Prospero Colonna (cardeal) Nota: Para o condottiero que serviu aos Estados Pontifícios e ao Sacro Império Romano-Germânico durante as Guerras Italianas, veja Prospero Colonna.
Prospero Colonna (Roma, c. 1410 - Roma, 24 de Março de 1463) foi um cardeal-sobrinho do Papa Martinho V (Odo Colonna), cuja eleição fez terminar o Cisma do Ocidente. BiografiaColonna nasceu por volta de 1410, sendo o quinto filho do conde Lorenzo Onofrio Colonna e de Sveva Caetani, do signori de Sermoneta. Colonna foi um notário apostólico e, aos 11 anos, foi cónego da Catedral de Liège (1421), perdendo o título, mas recuperando-o em 1426.[1] Colonna foi também o arcediago de Cantuária de junho de 1424 a dezembro de 1434, nomeado por Martinho V, seu tio.[1][2] Recebeu as receitas correntes eclesiásticas na Inglaterra, incluindo a prebenda de Laughton, Iorque, num valor estimado de 33₤ por ano, numa questão de disputa entre Colonna e Thomas Chapman, bem como com o sucessor de Chapman, John Lax.[3] Colonna adquiriu outros benefícios em Inglaterra num momento em que o direito de o papa nomear bispos ingleses era uma questão controversa.[4] Colonna foi criado cardeal-diácono in pectore em 24 de maio de 1426, apesar da sua elevação não ser publicada senão em 8 de novembro de 1430.[1][5] Após a morte de seu tio, Prospero juntou-se ao resto da família Colonna em rebelião contra o sucessor de Martinho V, o Papa Eugénio IV, que passou a privar o cardeal de todos os seus benefícios.[5] Colonna, com a ajuda de seus parentes, levou a maior parte do tesouro papal, e foi excomungado por Eugénio IV.[6] Como as forças dos Colonna se juntaram às da família Savelli e ao Reino de Nápoles, Colonna escapou para fora da cidade à noite para se juntar às forças rebeldes.[7] Em 22 de maio, em Paliano, Colonna recebeu o comando da guarnição do Duque de Calábria, Luís III de Nápoles, que comandava as tropas napolitanas fora dos muros de Roma.[7] As forças entraram na cidade em 30 de maio, mas foram rechaçadas pelos esforços da família Orsini e de Girolamo Riario.[7] Cardeal protodiácono em setembro de 1437. Camerlengo do Sagrado Colégio dos Cardeais para o ano de 1439. Ele estava muito interessado em arqueologia e em 1446, tentou sem sucesso reflutuar as naves afundadas no lago de Nemi.[1] Colonna foi o papabile líder no conclave de 1447, recebendo 10 votos em primeiro escrutínio (apenas a dois da maioria absoluta necessária), e continuou a receber 10 nos três primeiros dias de votação.[8] Colonna teve o apoio dos cardeais franceses e daqueles que ficaram impressionados com a influência que ele tinha com várias das cidades-estado italianas, mas não teve o apoio do público romano, devido à reputação de violência extrajudicial.[9] Domenico Capranica em vão falou em favor de Colonna, referindo-se a ele como "Mansuetto agnello" (manso como um cordeiro).[6] O Papa Nicolau V, o candidato escolhido em última instância, reintegrou todos os benefícios de Colonna.[5] Como protodiácono, foi Colonna quem anunciou a eleição do novo Papa e o coroou. Ele seguiu o papa até Spoleto em 1449 devido à peste; ele retornou em 13 de junho via Montefalco. Acompanhou o Imperador Frederico até a fronteira dos Estados da Igreja em sua viagem de Roma a Nápoles em 24 de março de 1452.[1] Colonna ainda coroou mais dois papas, Calisto III e Papa Pio II.[1] Apesar de ter sido o candidato do duque de Milão no conclave de 1458,[1] deu o voto definitivo que elegeu o Papa Pio II, afirmando: "Eu também voto para o Cardeal de Siena se tornar papa".[5] Colonna anos antes mudara o seu voto de Piccolomini por Accessus após os cardeais Guillaume d'Estouteville e Basilios Bessarion tentarem tirá-lo da sala pela força.[10] O cardeal acompanhou o papa a Mântua em 1459 e compareceu ao Congresso de Mântua em 1460. Ele referendou uma bula papal em Siena em 18 de abril de 1459 e no mês seguinte, com o Cardeal Bessarion, Colonna ordenou a introdução da causa de Santa Catarina de Siena. Arcipreste da basílica patriarcal de Latrão. Também foi um protetor de humanistas, como Leone Battista Alberti, e possuía uma grande e rica biblioteca.[1] Cardeal Colonna morreu no dia 24 de março de 1463 e foi enterrado na Basílica dos Doze Santos Apóstolos, em Roma.[1] Conclaves
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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