SENAI Rio de Janeiro
Firjan SENAI é a entidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) que serve à região fluminense. A organização atua com educação profissional (qualificação e especialização dos trabalhadores da indústria) e inovação tecnológica na indústria (via assessoria técnica), no estado do Rio de Janeiro. Promove a formação tecnológica dos profissionais da indústria com foco na prática profissional, buscando suprir a demanda por colaboradores com maior nível de capacitação e com habilidades para inovar em processos e produtos.[1] Estrutura atualCom uma estrutura composta por 42 unidades operacionais trabalhando em forma de rede em 22 municípios, a Firjan SENAI visa atender às necessidades das empresas e da população dos municípios do estado, capacitando profissionais que buscam transformar informações em novas ideias e novos projetos. Dessa forma, torna-se viável fomentar uma maior competitividade industrial fluminense com base na redução de custos de produção e otimização de resultados das empresas. Áreas de ensino profissionalA entidade atua em diversas frentes educacionais, dentre elas: cursos, centros de tecnologia, faculdade e unidades móveis. Os cursos trabalham princípios, conteúdos e metodologias com a finalidade de valorizar aprendizado técnico, iniciativa, tomada de decisões, espírito cooperativo e senso de autonomia, tornando o aluno apto a usar a criatividade em suas atividades na indústria: um novo produto, um sistema mais prático ou um processo de trabalho mais simples e eficiente. Uma forma de colocar essa criatividade em prática é por meio de cursos de profissionalizantes, estudo aprofundado da própria profissão e até mesmo do simples relacionamento com colegas. As áreas que dizem respeito à chamada “indústria criativa” são abordadas nos cursos de duas unidades do Rio de Janeiro: Firjan SENAI Maracanã[2] (audiovisual, animação digital, gráfica, design, web e tecnologia da informação) e Firjan SENAI Laranjeiras[3] (audiovisual, animação digital e tecnologia da informação). Dentre os exemplos de produtos da indústria criativa estão: Informática / criação do iPad; Literatura / livros de Paulo Coelho; Arquitetura / obras de Oscar Niemeyer. Institutos SENAI de Tecnologia (IST)[4] Prestam serviços de consultoria, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura laboratorial, capacitação técnica e equipamentos. Tecnologia é a base para a educação profissional direcionada (cursos de formação e atualização) e para as consultorias que visam ao aumento da produtividade e ao desenvolvimento da indústria do Estado do Rio de Janeiro. Especificamente, os IST's estão voltados para as seguintes áreas: Automação/Simulação, Solda, Alimentos/Bebidas e Meio ambiente. Faculdade Firjan SENAI[5] Instituição de ensino superior que alia conteúdo teórico a projetos práticos nos cursos de graduação tecnológica, pós-graduação[nota 1] e extensão (todos credenciados pelo Ministério da Educação). Esses cursos, em especial os de graduação tecnológica, dão ao aluno uma visão sobre o mercado de trabalho, o que inclui uma compreensão econômica sobre a indústria e o segmento no qual ele pretende atuar com a formação de Tecnólogo. Seus laboratórios e oficinas buscam reproduzir o ambiente industrial. Unidades móveis[6] Levam cursos e soluções tecnológicas aos locais do Estado do Rio que não contam com infraestrutura da Firjan SENAI, além de realizar cursos in company sob demanda. O objetivo é prestar educação profissional nessas regiões e atender a indústria de forma especializada ao levar a infraestrutura da entidade para dentro das empresas para capacitar funcionários. Programas e serviçosA Firjan SENAI dispõe de programas e serviços para o aprimoramento profissional,[nota 2] dentre eles o de certificação profissional: o trabalhador que conquista a certificação segundo a norma ISO 17024 (critérios de credenciamento de organismos de certificação de pessoas)[7] tem o potencial de ampliar suas chances de acesso ao mercado de trabalho - a certificação comprova que ele possui as competências necessárias e domina as tecnologias exigidas. Já para as empresas, contar com trabalhadores certificados pode reduzir falhas e melhorar os negócios. O profissional de hojeMuito já se falou sobre como seria o profissional do futuro: sempre atualizado, capaz de interagir com diversas plataformas simultaneamente e de buscar informação em tempo real, adaptável a ambientes diversos e a mercados globalizados, ágil, dinâmico, ético, versátil, resiliente, empreendedor, apto a acompanhar as constantes mudanças do ambiente, comprometido, etc. Pois bem, esse já é o profissional de hoje, principalmente aquele que atua nas áreas de inovação e tecnologia.[8] Não raro surgem notícias afirmando que as empresas têm oportunidades de trabalho, mas não encontram profissionais qualificados no mercado[9] – especialmente nas áreas de infraestrutura e petróleo e gás.[10] Por conta dessa falta de mão de obra capacitada, cerca de 60% das empresas estão diminuindo as exigências na hora de contratar.[11] O diferencial está em cursos técnicos[12] e na formação profissional, em especial as de curta duração e que unem teoria e prática. Olimpíada do ConhecimentoEstudantes de cursos técnicos e de formação profissional do Senai e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) podem testar suas habilidades na Olimpíada do Conhecimento. Essa competição bienal, que consiste em quatro dias de provas, desafia os participantes a realizar tarefas que são cotidianas em empresas, com prazos e padrões de qualidade determinados. Os que se saem melhor participam também de uma competição internacional.[13] História do SenaiPode-se dizer que a ideia de se criar uma escola voltada para a indústria no Brasil surgiu em 1865, quando “a Sain preconizou o surgimento da primeira Escola Industrial do Brasil, que funcionaria às expensas da Sociedade, e que, implantada na década de 1870, foi precursora do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que se instalaria quase um século mais tarde.”[14] Em 1939 foi montada uma comissão para estudar a viabilidade de um sistema de ensino profissional. O estudo gerou um relatório, motivo de debate entre governo e empresários da época. Em 1941, Euvaldo Lodi e Roberto Simonsen conseguiram que o então presidente Getúlio Vargas concedesse às empresas a responsabilidade de criar uma entidade de ensino industrial: “Logo depois, em janeiro de 1942, Getulio Vargas baixava o decreto criando o Senai”.[nota 3] Foi estabelecido que o Senai, nascido sob o nome de Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários, seria mantido via contribuição dos empregadores da indústria.[nota 4] Sua abrangência se ampliou para os “setores de transportes, das comunicações e da pesca, com o que, conservando a sigla, passou a se chamar de Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, pelo Decreto-lei no 4.936, de 7 de novembro de 1942.”[15] Nas décadas que se seguiram, essa entidade de direito privado instalou mais de cem unidades de formação profissional em todo o país, a fim de incutir nos operários três conceitos que, para os industriais, são fundamentais para a ética de trabalho: ordem, dedicação e empenho.[nota 5] História da Firjan SENAIAssim como o Senai Nacional tem uma Diretoria Nacional, em cada estado existe uma Diretoria Regional, a quem cabe “planejar, estabelecer metas, desenvolver técnicas e métodos, fazer cumprir e avaliar.” A Firjan SENAI nasceu em 1943, mas foi só em março de 1975 que o presidente do Conselho Nacional criou o Departamento Regional do Estado do Rio de Janeiro com seu respectivo Conselho. Foi uma fusão dos departamentos regionais do Senai do Estado do Rio de Janeiro e da Guanabara.[16] A Firjan SENAI possui, portanto, autonomia administrativa, o que significa que ele não é obrigado a seguir todas as diretrizes do Sistema Senai, podendo escolher as que têm mais a ver com a realidade da economia fluminense. Isso tem se refletido na oferta de cursos e treinamentos em áreas específicas, sem falar na ênfase que a Firjan SENAI tem dedicado à criatividade e à aquisição de tecnologias de ponta.[nota 6] Historicamente, foi em 1978 que a Firjan SENAI decidiu focar ainda mais numa formação técnica mais sofisticada. Daí a introdução de cursos de tecnologia de ponta, que incluem Comando numérico, Robótica, Instrumentação elétrica, hidráulica e eletrônica, Informática e Solda especializada. O objetivo era contribuir para o desenvolvimento tecnológico do Brasil, promover a modernização industrial que o processo de substituição de produtos importados exigia e fornecer mão de obra capaz de atuar no programa de criação de fontes alternativas de energia.[16] Os conceitos mais importantes para a indústria também são contemplados em seus cursos de aprendizagem e qualificação, respectivamente para menores e maiores de idade. Os jovens que se enquadram na categoria de Menor Aprendiz[nota 7] passam por uma trajetória de aprendizado que envolve nove etapas:
A indústria fluminenseO setor industrial do estado do Rio de Janeiro tem crescido ao longo dos anos. De 2006 a 2009, o número de empregados na indústria fluminense passou de 560.116 para 664.252, desempenho esse mais expressivo na construção civil e nas indústrias automotiva e mecânica, ou seja, nas profissões fundamentais para a cadeia produtiva de petróleo e gás. Mas outros setores também prosperaram, com percentual de crescimento de até 144% no número de trabalhadores empregados.[17] Exemplos:
Já no que diz respeito ao triênio 2014-2016, período em que o Rio de Janeiro recebe a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, os investimentos previstos contemplam projetos em diversas regiões do estado. O documento Decisão Rio[18] revela que os investimentos na economia fluminense chegarão a R$ 235,6 bilhões, nesse triênio. A quantia vai ser empregada no setor de petróleo e gás (60,7%) e na indústria de transformação (17,2%), mas também nos preparativos para as Olimpíadas,[nota 8] que abocanham R$ 32,5 bilhões (cerca de 13,8% do investimento total). Ver também
Notas
Referências
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