Sante Scaldaferri
Sante Scaldaferri (Salvador, 1928 - 15 de maio de 2016[1]) foi um artista plástico, ator e cenógrafo brasileiro[2]. BiografiaSante nasceu na capital baiana, tendo já na década de 1940 participado de movimentos culturais, como a editoração da revista intitulada "MAPA", embora sua formação artística somente tenha começado na década de 1950, formando-se na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, em 1957.[3] Foi aprendiz de Mário Cravo Júnior.[4] Neste mesmo ano ingressou na Escola de Teatro da UFBA, estudando cenografia com Gianni Ratto.[5] Ainda nos anos 1950 participa das iniciativas pioneiras de Gláuber Rocha, colaborando com o Cinema Novo como cenógrafo e ator.[3] Quando a implantação do Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão, foi assistente da arquiteta Lina Bo Bardi (de 1958 a 64), lecionando ainda nesta mesma instituição educação artística para crianças.[5] No magistério e como coordenador de programas sociais o artista teve papel primacial nos anos 1970. Num velho casarão do Pelourinho, muito antes de ali se tornar um centro voltado para o turismo, capitaneou uma iniciativa patrocinada pelo SESI, ministrando cursos para jovens carentes e crianças que tinham algum talento artístico, reunindo jovens talentos e professores dedicados ao ensino também de técnicas artesãs.[5] Esta experiência foi, também, levada para a comunidade de Alagados, no Colégio Simões Filho.[6] Cargos e homenagensScaldaferri atuou como membro do júri do "I Salão do MAM-Bahia de Artes Plásticas" (1994); do "Salão Regional de Itaparica" (1997) e do "VIII Salão do MAM-Bahia de Artes Plásticas" (2001).[7] Integrou o Conselho Estadual de Cultura da Bahia, além de ter sido membro de um programa de incentivo cultural.[6] Em Sessão da Câmara dos Deputados de 19 de janeiro de 1994, foi homenageado pelo então deputado Haroldo Lima. Intitulada "Terra de artistas, terra de Sante", a preleção do parlamentar enaltece a figura do artista baiano, um dos mais destacados em sua área, no estado: "Sante é um artista requintado e original em sua técnica. Mas é um artista do povo. Sua arte nos brinda com a beleza forte da simplicidade e da verdade, a começar pelo objeto de seus quadros, o cotidiano da vida, as alegrias, tristezas, orgulho, prepotência, esperança e fé, que caminham junto com a humanidade".[8] Em seu livro Sem Meias Palavras Lima ainda ressalta que "As telas de Sante Scaldaferri apresentam figuras que são, ao mesmo tempo, grotescas e plasticamente belas, e exprimem ainda, com lirismo, a visão rude e jocosa que o povo simples tem sobre as elites dominantes".[8] Faleceu aos oitenta e oito anos de idade, de falência renal, e foi sepultado no dia seguinte ao óbito no Cemitério do Campo Santo, em Salvador.[9] FilmografiaAlém da cenografia junto a Gláuber,[3] foi Scaldaferri ator nos seguintes filmes: Participou, ainda:
SobreScaldaferri foi objeto de dois filmes documentários:[2]
Principais mostras de pinturaTeve em 1977 publicado o primeiro catálogo sobre sua obra, intitulado "A Cultura Popular na Arte de Sante Scaldaferri"; ao completar trinta anos na carreira de pintor, em 1988, um outro catálogo foi feito com toda sua obra.[3] Dentre muitas outras mostras, individuais e coletivas, participou Scaldaferri:[13][14]
BibliografiaSante publicou os seguintes livros:[2]
Referências
Ligações externas
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