O silabário Vai é uma das poucas escritas silábicas do mundo, a qual foi desenvolvida para a língua vai por Momolu Duwalu Bukele de Jondu, que hoje é o condado de Grand Cape Mount, Libéria.[1][2][3] Bukele é considerado dentre o povo Vai e também por muitos especialistas como o criador e principal promotor da escrita por tê-la documentado nos anos 1830. É um dos mais bem-sucedidos sistemas de escrita nativos da África Ocidental em termos da quantidade de usuários e de literatura disponível, o outro sendo o N’ko.[4]
Estrutura
Vai é uma escrita silábica que se desenvolve da esquerda para a direita representando sílabas CV; a vogal final nasal é representada como o mesmo glifo da sílaba nasal. Originalmente havia símbolos, glifos separados para sílabas de final nasal como don, com uma vogal longa como soo, como um ditongo como bai, ou como bili e sɛli. Na escrita mais atual esses glifos foram eliminados.
O silabário não distinguia todas possíveis sílabas da língua Vai até os anos 1960, quando a Universidade da Libéria adicionou distinções modifcando alguns glifos com pontos ou traço adicionais para cobrir toas sílabas CV em uso. Há relativamente poucos glifos para vogais nasais pois ocorrem apenas em poucas consoantes.
Notas
↑Migeod, F.W.H. (1909). «The syllabic writing of the Vai people». Journal of the African Society. 9 (33): 46–58. JSTOR715184
↑Massaquoi, Momolu (1911). «The Vai people and their syllabic writing». Journal of the African Society. 10 (40): 459–466. JSTOR714743
↑Unseth, Peter (2011). «Invention of Scripts in West Africa for Ethnic Revitalization». In: Fishman, Joshua A.; García, Ofelia. Handbook of Language and Ethnic Identity: The Success-Failure Continuum in Language and Ethnic Identity Efforts. 2. New York: Oxford University Press. pp. 23–32. ISBN978-0-19-983799-1
Bibliografia
Konrad Tuchscherer. 2005. "History of Writing in Africa." In Africana: The Encyclopedia of the African and African American Experience (second edition), ed. by Kwame Anthony Appiah and Henry Louis Gates, Jr., pp. 476–480. New York: Oxford University Press.
Konrad Tuchscherer. 2002 (with P.E.H. Hair). "Cherokee and West Africa: Examining the Origins of the Vai Script," History in Africa, 29, pp. 427–486.
Konrad Tuchscherer. 2001. "The Vai Script," in Liberia: Africa's First Republic (Footsteps magazine). Petersborough, NH: Cobblestone Press.
Fatima Massaquoi-Fahnbulleh. 1963. "The Seminar on the Standardization of the Vai script," in University of Liberia Journal Vol. 3, No. 1, pp. 15–37.