Problema do mal

Na filosofia da religião, o problema do mal é a questão de como conciliar a existência do mal com o de uma divindade que é, tanto em termos absolutos ou relativos, onipotente, onisciente e benevolente.[1][2] Um "argumento do mal" tenta mostrar que a coexistência do mal e tal divindade é improvável ou impossível se colocado em termos absolutos. As tentativas de demonstrar o contrário tradicionalmente têm sido discutidas sob o título de teodiceia.

Uma ampla gama de respostas foi dada para o problema do mal na teologia. Há também muitas discussões de problemas mal e associados em outros campos filosóficos, tais como ética secular,[3][4][5] e disciplinas científicas, tais como ética evolucionista.[6][7] Mas, como normalmente entendido, o "problema do mal" é colocado em um contexto teológico.[1][2]

A existência do mal parece ser contraditória a com a existência de um Deus bondoso e poderoso, mas alguns religiosos argumentam que, para o homem ser feliz, ele necessita executar ações, atos de caridade e de heroísmo, que não seriam possíveis se não existisse o mal. Entretanto, a maioria dos teístas responde que um deus perfeito pode ainda permitir um certo mal, insistindo que a concessão de um bem maior, como o livre arbítrio, não pode ser alcançada sem alguns males.[8] Uma defesa contra o problema do mal é estabelecer que os atributos divinos são logicamente consistentes com a existência do mal, mas que isso não significa que o mal derive deles, ou que deles se possa retirar uma explicação quanto as razões pelas quais o mal existe ou ocorre. Uma teodiceia, por outro lado é uma tentativa de fornecer tais justificativas para a existência do mal.[9]

Richard Swinburne sustenta que não faz sentido assumir que existe esse bem maior, a não ser que se saiba o que ele é, ou seja, até que tenhamos uma boa teodiceia.[8] Muitos filósofos contemporâneos discordam. O Ceticismo teísta, que se baseia na posição de que seres humanos nunca podem esperar entender o divino, é talvez a mais popular resposta ao problema do mal entre os filósofos da religião contemporâneos.[carece de fontes?]

Ver também

Referências

  1. a b The Stanford Encyclopedia of Philosophy, "The Problem of Evil", Michael Tooley
  2. a b The Internet Encyclopedia of Philosophy, "The Evidential Problem of Evil", Nick Trakakis
  3. Nicholas J. Rengger, Moral Evil and International Relations, in SAIS Review 25:1, Winter/Spring 2005, pp. 3–16
  4. Peter Kivy, Melville's Billy and the Secular Problem of Evil: the Worm in the Bud, in The Monist (1980), 63
  5. Kekes, John (1990). Facing Evil. Princeton: Princeton UP. ISBN 0-691-07370-8 
  6. Timothy Anders (1994). The Evolution of Evil: An Inquiry Into the Ultimate Origins of Human Suffering. Open Court. ISBN 978-0-8126-9174-0.
  7. J.D. Duntley and David Buss, "The Evolution of Evil," in Miller, Arthur (2004). The Social Psychology of Good and Evil (PDF). New York: Guilford. pp. 102–133. ISBN 1-57230-989-X 
  8. a b Swinburne, Richard (2005). «Evil, the problem of». In: Ted Honderich. The Oxford Companion to Philosophy. ISBN 0199264791 
  9. Honderich, Ted (2005). «Theodicy». The Oxford Companion to Philosophy. ISBN 0199264791. John Hick, por exemplo, propõe uma teodiceia, enquanto Alvin Plantinga formula uma defesa. A ideia do livre arbítrio aparece frequentemente em ambas as estratégias, mas de modos diferentes. 

Ligações externas

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