Quemaque (Erzincã)
Quemaque (em turco: Kemah; em curdo: Kemax)[2] ou Camaque (em armênio: Կամախ; romaniz.: Kamaχ) é uma cidade da província de Erzincã, na Turquia. É a sede do distrito de Quemaque e tinha uma população de 2 929 pessoas em 2022.[1] HistóriaÉ possível que Quemaque seja o sítio da antiga cidade de Cumaca (Kummaha), que aparece nos registros hititas.[3] Séculos depois, era a importante fortaleza e cidade santa de Ani (Անի), sede do distrito de Daranália. Provavelmente deve ser a Atua (*Anua) mencionada por Ptolemeu.[4] Nela existiam templos dedicados a Anaíte[5] e Aramasde (associado a Zeus)[4][6] e aparentemente foi a primeira capital do Reino da Armênia Menor no rescaldo da Paz de Apameia (188 a.C.).[7][8] Séculos depois, foi sede da necrópole dos reis arsácidas da Armênia até sua eventual destruição pelos iranianos do Império Sassânida.[9] Segundo Fausto, o Bizantino, a necrópole foi tomada com apoio do nobre armênio (nacarar) Meruzanes I, que ajudou os atacantes romperam as defesas de Ani e pilharam a fortificação e as tumbas dos reis arsácidas, exceto a de Sanatruces I.[10] Durante o início da Idade Média, sob o nome de Camaca / Camacão (em grego: Κάμαχα, Κάμαχον; romaniz.: Kámacha, Kámachon), foi uma fortaleza fronteiriça estrategicamente importante nas guerras entre o Império Bizantino e os Califados Omíada e Abássida. Caiu pela primeira vez aos muçulmanos em 679 e mudou de mãos frequentemente até meados do século IX (cf. Cerco de Camaca), quando o controle bizantino foi consolidado. De acordo com Constantino VII, no final do século IX formou uma turma no tema de Coloneia. Sob o imperador Leão VI, o Sábio (r. 886–912), foi unida ao distrito de Celtzena para formar o novo tema da Mesopotâmia. Pouco se sabe sobre o sítio depois disso, exceto que era a sede de um bispado chamado "Armênia". Os bizantinos perderam o controle da área após a Batalha de Manziquerta em 1071.[11] O desfiladeiro de Quemaque foi palco de massacres durante o genocídio armênio. Em um caso, 25 mil armênios foram mortos num dia ao jogar as vítimas de um desfiladeiro íngreme no rio Eufrates.[12] Referências
Bibliografia
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