Ratisbona é uma das cidades mais antigas da Alemanha. É também uma das poucas cidades da Alemanha que foram ocupadas pelo Império Romano. A história documentada da cidade começa com a construção de um castelo para uma coorte (um décimo de uma legião romana) em cerca de 79 d.C., após séculos em que esta zona foi povoada por tribos celtas e que chamavam a zona Ratasbona ou Ratisbona.
No ano 179, o imperador Marco Aurélio fez da cidade um ponto forte militar da província de Récia, mandando construir um acampamento de legionários - da III Italica - chamado Castra Regina'.
Ratisbona é um dos bispados mais antigos da Alemanha, já existente mesmo antes 739, ano em que Bonifácio a colocou sobre jurisdição do direito canónico e como tal, dependente de Roma.
Tornou-se protestante em 1542, porém manteve-se sempre um bispado católico, mesmo que por vezes administrada por outros bispados.
A comunidade judaica de Ratisbona aparece referenciada pala primeira vez num documento oficial (Urkunde) de 981, embora ela já existisse pelo menos desde o século VIII.[carece de fontes?]
Nos séculos XI e XII, a escola talmúdica da cidade era um centro de culto judaico.[carece de fontes?]
A partir do século XI, a relação entre judeus e cristãos degradou-se. Em 1096, os judeus de Ratisbona foram obrigados ao baptismo. No entanto, um ano depois, o imperador Henrique IV autorizou o regresso dos convertidos ao judaísmo.[carece de fontes?]
No século XV, como em muitas outras cidades europeias, a propaganda anti-semita voltou a crescer. Os judeus eram acusados do roubo de hóstias e de praticarem rituais macabros em que crianças cristãs eram assassinadas. Os judeus foram tidos como inimigos da crença cristã, sendo discriminados e deportados. Em Regensburg, isso aconteceu com brutalidade em Fevereiro de 1519.[carece de fontes?]
Em 1519 foram expulsos os judeus da cidade, (cerca de quinhentos), tendo assim sido destruída uma das comunidades judaicas mais antigas da Alemanha. A expulsão só foi possível porque Maximiliano I faleceu no dia de ano novo de 1519, sem deixar estipulado quem seria o seu sucessor. No tempo que foi necessário a Carlos V para se tornar rei alemão e depois imperador, os habitantes cristãos de Regensburg tiveram a oportunidade de expulsar os seus concidadãos judeus.[carece de fontes?]
Geografia
Com aproximadamente 130 mil habitantes, Ratisbona é a quarta maior cidade da Baviera, depois de Munique, Nuremberga e Augsburgo. As grandes cidades mais próximas são Nuremberga a cerca de 88 km a noroeste e Munique a 103 quilômetros a sudoeste.
A cidade situa-se no ponto mais setentrional do rio Danúbio, o qual divide a Cidade Antiga do bairro de Stadtamhof, ambos tombados pela Unesco. O nome da cidade deriva do rio Regen, que deságua no Danúbio ao norte de Stadtamhof. Alguns quilômetros antes da cidade, o Danúbio recebe as águas do afluente Naab.
Os meses mais quentes vão de junho a agosto com temperaturas médias entre 16,2 °C e 18 °C, enquanto que os meses mais frios vão de dezembro até fevereiro com temperaturas médias entre -0,9 °C e -2,7 °C.
Característico para a região metropolitana de Ratisbona são os verões bastante secos, comparados com os verões tipicamente chuvosos da Região Alpina Setentrional, da qual Ratisbona faz parte. As precipitações mais baixas ocorrem entre março e novembro com valores médios entre 33 e 39 mm. Os meses mais chuvosos são entre junho e agosto com valores médios entre 74 e 93 mm.
A região em volta de Ratisbona é influenciada parcialmente pelo vento Föhn. Principalmente durante o outono e o inverno a cidade sofre com neblinas fortes e duradouras sem visibilidade ao céu.
Em Ratisbona raramente ocorrem nevascas fortes, como também é raro a formação de camadas de neve sob a cidade.
Evolução demográfica
A evolução demográfica em Ratisbona, segundo a Secretaria Bávara de Estatística e Processamento de Dados (Bayerisches Landesamt für Statistik und Datenverarbeitung):
Vários trens regionais e interurbanos ligam Ratisbona a sua região metropolitana ou a outras cidades maiores a curta e média distância, como os trechos