Príncipe-abade (em alemão: Fürstabt, em francês: Prince-abbé) era um título nobiliárquico e religioso entregue ao superior duma Abadia cujas possessões formavam um principado.
No caso de uma Abadia feminina com possessões territoriais, a superiora detinha o título de Princesa-abadessa.
Enquadramento
Príncipe-Abade combina o título de Abade ao de Príncipe demonstrando uma autoridade tanto espiritual como temporal. O Brasão de Armas inclui como suportes uma espada (símbolo de poder temporal) e um báculo pastoral (símbolo do poder espiritual).
Os príncipes-abades encontravam-se sobretudo no território do Sacro Império Romano-Germânico, região onde existiam igualmente os Príncipes-bispos. As comunidades de religiosas femininas eram dirigidas por Princesas-abadessas.
Certos príncipes-abades tinham precedência sobre outros, uma vez que, a título pessoal, tinham representação na Dieta Imperial. Era o caso do Príncipe-abade Fulda, do Príncipe-abade de Kempten ou ainda do Príncipe-abade de Murbach-Lure.
Lista de Príncipes-Abades / Princesas-Abadessas
No atual território da Alemanha
Príncipe-abade de Fulda - tinha também o título de Primaz das Abadias do Império. Era "Arquichanceler da Imperatriz", de cordo com um decreto de 1220 do imperador Frederico II, e foi elevado a Príncipe-Bispo pelo Papa Bento XIVem1752;
Príncipe-abade Kempten – confirmado por Carlos IV em 1348; após o primaz de Fulda tinha precedência sobre todos os Abades do Império;
Príncipe-reitor[1] de Ellwangen - após o primaz de Fulda tinha precedência sobre todos os Abades do Império;
Príncipe-abade de Prüm – elevado pelo imperador Frederico II em 1222, em união pessoal com o Arcebispo-Eleitor de Tréveris a partir de 1576.
↑em termos da hierarquia religiosa, o Reitor era imediatamente inferior a Abade
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Prince-abbé».
Bibliografia
Hanz Werner Goetz & Herbert Zielinski, Fürst, Fürstentum, in Lexikon des Mittelalters (LexMA), Vol. 4, Artemis & Winkler, Munique/Zurique, 1989, ISBN 3-7608-8904-2.
Teresa Schöder-Stapper, Fürstäbtissinnen, Frühneuzeitliche Stiftsherrschaften zwischen Verwandtschaft, Lokalgewalten und Reichsverband. Böhlau Verlag Köln Weimar Wien, 2015. ISBN 978-3-412-22485-1