Nascimento de caixão

Nascimento de caixão, conhecido na academia pelo termo mais preciso de extrusão fetal após a morte,[1][2] é a expulsão de um feto não viável pela abertura vaginal do corpo decomposto de uma mulher grávida morta, como resultado do aumento da pressão dos gases intra-abdominais. Este caso de parto após a morte ocorre muito raramente durante a decomposição do corpo. A prática de preservação química, através do qual os preservantes químicos e soluções desinfectantes são bombeadas para o corpo para substituir os fluídos corporais naturais (e as bactérias que residem neles), fez a ocorrência do "nascimento de caixão" tão rara que o tópico é raramente mencionado nos discursos médicos internacionais.

Tipicamente durante a decomposição do corpo humano, o trabalho das bactérias nos órgãos da cavidade abdominal (tal como estômago e intestinos) gera gases, como produto do metabolismo, que causa o inchamento do corpo. Em alguns casos, a pressão confinada dos gases pode apertar o útero, forçando para baixo, e pode sair e ser forçado para fora do corpo pela abertura vaginal (um processo chamado prolapso).[nota 1] Se um feto está dentro do útero, pode portanto ser expelido do corpo da mãe pela abertura vaginal quando o útero sai, um processo que, para aparências exteriores, imita o parto. As principais diferenças estão no estado da mãe e do feto e no mecanismo do parto: no parto natural, as contrações da mãe encorajam o bebê a sair do ventre; no caso de um nascimento de caixão, a pressão dos gases acumulados no corpo da mulher grávida morta empurra o feto morto do corpo da mãe.

Foram registrados casos pelas autoridades de medicina desde o século XVI, apesar de alguns casos arqueológicos darem provas de que esta ocorrência tenha ocorrido em vários períodos da história. Apesar de casos de expulsão fetal após a morte sempre terem sido raros, o fenômeno foi registrado em circunstâncias muito diferentes e é ocasionalmente visto num contexto forense moderno quando o corpo de uma grávida morta é descoberto algum tempo depois da sua morte. Existem vários exemplos que demonstraram que o termo nascimento de caixão é um nome impróprio em várias circunstâncias. Também existem casos onde um feto pode ficar separado do corpo da mulher grávida no momento da morte ou durante a decomposição, apesar destes casos não serem consistentes com o processo descrito aqui, visto que não são considerados verdadeiros casos de extrusão fetal após a morte.

Causas

Estágios da morte

Pallor mortis
Algor mortis
Rigor mortis
Livor mortis
Putrefação
Decomposição
Esqueletização
Fossilização

A etiologia[nota 2] de uma extrusão fetal após a morte não é totalmente compreendida, porque o evento não é previsível nem replicável sobre condições de testes. Foram acumuladas provas oportunamente e a observação direta é uma serendipidade. Apesar de ser possível que mais que uma etiologia possa produzir o mesmo resultado, existe uma hipótese aceita,[3] baseada em estabelecer investigações nos campos da bioquímica e da tafonomia forense[nota 3] e, mais à frente, apoiada pela investigação de observação, que conta para o mecanismo de tafonomia que resultam em casos mais recorrentes de extrusão após a morte de um feto não viável.[4]

Tipicamente, quando um corpo morto se decompõe, os tecidos corporais tornam-se vazios de oxigênio e o corpo começa a putrificar; a bactérias anaeróbicas no trato intestinal crescem com rapidez e, como resultado do aumento da atividade metabólica, são libertados gases tais como dióxido de carbono, metano e sulfato de hidrogénio.[5][6] Estas bactérias secretam exoenzimas[nota 4] para digerir as células do corpo e as proteínas para a ingestão, o que enfraquece os tecidos dos órgãos. O aumento da pressão força a difusão de gases excessivos nos tecidos enfraquecidos onde entram no sistema circulatório e se espalham para outras partes do corpo, o que faz com que o tronco e os membros entrem em decomposição. Este processo enfraquece a integridade estrutural dos órgãos, separando as camadas de tecido em processo de necrose. A decomposição normalmente começa de dois a cinco dias depois da morte, dependendo da temperatura externa, humidade e outras condições ambientais.[7] Quando o volume de gás aumenta, a pressão começa a forçar vários fluidos corporais a escoar por todos os orifícios naturais.[8] É nesta altura, durante a decomposição de um corpo grávido, que as membranas amnióticas começam a esticar e separar, sendo que a pressão do gás intra-abdominal pode forçar que o útero saia, o que pode resultar na expulsão do feto pelo canal vaginal.[9] Foi observado que os corpos de mulheres que deram à luz várias vezes[nota 5] têm mais probabilidade de expelir o feto espontaneamente durante a decomposição do que as que morrem durante a sua primeira gravidez, devido à elasticidade natural do cérvix.[10]

História

Vários casos documentados de extrusão fetal após a morte foram descritos num compêndio médico chamado Anomalies and Curiosities of Medicine, primeiramente publicado em 1896.[11] O primeiro caso registrado ocorreu em 1551, quando uma mulher grávida foi julgada e enforcada pelos tribunais da Inquisição espanhola. Quatro horas depois da sua morte e, enquanto o corpo ainda estava pendurado pelo pescoço, duas crianças mortas foram vistas a cair livremente do seu corpo. Isto não é usual pelo curto espaço tempo passado entre a morte e o parto. Como não é dada mais informações sobre outras circunstâncias ambientais, não está claro se a decomposição foi acelerada, ou se outros fatores ajudaram no processo.[4] Na cidade de Bruxelas, em 1633, uma mulher morreu de convulsões e três dias depois o feto foi espontaneamente expelido. Em Weissenfels, Alemanha, em 1861, uma extrusão fetal após a morte foi observada sessenta horas depois da morte de uma mulher grávida. Outros casos são descritos, contudo apenas poucos descrevem a descoberta inesperada dos restos fetais depois da exumação. A maioria dos casos ocorrem depois do enterro; em alguns desses, o corpo estava no caixão enquanto noutros casos o corpo ainda estava na cama de velório ou no esquife.[11]

No fim do século XIX, as técnicas modernas de embalsamento foram desenvolvidas, onde compostos químicos preservantes e desinfectantes (tal como formaldeído) são injetados para dentro do corpo, tirando os fluídos internos naturais e, com eles, a bactéria que cresce durante a putrefação e gera os gases que comprimem a força ativa por trás da expulsão do feto.[12] Contudo, o fenômeno é reconhecido pela medicina e, em 1904, John Whitridge Williams escreveu no seu bloco de notas de medicina obstetrícia uma seção sobre o "nascimento de caixão".[10] Apesar do texto ter permanecido como uma importante referência em obstetrícia, o título, seja chamado "nascimento de caixão" ou "extrusão fetal após a morte", foi excluído da sua 13ª edição em 1966[13] e não foi mencionado na edição publicada em 2009.[14] O tema foi discutido na literatura médica alemã durante o século XX,[15][16][17][18] apesar de casos mais detalhados reportados na literatura forense terem sido publicados recentemente.[1][2]

Em 2005, o corpo de uma mulher de 34 anos, grávida de oito meses, foi descoberto no seu apartamento em Hamburgo, Alemanha.[2] O corpo estava em decomposição e descolorado. Depois de uma examinação inicial, foi descoberto que a cabeça do feto tinha surgido na abertura vaginal. Na autópsia, os examinadores médicos descobriram que tanto a cabeça como os ombros do feto tinham saído e concluíram que era um caso de extrusão fetal após a morte ainda em progresso. A mulher, que tinha dado à luz duas vezes antes na vida, tinha morrido de overdose de heroína. O caso não era usual e apenas alguns praticantes de medicina tinham tido a possibilidade de observar e documentar o progresso de uma extrusão fetal após a morte.[2]

Em 2008, o corpo de uma mulher de 38 anos, grávida de sete meses, foi descoberto num descampado quatro dias depois de ter desaparecido da sua residência no Panamá.[1] Um saco plástico tinha sido deixado sob a sua cabeça e ela tinha sido amordaçada; o caso foi designado como homicídio. O corpo tinha sofrido com o calor tropical e alta humidade e estava em decomposição e altamente descolorado. Na autópsia, os restos do feto foram descobertos na roupa íntima da mulher.[nota 6] Apesar do feto estar num estado de decomposição semelhante, o cordão umbilical estava intacto e ainda preso à placenta dentro do útero.[1]

Bioarqueologia

A extrusão fetal após a morte pode ser muito difícil de reconhecer se o corpo tiver completamente esquelético e os bioarqueólogos são normalmente muito cuidadosos sobre declarar a presença deste fenômeno.[19][20] Existem várias razões culturais para uma mãe e a sua criança terem sido enterradas juntas, portanto, a presença de restos neonatais ao lado de uma mulher adulta não é tomado como uma prova conclusiva de uma extrusão fetal após a morte;[19][20] contudo, existem locais de enterro escavados onde a posição dos restos do feto relativamente aos da mulher adulta suportam esta hipótese. Existem algumas bases gerais quando um arqueólogo está a dirigir-se ao local do feto e do adulto:[19]

  1. Se os restos do feto forem encontrados numa posição fetal e estiverem inteiramente dentro da cavidade pélvica do adulto, o feto morreu e foi enterrado antes do parto. A mulher grávida pode ter morrido devido a complicações no parto;
  2. Se a criança for encontrada ao lado do adulto, com a cabeça orientada na mesma direcção que o adulto, o bebé nasceu, seja naturalmente seja de cesariana, por volta da altura da morte, e depois enterrado. Os bebés que nasceram podem também ter sido enterrados entre ou ao lado da tíbia, mas o bebé continua orientado na mesma direcção que o adulto. Se a maioria dos restos fetais estiverem na cavidade pélvica do adulto, mas as pernas estiverem estendidas e/ou o crânio estiver no meio das costelas, então a criança pode ter saído e depois colocada no topo do tronco da mãe antes do enterro. Como ambos os corpos estão em esqueleto, os ossos da criança surgirão no meio das vértebras da mãe;
  3. Se os restos do feto estiverem inteiros e numa posição inferior a e ao longo da linha pélvica, com a cabeça orientada para o lado oposto da mãe (virada para os pés do caixão ou da cova), então existe a possibilidade de nascimento de caixão.[21] As provas da extrusão fetal após a morte podem ser menos ambíguas quando os restos do feto são encontrados entre a linha pélvica do adulto, indicando parcial extrusão durante a decomposição.[22][23]

Em 1975, foi reportado que durante uma escavação de um cemitério medieval em Kings Worthy, Inglaterra, restos fetais surgiram dentro do canal de nascimento de um esqueleto de uma jovem mulher, com o crânio fetal na linha da pélvis e entre os dois fémures e os ossos das pernas do feto claramente na cavidade pélvica.[22] Outros casos de nascimento de caixão em escavações arqueológicas foram descritas, tal como em 1978 no local Neolítico na Alemanha,[24] num local medieval na Dinamarca em 1982,[23] e em 2009 no local do período cristão em Fingal, Irlanda.[21] Um nascimento de caixão também foi descrito num episódio de 2011 do programa da BBC History Cold Case, mostrando os restos de uma mulher e três bebés, na era romana, descobertos perto de Baldock, Hertfordshire.[25]

Aplicabilidade de diagnósticos

Como a extrusão fetal após a morte é tão rara, e ocorre sob condições altamente idiossincráticas devido ao ambiente envolvente e individual, este fenómeno não foi estudado para possível aplicações na investigação forense. Mesmo que o estudo da extrusão fetal após a morte pudesse levar a melhorar métodos de investigação, a investigação experimental pode ser altamente problemática. No presente, os cientistas forenses têm à sua disposição um vasto conjunto de técnicas estabelecida e procedimentos para uma investigações sobre a morte em estados de decomposição quando a extrusão fetal após a morte tipicamente ocorre.[9]

Em arqueologia, o estudos do contexto mortuário, que é, a interpretação do tratamento após a morte, em indivíduo ou no que se refere a padrões dentro de um grupo, levou ao desenvolvimento de hipóteses em estatuto social e/ou hierarquia sobre várias culturas, anciãs e existentes.[23][26][27][28][29] Para além disso, a determinação de se o parto ocorreu antes da morte em análise à população de mães, como a concentração dos elementos, diferem entre os esqueletos de mulheres grávidas adultas (antes de darem à luz) e mulheres que estão a amamentar; a identificação de um nascimento de caixão levaria a uma análise mais precisa do número de mulheres a amamentar na população ou a quantidade de mortalidade materna.[30] É por isso necessário para os investigadores reconhecerem a extrusão fetal após a morte quando a encontram numa escavação.[20][31]

Fenômeno comparável

Também existem vários casos onde os restos do feto são encontrados separados do corpo da mãe, mas a expulsão não foi pelo canal de nascimento, e a separação dos dois corpos pode ter sido influenciada por fatores externos ambientais. Os processo de separação é tão raro que nem foi proposto à comunidade científica um termo específico para o fenómeno. Estes casos podem ter resultados comparáveis, mas não são casos de extrusão fetal após a morte.

Em abril de 2003, o corpo de Laci Peterson surgiu numa costa perto de San Francisco Bay; ela tinha estado grávida quando desapareceu quatro meses antes, e o feto que ela carregava foi descoberto numa diferente praia. Quando questionados pela imprensa, as autoridades médicas inicialmente especularam que um nascimento de caixão tinha acontecido.[32] Contudo, na autópsia à cérvix foi descoberto ser uma condição pré-parto. Os examinadores médicos mais tarde concluíram que enquanto o corpo de Peterson estava na costa, a pele sobre a cavidade abdominal tinha rompido devido a processos naturais de decomposição. A água do mar entrou na cavidade abdominal e lavou a maior parte dos órgãos internos, bem como o feto.[33]

Em 2007, uma mulher de 23 anos na Índia, com mais de oito meses de gravidez, enforcou-se depois das contrações terem começado.[34] O bebê vivo saiu espontaneamente e sem ajuda do corpo da mulher, que ficou suspenso pelo pescoço. O bebê saudável foi encontrado no chão, ainda preso ao corpo da mãe com o cordão umbilical. A principal causa do parto foram as contrações normais, que começaram antes da sua morte e não estava relacionada com o processo de decomposição.[6][34] Uma vez que não é um caso de extrusão fetal após a morte, pode ser referida como um caso de parto após a morte, um termo que é aplicado a um grande número de técnicas e fenômenos que resultam no parto de um bebê vivo.[35]

Em 2008, foi reportado na Alemanha que uma mulher de 23 anos, no seu terceiro trimestre de gravidez, sofreu um acidente automobilístico e morreu; o feto morto foi encontrado entre os seus pés.[36] Depois do impacto inicial do veículo, ela ficou presa em um incêndio. A mulher não conseguiu escapar devido a ferimentos internos e morreu queimada. Os investigadores chegaram à conclusão que o calor extremo do fogo queimou o tecido epidérmico e subcutâneo em volta da cavidade abdominal, sendo que o interior do útero rompeu-se, o que fez com que o feto saísse da cavidade uterina e aterrasse no chão, entre os pés da mulher. O cordão umbilical ainda estava intacto e ligando o feto à placenta pela parede rompida do útero. Ao contrário da mulher, que sofreu queimaduras de 4º grau pelo corpo inteiro,[36] o corpo do feto estava relativamente sem queimaduras, porque a principal causa da separação do corpo da mãe foi termicamente induzida pela ruptura abdominal e da cavidade uterina; a separação traumática não esteve relacionada com o processo normal de decomposição e a expulsão do feto não envolveu a passagem pelo canal vaginal e, portanto, não é considerada uma extrusão fetal após a morte.[36]

Ver também

Notas

  1. Ou seja, o útero poderia ser forçado parcialmente ou completamente de dentro para fora (eversão) e cair ou ser forçado a sair pela abertura vaginal (prolapso).
  2. A etiologia é um estudo dos processos e condições específicos que resultam em uma condição médica particular.
  3. Tafonomia forense é o estudo dos processos de decomposição.
  4. As exoenzimas são enzimas que funcionam fora das membranas celulares das bactérias.
  5. Mulheres que sofreram parto vaginal duas ou mais vezes.
  6. Veja o site Documenting Reality: Posttrume Fetal Extrusion para fotos deste caso do artigo de Lasso et al. 2009

Referências

  1. a b c d Lasso et al. 2009.
  2. a b c d Schulz 2005.
  3. Greene 2003.
  4. a b Ubelaker 1997: 80.
  5. Carter et al. 2007.
  6. a b Gill-King and Haglund 1997: 93–108.
  7. Galloway 1997.
  8. Carter and Tibbett 2008.
  9. a b Saukko and Knight 2004: 65.
  10. a b Williams 1904:755–756.
  11. a b Gould and Pyle 1997.
  12. Dinn 1999: 15-17.
  13. Eastman and Hellman 1966.
  14. Cunningham et al. 2009.
  15. Jungmichel and Musick 1941.
  16. Panning 1941.
  17. Prokop and Göhler 1976: 118.
  18. Strauch 1921.
  19. a b c Lewis 2007: 34–37, 91.
  20. a b c Wells 1975: 1237.
  21. a b O’Donovan et al. 2009: 70–71.
  22. a b Hawkes and Wells 1975.
  23. a b c Møller-Christensen 1982.
  24. Kaiser 1978.
  25. "The Woman and Three Babies".
  26. Larsen 1999: 126, 127, 131.
  27. Bell 1992.
  28. Solecki 1975.
  29. Robb et al. 1992.
  30. Lewis 2007: 37.
  31. Ortner 2003: 176.
  32. USA Today 15 de abril de 2003.
  33. Fleeman 2003: 141, 142.
  34. a b Behera et al. 2007.
  35. Lopez-Zeno et al. 1990.
  36. a b c Vennemann et al. 2008.

Bibliografia

  • Behera C; Rantji R; Dogra TD (2007). «Full term normal delivery following suicidal hanging». Forensic Science International. 169 (1): e1–e2. PMID 17324544. doi:10.1016/j.forsciint.2007.01.018 
  • Bell, Edward (1992). «The Historical Archeology of Mortuary Behavior: Coffin Hardware from Uxbridge, Massachusetts» (PDF). University of Florida. Consultado em 17 de abril de 2011. Arquivado do original (PDF) em 12 de março de 2012 
  • Carter, DO; Tibbett, M. (2008). «Cadaver Decomposition and Soil: Processes». In: Tibbett, M.; Carter, D.O. Soil Analysis in Forensic Taphonomy. New York: CRC Press. pp. 29–51. ISBN 9781420069914 
  • Carter, DO; Yellowlees, D; Tibbett, M (2007). «Cadaver decomposition in terrestrial ecosystems». Naturwissenschaften. 94 (1): 12–24. Bibcode:2007NW.....94...12C. PMID 17091303. doi:10.1007/s00114-006-0159-1 
  • Cesana, D.; Benedictow, O.J.; Bianucci, R. (2017). «The origin and early spread of the Black Death in Italy: first evidence of plague victims from 14th-century Liguria (northern Italy)». Anthropological Science. 125: 15–24. doi:10.1537/ase.161011Acessível livremente 
  • Cunningham F; Leveno K; Bloom S; Hauth J; Rouse D; Spong C. (2009). Williams Obstetrics 23 ed. New York: McGraw-Hill Medical 
  • Dinn, Peter (1999). Embalming. Weston, Australia: Toscan Dinn Funerals 
  • Eastman, Nicholson J.; Hellman, Louis M. Eastman (1966). Williams ObstetricsRegisto grátis requerido 13 ed. New York: Appleton-Century-Crofts, Inc 
  • Fleeman, M. (2003). Laci: Inside the Laci Peterson MurderRegisto grátis requerido. New York: St. Martin's Press. ISBN 0-312-99585-7 
  • Galloway, A. (1997). «The Process of Decomposition: A Model from the Arizona-Sonoran Desert». In: Haglund, WD; Sorg, MH. Forensic Taphonomy: The Postmortem Fate of Human Remains. New York: CRC Press. pp. 139–150 
  • Gill-King, H (1997). «Chemical and Ultrastructural Aspects of Decomposition». In: Haglund, WD; Sorg, MH. Forensic Taphonomy: The Postmortem Fate of Human Remains. New York: CRC Press. pp. 93–108 
  • Gould, George M.; Pyle, Walter L. (1997). «Obstetric Anomalies». Anomalies and Curiosities of Medicine. Seattle: The World Wide School. ISBN 0-585-00884-1. Consultado em 17 de abril de 2011. Arquivado do original em 28 de fevereiro de 2008 
  • Hawkes S.; Wells C. (1975). «An Anglo-Saxon obstetric calamity from Kingsworthy, Hampshire». Medical and Biological Illustration. 25 (1): 47–51. PMID 1100936 
  • Jungmichel G.; Musick N. (1941). «Über Sarggeburt» [About Coffin Birth]. Deutsche Zeitschrift für die Gesamte Gerichtliche Medizin (em alemão). 34 (1–3): 236–56. doi:10.1007/bf01793810 
  • Kaiser, G. (1978). «Prähistorischen sarggeburt» [A Prehistoric Coffin Birth]. Beiträge zur Gerichtlichen Medizin (em alemão). 36: 197–201. PMID 718611 
  • Larsen, Clark Spencer (1999). Bioarchaeology: Interpreting Behavior from the Human Skeleton. Cambridge, UK: Cambridge University Press. ISBN 0-521-65834-9 
  • Lasso E; Santos M; Rico A; Pachar JV; Lucena J (2009). «Expulsión Fetal Postmortem». Cuadernos de Medicina Forense (em espanhol). 15: 77–81 
  • Lewis, Mary E. (2007). The Bioarchaeology of Children: Perspectives from Biological and Forensic Anthropology. New York: Cambridge University Press. pp. 34–37, 91. ISBN 978-0-521-83602-9 
  • Lopez-Zeno JA; Carlo WA; O’Grady JP; Fanaroff AA (1990). «Infant Survival Following Delayed Postmortem Cesarean Delivery». Obstetrics and Gynecology. 76 (5 Pt 2): 991–992. PMID 2216275. doi:10.1097/00006250-199011001-00038 
  • Møller-Christensen, V. (1982), Aebelholt Kloster [Aebelholt Monastery] (em dinamarquês), Copenhagen: Nationalmuseet 
  • O’Donovan, Edmond; Geber, Jonny; Baker, Christine (ed.) (2009). «Archaeological excavations on Mount Gamble Hill: stories from the first Christians in Swords». Axes, Warriors and Windmills: Recent archaeological discoveries in North Fingal. [S.l.]: Fingal County Council. ISBN 978-0-9549103-9-6 
  • Ortner, DJ (2003). Identification of Pathological Conditions in Human Skeletal Remains 2 ed. San Diego: Academic Press 
  • Panning G. (1941). «Sarggeburt» [Coffin Birth]. Deutsche Zeitschrift für die Gesamte Gerichtliche Medizin (em alemão). 34 (1–3): 257–64. doi:10.1007/bf01793811 
  • Prokop O.; Göhler W. (1976). Forensische Medizin [Forensic Medicine] (em alemão) 3 ed. Stuttgart, Germany: Gustav Fischer 
  • Robb, John; Bigazzi, Renzo; Lazzarini, Luca; Scarsini, Caterina; Sonego, Fiorenza (2001). «Social status and biological status: A comparison of grave goods and skeletal indicators from Pontecagnano». American Journal of Physical Anthropology. 115 (3): 213–222. PMID 11424073. doi:10.1002/ajpa.1076 
  • Saukko, PJ; Knight, B. (2004). Knight's Forensic Pathology 3 ed. London: Hodder Arnold. ISBN 0-340-76044-3 
  • Schulz, F; Püschel, K; Tsokos, M. (2005). «Postmortem fetal extrusion in a case of maternal heroin intoxication». Forensic Science, Medicine, and Pathology. 1 (4): 273–6. PMID 25868446. doi:10.1385/FSMP:1:4:273 
  • Solecki, Ralph S. (novembro de 1975). «Shanidar IV, a Neanderthal Flower Burial in Northern Iraq». Science. 190 (4217): 880–881. Bibcode:1975Sci...190..880S. doi:10.1126/science.190.4217.880 
  • Strauch (1921). «Über Sarggeburt» [About Coffin Birth]. Zentralbl Gynäkol (em alemão). 23: 828–829 
  • Ubelaker, Douglas H. (1997). «Taphonomic Applications in Forensic Anthropology». In: William D. Haglund; Marcella H. Sorg. Forensic Taphonomy: The Postmortem Fate of Human Remains. Boca Raton, FL: CRC Press. pp. 77–90. ISBN 0-8493-9434-1 
  • USA Today (15 de abril de 2003). «Theories on How Dead Woman Could Deliver Baby». USA Today. p. A-4 
  • Vennemann B; Bohnert M; Pollak S; Perdekamp MG (2008). «Postmortem "delivery" in a pregnant fire victim». International Journal of Legal Medicine. 122 (4): 327–331. PMID 18504598. doi:10.1007/s00414-008-0234-6 
  • Wells, C. (1975). «Ancient Obstetric Hazards and Female Mortality». Bulletin of the New York Academy of Medicine. 51 (11): 1235–1249. PMC 1749741Acessível livremente. PMID 1101997 
  • Williams, John Whitridge (1904). Obstetrics: A Text-book for the Use of Students and Practitioners. New York: D. Appleton and Company. ISBN 0-8385-7199-9