O Parque Ecológico do Córrego Grande (ou Parque Horto Florestal do Córrego Grande, ou também, Parque Ecológico Municipal Prof. João Davi Ferreira Lima) é uma unidade de conservação localizada no município brasileiro de Florianópolis.[1]
Descrição
O parque cobre uma área de 21,3 hectares (213 000 m2) e está localizado na região centro-oeste da Ilha de Santa Catarina, entre os bairros do Córrego Grande e Santa Mônica. Este é o único parque integralmente em área urbana da capital catarinense.[2] Apresenta relevo plano, cortado por cursos d'água, sendo utilizado para realização de atividades de recreação, lazer, educação ambiental, pesquisa e cultura voltadas à área ambiental.[3] Existem no parque 3 trilhas (Palmiteiro, Pau-Jacaré e Garapuvu) e uma pista de caminhada de 1 km de comprimento. O parque recebe um número aproximado de 800 visitantes diariamente.[4]
Um sagui observa o fotógrafo da copa de uma árvore no parque linear do Córrego Grande.
Em 2014, foi inaugurado o primeiro borboletário de Florianópolis, pelo departamento de ecologia e zoologia da UFSC. O espaço recebe o nome de Woody Benson, um ecologistanorte-americano que estuda borboletas há mais de 40 anos no Brasil.[6] No insetário são encontrados ainda besouros, louva-a-deus e bichos-pau.
Em 2019, foram instaladas 20 câmaras de monitoramento em diversas regiões da Ilha.[10] O projeto é uma parceria entre a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis e pesquisadores da UFSC e tem o objetivo de realizar um levantamento sobre aves e mamíferos que vivem ou passam por estes locais.
Até o início do século XX, o local abrigava uma chácara produtora de leite. A vegetação era pouco mais que capim gordura, pinus e eucaliptos.[6][11] Segundo o Professor Cesar Floriano dos Santos, foi o esforço da comunidade que tornou o parque no que é hoje.
Essa unidade era uma antiga reserva florestal do IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), posteriormente do IBAMA, tendo sido cedida ao município. O parque foi inaugurado em 5 de agosto de 1994 graças a uma parceria entre o IBAMA, a prefeitura de Florianópolis (na época, prefeito Sérgio Grando) e a COMCAP (Companhia de Melhoramentos da Capital). [12] Apenas 51 dias após sua abertura, parque foi fechado ao público em razão de um acidente envolvendo um pai com seu filho que foram atingidos por um eucalipto num dia de fortes ventos (111,2 km/h).[13] Após reformas e recuperação da vegetação nativa, o Parque Ecológico foi reaberto à visitação no dia 3 de dezembro de 2001.
Atualmente, funciona todos os dias, das 7 às 18 horas, possui estrutura para passeios familiares. Dotado de equipamentos de lazer (lago, pistas de caminhada, bancos rústicos), recebe cerca de 500-800 visitantes diariamente, sendo que este número dobra nos finais de semanas e feriados. O período da tarde é o preferido e o público é composto sobretudo de famílias, com frequência de visitação de 3 a 4 dias por semana.
Em 2020, ações do ministro do meio ambiente colocaram o parque numa lista para privatização.[18] Sob pressão da comunidade, tanto o ministro (Ricardo Salles) quanto o presidente do IBAMA (Eduardo Bim) indicaram que o parque seria retirado da dita lista.[6][4]