Santo Forte
Santo Forte é um documentário brasileiro dirigido por Eduardo Coutinho, estreado em 1999, que conta diversas experiências religiosas de alguns moradores da favela Vila Parque da Cidade, no Rio de Janeiro. O Filme é gravado entre o período em que ocorreu a missa campal celebrada pelo Papa no Aterro do Flamengo e o Natal em 1997. As histórias contadas pelos entrevistados desenvolve no telespectador a imaginação de como aquilo aconteceu e até o questionamento sobre a fé.[1] SinopseO documentário revela a história de algumas pessoas, residentes na favela Vila Parque da Cidade e suas experiências de comunicação com o sobrenatural, sejam eles Umbandistas Católicos ou Evangélicos. O diretor filma as pessoas em suas casas, mostrando sua intimidade. Além de captar e apresentar a interação da equipe de filmagem com os entrevistados nas lentes, mostrando para o telespectador a relação dos entrevistados diante das câmeras com maior realismo.[2] Entre uma missa campal celebrada pelo Papa no Aterro do Flamengo e, meses depois, a comemoração do Natal, o documentário filma a intimidade dos católicos, umbandistas e evangélicos de uma favela carioca. Cada um a seu modo, eles crêem na comunicação direta com o sobrenatural através da intervenção de santos, orixás, guias ou do Espírito Santo. ContextoO filme iniciou suas gravações em 5 de outubro de 1997, data em que o Papa celebrava a missa no Aterro do Flamengo e finalizou na véspera de natal, cada um contando seu modo de comemorar o aniversário de uma figura religiosa. Comentários e análises“Em Santo Forte, a delimitação do ambiente social permite que Coutinho enfatize que está revelando vidas particulares em um tempo e espaço específicos, mas a escolha da favela tem implicações simbólicas potentes. Coutinho assinala a presença da câmera como um registro e um modo de fabricação da realidade. No entanto, seu objetivo não é produzir um metadocumentário, mas construir instantes de visibilidade e momentos de fala que são registrados no filme como parte integral da experiência de "ser" frente à câmera. A noção que norteia essa atividade é a de que a realidade da câmera não tem, necessariamente, que induzir os entrevistados a falsas ações encenadas, mas que o uso da câmera registrando suas imagens e vozes pode tornar-se uma forma de autoria.” Artigo de Beatriz Jaguaribe na Revista Galaxia.[3] “A comunidade é humilde, abriga gente cuja sabedoria tem mais a ver com a vivência do que necessariamente com qualquer experiência nos bancos escolares. Povo sofrido esse que encontra alento nos braços do catolicismo enquanto segue também a doutrina dos orixás.” Marcelo Muller, membro da ABRACCINE.[4] “Consideramos também que a postura do diretor e a própria edição do filme nos ensinam a ouvir o outro e a entender como a religião participa da vida das pessoas, e o quanto cada um de nós é constituído pelas religiões com as quais comungamos.” SCARELI Giovana Scareli, Jornalista e colunista na Revista FAEEBA.[5] Participações
Ficha técnica
Prêmios
Ver tambémReferências
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