PIIGS é um acrônimo pejorativo originalmente usado na imprensa de língua inglesa, sobretudo britânica, para designar o conjunto das economias de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha (Spain em inglês). Em inglês, o acrônimo significa "porcos", animais por vezes usado em caricaturas para ilustrar a má performance econômica dos cinco países. A expressão "economias porcinas" é também usada.[1] Expressões similares, como the Olive Belt (o cinturão da azeitona)[2] ou "Club Med",[3] também foram aplicados ao mesmo (ou quase o mesmo) agrupamento de países do sul da Europa, durante a crise econômica de 2008-2009, quando as economias de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha foram consideradas particularmente vulneráveis, em razão do alto ou crescente endividamento e do alto deficit público em relação ao PIB.
O termo original, PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) data de meados da década de 1990 quando foi usado para se referir a estas economias do sul da Europa. Durante a crise financeira de 2008-2009,[4][5][6] era utilizado especialmente quando se tratava de dívida soberana e deficit público, considerando-se que essas economias se caracterizam pelo altos níveis de endividamento e de deficit público em relação ao PIB, ainda que, em geral, sejam comparáveis ao restante da Eurozona.[7] Tal condição propiciava o efeito bola de neve, gerando mais e mais dividas.
No final de 2011, a Irlanda foi também incluída no lote,[12] e o acrônimo ganhou mais um "I", tornando-se PIIGS.[13] (menos frequentemente, o "I" de PIGS se referia à Irlanda em vez da Itália).[13][14]
Mais recentemente, o próprio Reino Unido também foi associado ao acrônimo, que, por isso, ganhou mais um G, transformando-se em PIIGGS.[15][16][17][18][19]
Acrônimos derivados
Como a lista de economias com problemas não parou de crescer, novos acrônimos foram cunhados.
Nas primeiras semanas de 2010, ansiedade a excessivos níveis de endividamento, em alguns países da UE e, mais genericamente, sobre a saúde do euro se espalhou da Irlanda e da Grécia a Portugal, Espanha e Itália.
Alguns think tanks sobre a Europa, como o Canadian European Economic Council têm argumentado que a situação, na qual a Grécia e a Espanha estão hoje, resulta de uma década de endividamento excessivo impulsionada por políticas keynesianas perseguidas pelos responsáveis políticos locais e pela complacência dos banqueiros centrais da UE.[23] Outros economistas [carece de fontes?] têm recomendado a aplicação de uma bateria de políticas corretivas para controlar a dívida pública e de drásticas medidas de austeridade, com impostos substancialmente mais elevados.
Alguns altos responsáveis políticos alemães foram tão longe como dizer que o socorro de emergência deverá trazer penalidades rígidas aos beneficiários da ajuda da UE, como a Grécia ou Espanha.[24]