O Que É Isso, Companheiro? (filme)
O Que É Isso, Companheiro? é um filme brasileiro de 1997, dirigido por Bruno Barreto, com roteiro parcialmente baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, escrito em 1979. Produzido por Luiz Carlos Barreto, é estrelado por Pedro Cardoso e Fernanda Torres. Lançado nos Estados Unidos com o título de Four Days in September, concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro daquele ano.[2] SinopseO enredo conta, com diversas licenças ficcionais, a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, por integrantes dos grupos guerrilheiros de esquerda MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que lutavam contra o regime militar instaurado no país em 1964. Alguns nomes dos personagens ligados à guerrilha foram trocados em relação a seus nomes verdadeiros no livro e na vida real. Elenco
ProduçãoO filme é "vagamente baseado" nas memórias de 1979 O Que É Isso, Companheiro?, escrito pelo político Fernando Gabeira. Em 1969, como membro do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), um grupo de estudantes guerrilheiros, ele participou do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, negociando para obter a libertação de presos políticos de esquerda. O MR-8 protestava contra a recente conquista do Brasil por um governo militar e buscava a libertação de presos políticos. Porém, os militares aumentaram a repressão à dissidência, membros do MR-8 e ALN foram torturados pela polícia e a democracia não foi restabelecida no Brasil até 1985. Gabeira mais tarde tornou-se jornalista e político, eleito deputado federal pelo Partido Verde. RecepçãoO filme teve críticas mistas, em parte por causa de sua história brasileira ficcional, e seu retrato desconfortável de atividades terroristas por radicais estudantes. Stephen Holden, do The New York Times, escreveu: "O Que É Isso, Companheiro? é um híbrido inquietante de suspense político e meditação elevada sobre terrorismo, sua psicologia e suas consequências." Observou que o filme sugere que o sequestro foi seguido por piores eventos políticos, com aumento da repressão e tortura de membros do MR-8, descrevendo o papel de Pedro Cardoso como o personagem mais complexo. Roger Ebert deu ao filme duas estrelas, dizendo que foi marcado por uma "tristeza silenciosa" e que "o filme examina a maneira como os idealistas ingênuos assumiram mais do que podiam suportar". Ele sugere que o filme tenta humanizar os dois lados, mas parece confuso.[3] Ebert escreve: "O ponto de vista é o de um homem de meia-idade que não entende mais por que, quando jovem, tinha tanta certeza de coisas que agora parecem tão intrigantes."[3] Prêmios e indicações
Ver também
Referências
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