PomeronEm física de partículas, o pomeron (português brasileiro) ou pomerão (português europeu) é uma trajetória de Regge — uma família de partículas com spin crescente — postulado em 1961 para explicar a lenta subida da seção de choque de colisões hadrônicas em altas energias.[1] Seu nome é uma homenagem a Isaak Pomeranchuk. Visão geralEnquanto outras trajetórias levam a uma queda da seção de choque, o pomeron pode levar ao aumento logarítmico da seção de choque — o que, experimentalmente, é aproximadamente constante. A identificação do pomeron e a predição de suas propriedades foram um grande sucesso da teoria de Regge da fenomenologia da força forte. Mais tarde, o pomeron BFKL[1] foi derivado em regimes cinemáticos adicionais de cálculos perturbativos em cromodinâmica quântica, mas sua relação com o pomeron visto na dispersão de alta energia ainda não é totalmente compreendida. Uma consequência da hipótese do pomeron é que as seções de choque de dispersões próton–próton e próton–antipróton deviam ser iguais em energias altas o suficiente. Isso foi demonstrado pelo físico soviético Isaak Pomeranchuk por meio de extensão analítica assumindo apenas que as seções de choque não diminuem. O pomeron foi introduzido por Vladimir Gribov, e esse teorema foi incorporado à teoria de Regge. Geoffrey Chew e Steven Frautschi introduziram o pomeron no oeste. A interpretação moderna do teorema de Pomeranchuk é de que o pomeron não possui cargas conservadas — as partículas nessa trajetória têm os números quânticos do vácuo. O pomeron foi bem aceito na década de 1960 apesar do fato de que as seções de choque medidas das dispersões próton–próton e próton–antipróton nas energias então disponíveis eram diferentes. O pomeron não possui cargas. A ausência de carga elétrica implica que a troca de pomeron não leva à usual chuva de radiação Cherenkov, enquanto ausência de carga de cor implica que tais eventos não emitem píons. Isso está de acordo com observações. Em colisões próton–próton e próton–antipróton de alta energia, nas quais acredita-se que os pomerons são trocas, uma lacuna de rapidez é frequentemente observada: uma grande região angular na qual nenhuma partícula de saída é detectada. OdderonO odderon, o equivalente do pomeron que carrega uma paridade de carga singular foi introduzido em 1973 por Leszek Łukaszuk e Basarab Nicolescu.[2] Os odderons existem em cromodinâmica quântica como o estado composto de três glúons reggeizados.[3] Teorizado em 2015.[4], foi observado apenas em 2017 pelo experimento TOTEM no Grande Colisor de Hádrons.[3] Essa observação foi mais tarde confirmada em uma análise conjunta com o experimento DØ no Fermilab e apareceu na mídia como a descoberta da partícula em março de 2021.[5][6][7][8][9][10] Referências
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