Quinto Júnio Bleso (cônsul em 26) Nota: Este artigo é sobre o cônsul sufecto em 26. Para o cônsul sufecto em 10 e seu pai, veja Quinto Júnio Bleso.
Quinto Júnio Bleso (em latim: Quinto Junius Blaesus; m. 36) foi um senador romano da gente Júnia nomeado cônsul sufecto em 26[1][2][3] com Lúcio Antíscio Veto. Era filho de Quinto Júnio Bleso, cônsul sufecto em 10.[4] A irmã de seu pai, Júnia, foi esposa primeiro de Quinto Élio Tuberão e depois de Lúcio Seio Estrabão, com quem teve o prefeito do pretório Lúcio Élio Sejano, seu primo.[5][6][7] CarreiraEm 14, ano da morte de Augusto, Bleso estava na Panônia como tribuno militar com o pai,[8] o legado imperial encarregado das legiões da província (VIII Augusta, VIIII Hispana e XV Apollinaris).[9] Estas legiões se revoltaram depois da ascensão de Tibério sob a liderança de um tal Percênio.[10] Apesar de seu pai ter conseguido acalmar os soldados com seus discursos, eles exigiam que suas demandas fossem levadas a Tibério.[8] Bleso encarregou seu filho de seguir até Roma para comunicar o ocorrido ao imperador,[8] que decidiu enviar seu filho, Druso, que conseguiu acabar com a revolta depois de executar os seus líderes.[11] Em 21, o pai de Bleso foi procônsul da África[12] no auge da revolta de Tacfarinas[13] e Bleso (filho) o seguiu desta vez como tribuno.[14] Para derrotar a revolta, Bleso (pai) decidiu separar suas forças em três divisões menores, uma comandada por ele próprio, outra pelo seu filho e uma terceira pelo tribuno Públio Cornélio Lêntulo Cipião.[14] Desta forma, os romanos conseguiram vencer todas as batalhas subsequentes e capturaram o irmão de Tacfarinas, o que valeu a Bleso a honra de ser aclamado imperator pelas tropas com autorização de Tibério.[14] Família e morteBleso se casou com Domícia Lépida, filha de Lúcio Domício Enobarbo e Antônia Maior, e com ela teve um filho, Júnio Bleso, governador da Gália Lugdunense, assassinado em 69 pelo imperador Vitélio.[15][16][17] Depois de seu consulado, em 26, seu primo Sejano, aliado da família, caiu em desgraça e foi executado por Tibério. No mesmo ano, o pai de Bleso, acusado de ser cúmplice de Sejano, preferiu se matar para não incorrer na fúria do imperador.[18] Depois de serem humilhados por Tibério, que negou-lhes um sacerdócio prometido ainda na época de Sejano, Bleso e seu irmão, Lúcio Júnio Bleso, possivelmente cônsul sufecto em 28,[2] também se suicidaram em 36.[19] Ver também
Referências
Bibliografia
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