al-Sham tem relações ambíguas, ora combatendo lado-a-lado contra o regime, ora entrando em confronto entre si.[23] Apesar de ser considerado um grupo terrorista pela Turquia, as relações com o governo turco são, desde 2017, de cooperação e entendimento com ambos a partilharem o desejo de impedir o avanço das tropas sírias e russas na província de Idlib.[24] Tahrir al-Sham declarou a sua ligação ao Governo de Salvação Sírio, que é um governo alternativo da Oposição Síria localizado na província de Idlib.[25] Na província de Idlib, administrada por ele, o HTS realizou execuções públicas de civis, inclusive de mulheres acusadas de adultério.[26] Atentados suicidasDe acordo com o Washington Institute for Near East Policy, para o Hayat Tahrir al-Sham, os campos de deslocados internos são campos de recrutamento onde o grupo pode explorar a miséria de populações frágeis. Os jihadistas recrutaram milhares de adolescentes para serem utilizados na batalha de Ramouseh, em agosto de 2016, que permitiu uma brecha temporária no cerco de Alepo. A batalha tinha como objetivo aumentar o prestígio do HTS. A organização precisa agora de reabastecer constantemente o seu stock de kamikazes, um dos seus maiores trunfos na guerra. Embora sejam admirados por outros líderes jihadistas, os bombistas suicidas também os assustam porque sabem que não são imunes. O HTS pode contar com o Partido Islâmico do Turquestão (TIP), um forte aliado do HTS. O TIP conta com vários milhares de combatentes uigures de Xinjiang (China) para fornecer um grande número de bombistas suicidas doutrinados nos seus campos de treino para crianças perto de Jisr al-Shughour.[27] Referências
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