Referendo revogatório da Bolívia em 2008Um referendo revogatório foi celebrado na Bolívia no domingo 10 de agosto de 2008 para decidir a permanência do presidente Evo Morales, o vice-presidente Álvaro García Linera e oito dos nove prefeitos departamentais. O Presidente Morales foi ratificado em seu cargo ao obter 67,43% dos votos a seu favor.[1] Os prefeitos de Chuquisaca, Oruro, Potosí, Tarija, Santa Cruz, Pando e Beni também foram ratificados em seus cargos. Os prefeitos opositores de La Paz e Cochabamba foram revogados ao obter resultados adversos. RegrasApós o Referendo de autonomia de Santa Cruz, celebrado no domingo, 4 de maio de 2008, Morales promulgou uma lei chamado à convocação de um referendo revogatório de mandatos. Esta lei foi aprovada pelo Senado boliviano e a Câmara dos Deputados, controlada pela oposição e governo respectivamente. De acordo com esta lei, para revogar o Presidente e o Vice-Presidente, é necessário obter um percentagem maior do que o percentual obtido quando foram eleitos, ou seja, é necessário que 53,7% dos eleitores vote contra eles para revogar. Inicialmente esta regra também aplicava aos prefeitos, que requeriam porcentagens menores para ser revogados:[2]
Em seguida, a Corte Nacional Electoral (CNE) indicou que deviam obter mais de 50% dos votos para os prefeitos foram revogados. O governo rechaçou esta declaração do organismo eleitoral.[3] Observadores da OEA e Mercosul participaram no referendo.[4] Posteriormente, a OEA avaliou a opinião do CNE, aumentando a possibilidade de que a maioria dos prefeitos permaneceram em seu cargo.[5] A opositora Savina Cuéllar, prefeita do Departamento de Chuquisaca não participou neste referendo por haver sido eleita em junho de 2008, a diferença dos outros prefeitos, que foram eleitos em 2005. Em caso de o Presidente e o Vice-Presidente recebiam um resultado adverso, se convocam eleições gerais em um prazo de 90 e 180 dias. Em caso de que os prefeitos são revogados, deixarão o cargo imediatamente e o Presidente designará um novo prefeito até a convocação de novas eleições departamentais.[3] Inicialmente, os prefeitos de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando se negaram a participar do referendo, porém em 4 de julho mudaram opinião.[6] Logo, estes prefeitos iniciaram uma greve de fome, mas posteriormente o prefeito de Santa Cruz a abandonou.[2][7] Referências
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