Sebastian Deisler
Sebastian Toni Deisler (Lörrach, 5 de janeiro de 1980) é um ex-futebolista alemão que atuava como meio-campista. Tido então como grande promessa do futebol alemão para a década de 2000, a sua carreira mostrou-se decepcionante, já que o jogador nunca conseguiu atingir o seu auge devido a várias rupturas nos ligamentos cruzados e outras lesões graves, além da depressão. Aposentou-se do futebol em janeiro de 2007, com apenas 27 anos. CarreiraDeisler começou a carreira profissional no Borussia Mönchengladbach, na temporada 1998-99. Com o rebaixamento da equipe na Bundesliga, que ficou em último lugar, transferiu-se para o Hertha Berlim por 4,5 milhões de marcos, onde logo chamou a atenção da mídia alemã por demonstrar qualidade superior em passes e dribles, e logo o deu o status de jovem promessa. Pela Bundesliga, o jovem Deisler encantou a cidade de Berlim, e não demorou muito para ganhar o apelido de Basti Fantasti. Em sua primeira temporada pelo Hertha Berlim, o meia atuou em 20 partidas, marcando dois gols e dando três assistências. Sebastian Deisler nunca se destacou pela quantidade de gols marcados, mas sim pela beleza do seu futebol, que era muito diferente do que os alemães estavam acostumados a ver naqueles tempos de entressafra após a vitoriosa campanha da Copa do Mundo FIFA de 1990. Ao final da temporada, o Hertha acabou em 6º lugar na Bundesliga. Ainda em 1999, foi chamado pela primeira vez à Seleção Alemã, após ser uma das grandes revelações alemãs do ano. Aos 20 anos, esteve no elenco alemão que disputou a Euro 2000, mas foi reserva da equipe na eliminação sofrida na primeira fase do torneio, apesar de ter disputado todas as três partidas.[1] Em 2001, apesar de vencer a Copa da Liga com o Hertha, sofreu uma grave lesão no joelho direito, ficando de fora do restante da temporada e também da Copa do Mundo FIFA de 2002, onde era cotado como titular do time alemão.[2] Porém, o talento demonstrado pelo jogador até então foi o suficiente para que o Bayern de Munique comprasse o jogador após o Mundial disputado na Coreia do Sul e no Japão por 20 milhões de marcos. No entanto, a pressão em Munique era bem maior do que em Berlim, e as constantes lesões o impediram de se tornar um titular com regularidade da equipe bávara. Foi aí que a depressão se desenvolveu, com Deisler não suportando a pressão de atender às expectativas depositadas nele, segundo o próprio relatou posteriormente. O anúncio de seu quadro depressivo foi feito pelo então técnico alemão Rudi Völler, durante uma coletiva de imprensa.[3] Ainda assim, Deisler pareceu reagir na temporada 2004–05, após ter seu primeiro filho. Disputou a Copa das Confederações FIFA de 2005 como titular, na campanha em que os alemães ficaram em terceiro lugar.[4] Apesar da boa fase e da recuperação de seu joelho e sua autoestima, uma nova lesão no joelho direito o tiraria da disputa de mais um Mundial, a Copa do Mundo FIFA de 2006, realizada em seu próprio país.[5] Foi um golpe duro demais para o jogador, então com 26 anos, que chegou à procurar tratamento psicológico após mais um choque em sua carreira.[6] Deisler jamais se recuperou psicologicamente, e em janeiro de 2007, encerrou sua carreira precocemente, aos 27 anos.[7] O Bayern, com esperança de que o jogador voltasse atrás em sua decisão não encerrou seu contrato, que venceria em 2009, o que não ocorreu.[8] Pós-aposentadoriaEm setembro de 2009 lançou sua biografia, intitulada Züruck ins Leben (De volta à vida), e voltou a aparecer publicamente pela primeira vez desde a sua aposentadoria. O livro expõe a sua carreira, a falta de apoio psicológico que teve no Hertha Berlim, seus problemas com lesões, e principalmente a sua dificuldade de entender e se encaixar no mundo competitivo do futebol, que para ele já não fazia mais sentido. No mesmo ano, voltou a aparecer publicamente após a trágica morte do goleiro Robert Enke, que, assim como Deisler, também sofria de problemas psicológicos. Dando como exemplo a sua carreira, Deisler passou a defender um maior cuidado dos clubes e federações com a saúde mental dos atletas.[9] Atualmente o ex-jogador vive em Freiburg junto com a sua esposa, a brasileira Eunice Santana. O casal possui um filho chamado Raphael.[10] Títulos
Referências
Ligações externas
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