Santa Maria de Oliveira
A Santa Maria de Oliveira (oficialmente Oliveira Santa Maria) é uma freguesia portuguesa do município de Vila Nova de Famalicão, com 4,64 km² de área[1] e 3279 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 706,7 hab./km².
HistóriaOs vestígios mais antigos remontam ao período da Proto-História, durante o qual terá sido erigido o povoado fortificado do Monte Crasto (Monte de Santa Tecla). Este povoado está localizado no relevo mais importante da freguesia, dominando uma parte do vale do rio Ave e do seu afluente, rio Pele. Esse povado provavelmente utilizou o terreno local a seu favor para se defender de ameaças externas, usando o relevo acidentado na região do Monte de Santa Tecla e o Rio Ave para propósitos de defesa e fortificação. Após procura arqueológica encontraram-se estruturas defensivas em Santa Tecla que remontam a tempos anteriores aos romanos. Descobriram-se ruínas de uma muralha exterior, sem fosso, em cujo interior se notam duas plataformas largas e bem aplanadas com contornos pouco definidos. Em toda a área do castro se encontram monólitos de granito, que circundam o mesmo. À superfície observam-se muitos vestígios de fragmentos cerâmicos e vestigios de telha. A este do penedo das Pucarinhas, também parece existir vestígios de construção, e há a referência a uma inscrição (perto da atual capela de Santa Tecla). Durante a Idade Média foi fundado o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira, no ano de 1033, por Marcos Arias e sua mulher Aldosinda Juliano, localizado junto das terras mais férteis da freguesia. Esse facto pode indicar que a fundação de Oliveira Santa Maria remonte a alguns anos antes da edificação do mosteiro, apesar de não haver registros. Este mosteiro detinha um património constituído por propriedades espalhadas por diversas freguesias, em locais distantes pelo Entre-Douro-e-Minho. Manteve a sua enorme importância durante o período medieval como o mosteiro "pai" da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. No dia 29 de Agosto de 1308, o arcebispo de Braga, Dom Martinho de Oliveira, faz nova doação da “Ecclesia Sancti Jacobi de Castelãos”. Em 1599, o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira é integrado no Real Mosteiro de São Vicente de Fora, da cidade de Lisboa. Por volta do ano 1740 o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira encontrava-se em ruínas, então o Capitão-Mor Custódio Francisco Braga, Senhor da Casa de Santiago, pagou do seu bolso o restauro da frontaria e da capela-mor. Ao Capitão-Mor Custódio Francisco Braga, que em virtude de ter pago as obras de restauro da Igreja e de renovação da fachada da mesma, como consta da inscrição da porta principal do mosteiro, foi-lhe concedido, como forma de agradecimento, duas sepulturas na capela-mor da Igreja, junto às paredes laterais. Do lado do Evangelho, sepultavam-se os Senhores da Casa de Santiago, do lado da Epístola eram as Senhoras da Casa, e no meio eram sepultados os reverendos párocos, isto por despacho de 24 de Novembro de 1741 de Dom Pedro da Conceição, Dom-Prior do Real Mosteiro de São Vicente de Fora, e por outro despacho de 7 de Novembro de 1741, este assinado por Sua Alteza Real o Senhor Dom José de Bragança, Infante de Portugal e Arcebispo Primaz de Braga (irmão do Rei Dom João V). Símbolos
- Simbologia do Brasão: A flor-de-lis - Representa Santa Maria, padroeira principal da freguesia; A torre - Simboliza o Mosteiro de que Oliveira Santa Maria tanto se orgulha; As oliveiras - Aludem claramente ao próprio nome da freguesia; A campanha ondada - Representa o rio Ave.
CulturaPatrimónio monumental
Património cultural
DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
(N/D - Sem dados)
(N/D - Sem dados)
Referências
Ligações externas
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