Shulamit Aloni
Shulamit Aloni em hebraico: שולמית אלוני (Tel Aviv, 29 de Novembro de 1928[1] – Kfar Shmaryahu, 24 de janeiro de 2014[1]) foi uma política,[2] advogada,[3] professora[1][3] e ex-ministra de Israel.[4] BiografiaNascida com a apelido Adler,[5] é filha de judeus oriundos da Polónia,[6] adeptos dos valores do sionismo trabalhista.[6] Durante a guerra que conduziu à independência de Israel (1948), enquanto membro da Palmach[1] (unidade de elite integrada na força paramilitar Haganá) lutou em Jerusalém, onde foi feita prisioneira pelas forças militares jordanas na zona da Cidade Velha.[7] Com o fim da guerra, inicia um trabalho junto de crianças refugiadas em Jafa e ajuda a fundar uma escola para crianças imigradas em Ramla.[3] Foi professora ao mesmo tempo que estudava na universidade, onde se qualificou como advogada.[3] Casou com Reuven Aloni em 1952.[3] Em 1959, torna-se militante do partido Mapai.[3][6] Trabalhou como advogada e locutora de um programa de rádio que abordava questões relacionadas com os direitos humanos e os direitos das mulheres, que esteve no ar entre 1961 e 1965.[3] Neste ano, foi eleita deputada para o Knesset (parlamento) pelo Partido Trabalhista.[3] Em 1973, fundou o Ratz [en] (Movimento pelos Direitos Civis e pela Paz), do qual foi líder até 1996, ano em que se retirou da vida partidária.[3] O partido conseguiu representação parlamentar em 1974, com três lugares no parlamento;[8] opunha-se à ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza[9] e advogava a separação entre religião e Estado. Entre junho e outubro de 1974, foi ministra sem pasta no governo de Yitzhak Rabin,[6] mas demitiu-se do cargo quando o Mafdal, um partido religioso, se uniu à coligação governamental, devido à questão de Yitzhak Rafael [en] e a construção do hospital em Tel Giborim [he]. Rafael foi absolvido em setembro de 1965,[10] porque Yehuda Spiegel [he], vice-diretor do Ministério da Saúde [es] e principal testemunha, se recusou a depor contra ele,[10] e em 6 de novembro de 1974 Aloni se recusou a ficar com Rafael no mesmo governo.[6] Tornou-se conhecida pela suas campanhas contra a corrupção e a favor de uma Constituição escrita para o país.[3] Em 1988, as relações homossexuais deixaram de ser criminalizadas pelo código penal israelita,[11] em larga medida graças ao trabalho parlamentar desenvolvido por Aloni.[12] Em 1991, o Ratz e os partidos Shinui e Mapam fundiram-se para criar o partido Meretz,[13] que conseguiu doze lugares no Knesset em 1992.[13][14] Foi nomeada ministra da Educação e da Cultura no governo de Yitzhak Rabin; viria ainda a desempenhar funções como ministra da Ciência e Tecnologia e ministra das Artes.[4] Ao longo dos anos, adquiriu uma reputação pelo seu estilo mordaz, pelo seu ateísmo[15] e pelas suas críticas em relação à forma como os governos de Israel actuaram no conflito com os palestinianos. Em 2000, recebeu um prémio nacional pelas suas contribuições à sociedade israelita, o que gerou fortes críticas por parte dos sectores religiosos. É autora de várias obras na área do direitos civis e de uma autobiografia política, Eu não posso fazer outra coisa.[16] Em 2007, apoiou a candidatura da trabalhista Colette Avital à presidência de Israel, que foi conquistada por Shimon Peres.[17] Pertence ao Bat Shalom, um grupo de mulheres israelitas e palestinianas que lutam pela paz na região.[18] Referências
Ligações externas
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