Michel Laurence
Michel Edouard Marius Laurence[1] (Marselha, 5 de setembro de 1938[2][3] — São Paulo, 25 de outubro de 2014) foi um jornalista franco-brasileiro. Foi um dos fundadores da revista Placar e criador, ao lado do fotógrafo Manoel Motta,[4] do troféu Bola de Prata.[5][6] Participou da cobertura de oito Copas do Mundo.[3] CarreiraComeçou a carreira no jornal Última Hora, seguindo depois para o Jornal do Brasil.[3] Em 1969, trabalhando na Edição de Esportes, suplemento semanal esportivo d'O Estado, conquistou um Prêmio Esso de jornalismo, concedido a ele e a José Maria de Aquino, com o artigo "O jogador é um escravo".[2][3][5][7] Em 1970, ajudou a fundar a revista Placar e criou o troféu Bola de Prata,[8] dado anualmente pela revista aos melhores jogadores do Campeonato Nacional desde 1970.[3][9] Ainda naquele ano, assinou, junto com Narciso James, uma série de reportagens chamada "A falência dos cartolas", em que eram propostas diversas mudanças no futebol brasileiro, inclusive a criação de um campeonato verdadeiramente nacional, o que ocorreria em 1971.[10] Deixou a revista após a Copa do Mundo de 1974, voltando ao jornal O Estado de S. Paulo, onde já tinha trabalhado antes de ir para a Editora Abril. Como repórter, fez a última entrevista de Pelé como jogador do Santos, no dia em que se despediu do clube paulista, em 2 de outubro de 1974.[3][11][7] Na televisão, teve passagens por Globo, Record, Bandeirantes, Manchete e Cultura. Nesta última, foi um dos idealizadores dos programas Cartão Verde e Grandes Momentos do Esporte.[2][8][6] Na TV Globo, participou do nascimento do Globo Esporte e da transformação do Esporte Espetacular (que era composto por vídeos norte-americanos) em um programa feito no Brasil. Teve textos publicados em 2010 em dois livros, Pelé 70[12] e 11 Gols de Placa[13], este último com a reprodução de "O jogador é um escravo".[14] HomenagensRecebeu homenagem (in memorian) em 1 de dezembro de 2014, com o Troféu Ford ACEESP/Ely Coimbra, recebido por seu amigo José Maria de Aquino, em cerimônia realizada no Esporte Clube Sírio, zona sul da capital paulista.[2] Em 2015, foi homenageado com um livro de "causos" sobre futebol e jornalismo. Intitulado Michel Laurence — Causos da Bola, o livro, que tem prefácio dos narradores Galvão Bueno e Cléber Machado, reúne histórias narradas pelo próprio Laurence,[14] muitas delas contados no blog Jogo Mais que Perfeito, mantido por Michel. Vida pessoalEra filho de Albert Laurence, ex-editor de esportes do jornal Última Hora.[5][6] Era irmão da atriz Jacqueline Laurence e pai de seis filhos, sendo cinco deles também jornalistas, dentre eles Bruno Laurence e Gerard Laurence, com passagens pelo Grupo Globo.[3][5] Era torcedor do Santos.[2] MorteFaleceu no Hospital São Camilo, em São Paulo, devido a uma septicemia — infecção generalizada —, após passar por uma cirurgia no braço.[5][8][6][7] Referências
|