Serra do ImaruíA serra do Imaruí está situada na localidade de Santa Bárbara, a 25 km do centro de Bom Jardim da Serra, na serra Catarinense. O caminho das tropas da serra do Imaruí passava pela comunidade de Brusque do Sul, município de Orleans.[1] De acordo com João Leonir Dall'Alba, o caminho da serra do Imaruí foi provavelmente aberto na primeira metade do século XIX. Seu nome lhe foi atribuído quase na certeza por tratar-se de estrada de tropas que contornava a lagoa de Imaruí e passava em Imaruí.[2] Foi aberta pelos tropeiros serranos como via de ligação entre o planalto serrano catarinense e o litoral, o caminho das tropas, aberto mais a casco que a picareta, conduzindo até o Porto de Gravatal ou diretamente à lagoa de Imaruí, e daí em diante até o porto de Laguna.[3] Atualmente o tráfego é feito somente a pé ou a cavalo, da mesma forma que era utilizada pelos antigos tropeiros. Há historiadores que relatam ter sido aberta em 1770, após entendimentos entre Antônio Correia Pinto e Câmara Municipal de Laguna, no sentido de manter uma estrada entre Lages e Laguna. Pela serra do Imaruí os tropeiros abasteceram com produtos serranos o litoral sul de Santa Catarina, destacando-se carne, couro e pinhão, retornando os tropeiros com produtos manufaturados, sal e frutas. João Leonir Dall'Alba relata:
Para defender os interesses do estado e dos colonos do Braço do Norte, o agrimensor Carlos Othon Schlappal feriu os interesses de duas categorias de pessoas: os especuladores que se haviam apoderado indevidamente de enormes extensões de terra e os comerciantes da vila de Tubarão, que não queriam outra estrada para a serra senão a que subia pelo Oratório. Só esta passava diretamente em Tubarão, enquanto que a da Serra do Imaruí, passando por Braço do Norte, comunicava diretamente com Imbituba, via Imaruí, ou com Laguna, por meio do porto de Gravatá.[5] HistóriaEm textos da época, Imaruí era grafado como "Maroim" e "Imaruhy". O agrimensor Carlos Othon Schlappal, que atuou de forma destacada na fundação da colônia de Braço do Norte, enviou periodicamente ao presidente da Província de Santa Catarina, no período de 1877 a 1881, relatórios sobre seu trabalho de agrimensor oficial. Em um relatório de 1881 registra:[4]
Em lei orçamentária de 1935 consta: Fica mantido o posto da Serra do Imaruí para cobrança de taxa de trânsito de animais pela mesma serra: Porcos 200 rs (réis); animais 300 rs e reses um mil réis.[6] Referências
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