Museu Antoniano (Aljezur)

 Nota: Este artigo é sobre o museu em Aljezur. Para o museu com o mesmo nome em Lisboa, veja Museu Antoniano.
Museu Antoniano
Museu Antoniano (Aljezur)
Informações gerais
Tipo Museu religioso
Inauguração 1998
Website Câmara Municipal de Aljezur
Geografia
País Portugal
Localidade Aljezur
Coordenadas 37° 19′ 05,03″ N, 8° 48′ 14,59″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Museu Antoniano é um museu religioso na vila de Aljezur, na região do Algarve, em Portugal. Está instalado numa antiga capela seiscentista, a Capela de Santo António, dedicada ao santo franciscano de origem lisboeta.[1]

Descrição

O museu situa-se na Rua de Santo António, no centro histórico de Aljezur,[1] estando instalado na antiga Capela de Santo António.

É dedicado principalmente à preservação de património religioso ligado a Santo António, sendo principalmente composto por peças dos séculos XIX e XX, possuindo igualmente um importante espólio dos séculos XVII e XVIII.[1] A exposição inclui imagens, quadros, gravuras, livros e moedas antigas, entre outras peças.[2]

O museu foi inaugurado em 1998.[3]

Em Abril de 2017, o museu foi o palco da apresentação do filme «Cal - Da tradição guardo as brasas mas não as cinzas», de João Couto.[4]

Capela de Santo António

A antiga Capela de Santo António é um edifício de pequenas dimensões, de traça vernácula da região.[3] As fachadas são de pano único e caiadas em tons brancos, e o telhado é de duas águas, formando beirados salientes nas fachadas laterais.[3] A fachada principal está virada a Sul, tendo sido concebida de forma a adaptar-se ao desnível da rua, terminando numa empena e em cunhais de pedra rusticada.[3] No centro situa-se o pórtico, com uma moldura simples e de verga recta, pintada em tons amarelos.[3]

História da Capela

A Capela de Santo António foi construída durante a primeira metade do século XVII,[3] após o rei Filipe II ter autorizado a «Confraria do Bem Aventurado Santo António, da Vila de Aljezur», em 1628.[1] O templo foi quase totalmente destruído pelo Sismo de 1755.[1] Ainda assim, na sua obra Ad perpetuam rei memoriam, de 13 de Abril de 1796, o prior Bernardo Joaquim de Faria referiu que teria sido utilizado como matriz de Aljezur após o terramoto.[1] Durante a sua segunda visitação a Aljezur, em 1792, o bispo anunciou a sua intenção de reconstruir a capela.[1]

Em 7 de Setembro de 1809, o bispo D. Francisco Gomes do Avelar fez a profanação do templo, como ficou referido no Termo de Profanação, inventariado no Cartório Paroquial de Aljezur, passando então a ser utilizado com fins residenciais, embora não tenha sido profundamente alterado.[1] Em 1995 foi adquirido pela Câmara Municipal, que iniciou ainda nesse ano obras de recuperação e adaptação a um espaço museológico.[3]

Ver também

Bibliografia

  • Vilas e Aldeias do Algarve Rural 2ª ed. Faro: Globalgarve/Alcance/In Loco/Vicentina. 2003. 171 páginas. ISBN 972-8152-27-2 

Referências

  1. a b c d e f g h «Museu Antoniano». Câmara Municipal de Aljezur. Consultado em 27 de Agosto de 2021 
  2. Vilas e Aldeias do Algarve Rural, 2003:16
  3. a b c d e f g GORDALINA, Rosário (2013). «Capela de Santo António de Aljezur / Museu Antoniano». Sistema de Informação para o Património Cultural. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 27 de Agosto de 2021 
  4. «Artistas vão dar vida ao Centro Histórico de Aljezur com "Cal Viva"». Sul Informação. 4 de Abril de 2017. Consultado em 27 de Agosto de 2021 

Ligações externas