Michael Gary Scott é um personagem fictício da série estadunidense The Office exibida pela NBC, retratado por Steve Carell. Ele é o gerente regional da filial da Dunder Mifflin em Scranton, uma empresa de papel. Como seu homólogo na versão original britânica, David Brent, ele é caracterizado como um chefe pouco profissional, embora seja descrito como gentil e divertido.
Perto do final da sétima temporada, ele se casa com a representante dos recursos humanos Holly Flax e se muda para o Colorado com ela em "Goodbye, Michael", um episódio estendido. Ele então está ausente até o final. Carell recebeu elogios significativos por sua atuação, sendo indicado seis vezes consecutivas para o Primetime Emmy Award de Melhor Ator Principal em Série de Comédia e ganhando o Globo de Ouro de melhor ator em comédia ou musical em 2006.[1]
Interpretação
Todos os personagens originais da série foram adaptados para a versão estadunidense. A programadora da NBC, Tracy McLaughlin, sugeriu Paul Giamatti ao produtor Ben Silverman para o papel, mas o ator recusou. Martin Short, Hank Azaria e Bob Odenkirk também estavam interessados, com Odenkirk fazendo um teste.[2] Em janeiro de 2004, Variety relatou que Steve Carell do programa The Daily Show with Jon Stewart do Comedy Central estava em negociações com a emissora. Na época, ele já estava comprometido com outra comédia do canal, Come to Papa.[3]
Com Carell indisponível, Odenkirk foi escolhido como Michael Scott e fez parte do elenco apresentado aos executivos da NBC.[4]Paul Rudd aconselhou Carell que o novo programa nunca seria tão bom quanto o original da BBC.[5] No entanto, Come to Papa foi cancelada, permitindo que Carell se comprometesse com The Office. Ele disse mais tarde que assistiu apenas metade do piloto britânico antes de fazer o teste e que não continuou com medo de começar a copiar as características de Ricky Gervais. Na faixa de comentários do piloto, o diretor Ken Kwapis diz que a falta de familiaridade de Carell com a versão britânica e sua experiência trabalhando juntos em Watching Ellie influenciaram na sua escolha.[6]
Dois dos papéis coadjuvantes de Carell no cinema ajudaram a chamar a atenção do público, em Bruce Almighty, onde interpreta Evan Baxter, e em Anchorman: The Legend of Ron Burgundy, onde interpretou o meteorologista estúpido Brick Tamland. Embora The Office tenha estreado com avaliações ruins, foi renovada por mais uma temporada em decorrência do sucesso esperado do filme de Carell, The 40-Year-Old Virgin.[11] Embora tenha obtido êxito, Carell disse em uma entrevista ao Entertainment Weekly que não tinha planos de deixar The Office. No entanto, no programa BBC Radio 5 Live, ele revelou que sua participação provavelmente terminaria quando seu contrato encerrasse na 7ª temporada.[12] Isto foi confirmado posteriormente em 28 de junho de 2010.[13]
Comportamento
O criador da série Greg Daniels imaginou Michael Scott se comportando como se "esperava que o documentário um dia fosse visto por Jennifer Aniston, e eu estava apenas tentando impressioná-la de qualquer maneira que pudesse."[14] Na faixa de comentários de "Valentine's Day", Daniels observa que incluiu uma reunião entre Michael e dois outros gerentes de filiais para comparar o nível de competência de Michael. Embora Michael não seja tão dinâmico quanto Josh Porter, suas habilidades de gerenciamento são superiores. Daniels comenta que, apesar de suas travessuras, Scott é competente o suficiente para evitar ser demitido.[15] O escritor B. J. Novak explica que Scott dirige um Chrysler Sebring porque é o carro mais ostentoso que ele pode pagar, optando por um conversível apesar do clima em Scranton ser fresco mesmo no verão.[16]
Relacionamentos
Michael é criticado em diversos momentos por suas piadas inapropriadas. Apesar de gostar da maioria da equipe, ele odeia ferozmente o gerente de recursos humanos Toby Flenderson. As origens do ódio permanecem em grande parte inexplicáveis, mas Toby muitas vezes tem que repreender Michael por violar as políticas da empresa, o que é uma fonte de atrito consistente entre os dois.[17][18]
Pouco depois da dissolução de seu relacionamento conturbado com Jan, Michael se apaixou por Holly Flax (Amy Ryan), a substituição de Toby como representante de RH. Os dois compartilham o mesmo senso de humor. No entanto, depois que David Wallace os testemunhou se beijando, Holly é transferida para a filial de Nashua. Na 7ª temporada, Toby é forçado a deixar o escritório para fazer parte de um júri, resultando no retorno de Holly. No Dia dos Namorados decidem morar juntos e, quando Michael deixa a Dunder Mifflin, eles finalmente ficam noivos. Ambos deixam Scranton para morar no Colorado. No final é revelado que eles têm filhos juntos. Foi revelado em um álbum de fotos da NBC que possuem três filhos e estão esperando o quarto filho.[19]
Impacto cultural
O programa costuma usar a piada "foi o que ela disse", originalmente popularizada pelo quadro Wayne's World no Saturday Night Live.[20] Na versão original de The Office, o personagem de Ricky Gervais, David Brent, frequentemente usa a frase semelhante "como a atriz disse ao bispo" como uma piada inadequada. Michael insere compulsivamente a frase como um duplo sentido sexualmente sugestivo, achando-a divertida mesmo nas circunstâncias mais inadequadas.[21][22]
Após a exibição de "Garage Sale", o governador do Colorado, John Hickenlooper, emitiu com humor um comunicado à imprensa nomeando Scott como Diretor de Distribuição de Papel em seu Departamento de Recursos Naturais.[23]
Referências
↑«Steve Carell». Television Academy (em inglês). Consultado em 26 de abril de 2022