Egéria era uma das ninfasCamenas e, segundo a lenda, era amante, conselheira (sobre leis religiosas e reformas) e depois mulher do reiNuma Pompílio[1]. Quando ele morreu, Egéria se derreteu em lágrimas e deu origem a uma fonte ("...donec pietate dolentis / mota soror Phoebi gelidum de corpore fontem / fecit..."[2], que se tornou um local sagrado e que a tradição identifica como sendo a fonte existente perto da Porta Capena.
Egéria era também uma das "Camenas", que significa "cantora", videntes, e, por isto, o vale onde ficava a "Fonte de Egéria" era conhecido como "Vallis Camenarum". Os encontros do rei com a ninfa ocorriam numa gruta no Bosco delle Camene[3]. Suas águas eram de uso exclusivo das vestais[4].
No século II d.C., quando Herodes Ático, absolvido do assassinato de sua esposa Ânia Regila, reestruturou uma villa que ele herdou, ele reformou a grande propriedade do ponto de vista paisagístico: a gruta foi convertida em uma estrutura fechada coberta por abóbadas com uma estrutura absidal, na qual foi colocada, no interior de um nicho, uma estátua de Egéria; as superfícies internas foram decoradas com revestimentos de mármore verde e branco nas paredes e pórfiro verde no piso com inserções em mosaicos. A fonte original, uma das várias que fluem para o rio Almone, era composta por grandes bacias, uma das quais era conhecida com o nome de "Lacus Salutaris".
No século XIX, este ninfeu se tornou o lugar favorito para realização de piqueniques entre os romanos e ainda hoje o lugar é popular no interior do Parco della Caffarella[5].
Descrição
O ninfeu, em opus mixtum[6], e as construções vizinhas foram datadas no século II com base na tipologia dos tijolos utilizados na construção. A água jorra pelo lado de trás, por baixo de uma estátua atualmente sem cabeça do deusAlmone[7][6].
Referências
↑Floro, Epitoma de Tito Livio bellorum omnium annorum DCC I, 2.3.