Appio-LatinoAppio-Latino é o nono quartiere de Roma e normalmente indicado como Q. IX. Seu nome é uma referência à Via Ápia (Via Appia Antica) e à Via Latina. Está dividida em duas partes, com a região norte pertencente ao Municipio VII e a sul, ao Municipio VIII da região metropolitana de Roma Capitale. GeografiaO quartiere Appio-Latino está localizado a sudeste da cidade, encostado na Muralha Aureliana, e suas fronteiras são:
Subdivisões históricasAppio-Latino incorpora alguns topônimos históricos, incluindo Alberone, que identifica a área do lado direito (sudoeste) da Via Appia Nuova, entre o vale da ferrovia (Ponte Lungo), a Villa Lazzaroni e a Via Latina. O nome é uma referência à presença de uma secular uma azinheira secular na Via Appia Nuova, infelizmente derrubada numa tempestade em 7 d novembro de 2014[1]. Na Via Latina, na lateral do Valle della Caffarella, ficava, até a década de 1990, uma favela conhecida como Borghetto Latino. HistóriaAs origems da região de Appio-Latino remontam aos primeiros anos da Roma Antiga. A Via Latina, que emprestou seu nome ao quartiere, era uma importante via de ligação com o Latium Vetus e com a Campania já utilizada no período anterior aos romanos e certamente pelos etruscos. A Via Ápia, por outro lado, que o poeta Estácio definiu como a "longarum Regina viarum" no final do século I, foi criada "somente" em 312 a.C. pelo censor romano Ápio Cláudio Cego, a quem deve seu nome. Ambas começavam na antiga Porta Capena (que ficava do lado esquerdo do Circo Máximo) da Muralha Serviana, e a primeira seguia até Casilino (Cápua), atravessando o os vales do Sacco e do Liri, e outra ia primeira até Casilino e depois continuava até Brundísio (Brindisi). Característica do território também, em segundo lugar, estão cinco imponentes aquedutos que seguem pelo eixo representado pela moderna Via del Mandrione, construídos entre 144 a.C. e 212 a.C.: a Água Márcia, a Água Tépula e a Água Júlia, reunidos numa única estrutura, e a Água Cláudia e o Ânio Novo, reunidos num outro conjunto de arcos, e mais a Água Antoniniana, uma ramificação para o sudoeste da Água Márcia. Durante a era romana, a região era caracterizada por uma rede de suntuosas villas patrícias, cisternas subterrâneas para coleta de água, canais de irrigação de áreas cultivadas, fábricas e imponentes estruturas defensivas, como a própria Muralha Aureliana. Com a Guerra Gótica (535-554), toda a passagem foi destruída, os aquedutos foram interrompidos e o transporte comercial e militar cessou, marcando o início de uma longa fase de abandono da região. Apesar de não se saber ao certo a data de sua abertura, acredita-se que a Via Tuscolana tenha sido aberta depois do século VI, certamente para substituir a antiga Via Latina, completamente abandonada, na ligação de Roma com Túsculo e os Castelli Romani. Graças ao Liber Pontificalis sabemos que o aqueduto Água Mariana foi construído em 1122 por encomenda do papa Calisto II para permitir a irrigação do Agro Lateranense. Appio-Latino estava entre os quinze primeiros quartieri criados em 1911 e oficialmente instituídos em 1921[2]. Originalmente, era um quartiere periférico, fora das muralhas e, por isso, passou por uma caótica urbanização entre a I e a II Guerra Mundial. Em 1931, foi votado um novo plano direto (em italiano: Piano Regolatore) para a região, que levou a um maciço aumento do volume de construções em relação ao plano de 1909 e, como resultado, já na metade da década de 1930, toda a região entre a Porta Metronia e a ferrovia já havia sido totalmente edificada. Nos anos seguintes, a história urbanística do quartiere foi de contínuas construições de dimensões excessivas, sobretudo ao longo da Via Tuscolana[2] Atualmente, este quartiere é parte do centro da cidade de Roma e está subdividido em duas partes: ao norte está a zona majoritariamente residencial pertencente ao Municipio VII e, ao sul, uma região quase completamente desabitada ocupada em parte pelo Parco della Caffarella, no Municipio VIII. BrasãoA descrição oficial do brasão de Appio-Latino é: De argento uma porta torreada em gules, acima e separado, em azure um bucrânio argento coroado de or[3]. Vias e monumentosAntiguidades romanas
EdifíciosPalácios e villasOutros edifícios
Igrejas
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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