Molibdato de amônio, também chamado mais apropriadamente de heptamolibdato de amônio e também paramolibdato de amônio é um sal inorgânico de fórmula química (NH4)6Mo7O24 · 4 H2O.
Características
É um composto sólido, inodoro, de coloração transparente amarelada. Não é inflamável, mas, se exposto ao fogo pode formar vapores de amônia e óxidos de nitrogênio que são tóxicos para o ser humano.
Síntese
O heptamolibdato de amônio é facilmente preparado dissolvendo-se o trióxido de molibdênio em um excesso de amônia aquosa e evaporando-se a solução à temperatura ambiente. Enquanto a solução evapora, o excesso de amônia escapa. Este método resulta na formação de prismas transparentes de seis lados do tetra-hidrato de heptamolibdato de amônio.[1]
Soluções de paramolibdato de amônio reagem com ácidos para formar ácido molíbdico e um sal de amônio. O valor de pH de uma solução concentrada ficará entre 5 e 6.
Estrutura
O composto foi primeiramente analisado cristalograficamente por Lindqvist, mas foi reanalisado.[2] Todos os centros de Mo são octaédricos. Alguns ligantes de óxido são terminais, alguns são átomos em ponte entre dois centros de Mo e alguns são pontes entre três centros de Mo.
Reações
Ao ser aquecido acima de 90°C, o sal tetrahidratado perde água, fundindo-se em sua água de hidratação. Acima de 190°C, o Heptamolibdato de amônio começa a sofrer decomposição térmica com liberação de MoO 3
, água e amônia gasosa:
Na presença de agentes redutores como Sn2+ ou alguns compostos orgânicos, o Heptamolibdato é reduzido e um produto com uma cor azul intensa (azul de molibdênio) é formado. Uma reação idealizada é:
Na presença de íons fosfato em meio fortemente ácido (especialmente na presença de ácido nítrico), o Heptamolibdato de amônio reage com a formação de um precipitado amarelo vivo do sal fosfomolibdato de amônio. Esta reação é muito sensível e é bastante empregada em testes analíticos para a detecção de fosfato.
Empregado em tecidos como agente retardante de fogo;
Matéria-prima para a preparação de outros compostos à base de molibdênio;
Fertilizante agrícola;
Para metalurgia do pó, o trióxido de molibdênio de alta pureza e outros produtos químicos de matérias-primas;
Usado como catalisador para a indústria petroquímica, metalurgia, para o pó de molibdênio sistema, molibdênio, fio do molibdênio, boleto de molibdênio, o filme de molibdênio;
como reagente analítico para medir a quantidade de fosfato, silicato, arseniato e chumbo em solução aquosa (por exemplo, pigmentos, água do rio, água do mar, etc.)[3]
na produção de metal e cerâmica de molibdênio, bem como preparação de catalisadores de desidrogenação e dessulfurização;
na fixação de metais em galvanoplastia;
como uma coloração negativa na microscopia eletrônica biológica, tipicamente na faixa de concentração de 3–5% (vol/vol) e na presença de trealose;[4] ou em concentração saturada para realizar coloração crionegativa;[5] or at saturated concentration to perform cryo-negative staining.[6][7]
Para a detecção de drogas recreativas como um componente do reagente de Froehde
Notas e referências
↑L. Svanberg & H. Struve, J. pr. Ch.44 [1848], p. 282; cited in Gmelin's Handbuch für Anorganische Chemie, 53, p. 255.
↑Evans, H.T., Jr.; Gatehouse, B. M.; Leverett, P. "Crystal Structure of the Heptamolybdate(VI) (paramolybdate) ion, (Mo7O24)6−, in the ammonium and potassium tetrahydrate salts" Journal of the Chemical Society. Dalton Transactions, Inorganic Chemistry1975, p.505-p514.
↑Parsons, T.; Maita, V. & Lalli, C. (1984). A manual of chemical and biological methods for seawater analysis. Oxford: Pergamon.
↑Harris, J. R. and Horne, R. W. 1991. "Negative staining", in Harris J. R. (Ed.), Electron Microscopy in Biology, Oxford University Press, Oxford.
↑Harris, J. R. and Horne, R. W. 1991. "Negative staining", in Harris J. R. (Ed.), Electron Microscopy in Biology, Oxford University Press, Oxford.
↑Adrian, Marc; Dubochet, Jacques; Fuller, Stephen D.; Harris, J. Robin (1998). «Cryo-negative staining». Micron. 29 (2–3): 145–160. PMID9684350. doi:10.1016/S0968-4328(97)00068-1
↑De Carlo, S.; El-Bez, C.; Alvarez-Rúa, C.; Borge, J.; Dubochet, J. (2002). «Cryo-negative staining reduces electron-beam sensitivity of vitrified biological particles». Journal of Structural Biology. 138 (3): 216–226. PMID12217660. doi:10.1016/S1047-8477(02)00035-7