Metalhead (Black Mirror)
"Metalhead" é o quinto episódio da quarta temporada da série de antologia Black Mirror. Foi escrito por Charlie Brooker e dirigido por David Slade. O episódio foi exibido pela primeira vez pela Netflix, junto com o resto da quarta temporada em 29 de dezembro de 2017. Sendo totalmente filmado em preto e branco, "Metalhead" segue a jornada de Bella (Maxine Peake) tentando fugir de "cães" robóticos após um colapso inexplicável da sociedade humana. Os "cães" foram inspirados nos cães robóticos da Boston Dynamics como o BigDog. As gravações do episódio foram rodadas na Inglaterra, com o auxílio de tecnologia LIDAR empregadas nas cenas da perspectiva do cachorro. A duração de 41 minutos faz de "Metalhead" o episódio mais curto de Black Mirror. O episódio possui um enredo simples e foi recebido com críticas em sua maioria positivas. Ele foi comparado ao filme The Terminator, já que ambos os trabalhos apresentam máquinas perseguindo humanos. A mensagem do episódio foi amplamente debatida, com análises discutindo questões sobre inteligência artificial e a cena final apresentando uma caixa de ursinhos de pelúcia. Aspectos como o enredo e a duração curta do episódio receberam críticas mistas, enquanto a atuação de Peake e a direção de Slade foram elogiadas, juntamente com a cinematografia e o projeto dos cães. EnredoEm uma paisagem pós-apocalíptica, Bella (Maxine Peake), Anthony (Clint Dyer) e Clarke (Jake Davies) dirigem até um armazém para encontrar algo que ajude a aliviar a dor de Jack, que está morrendo. Enquanto Clarke rouba uma van, Bella e Anthony invadem o armazém. Eles encontram a caixa que procuram, mas atrás dela está um guarda robótico de quatro patas — um "cão". O cão pulveriza Bella e Anthony com estilhaços contendo rastreadores, então desce e atira em Anthony. Bella deixa a caixa para trás e foge até seu carro, com Clarke seguindo na van. O cão pula dentro da van, mata Clarke e persegue Bella. Quando ele finalmente entra em seu carro, ela joga o carro de um penhasco e escapa.[1] Bella usa um alicate para extrair o rastreador embutido em sua perna. Utilizando um walkie-talkie, ela pede a alguém para transmitir uma mensagem para seus entes queridos, caso ela seja morta. Bella é perseguida pelo cão em uma floresta, escalando uma árvore próxima. O braço do cão foi danificado quando ele escapou do acidente de carro, impossibilitando-o de subir na árvore. Em vez disso, ele desliga e espera. Bella resolve gastar sua energia repetidamente jogando doces nele, fazendo-o subir e descer. Quando o cão para de reagir, Bella desce. Ela chega até um complexo e o invade.[1] Bella encontra as chaves de um carro e pega uma espingarda de dois corpos apodrecendo no quarto. Quando o sol nasce, o cão recarrega sua bateria e entra no complexo. Conforme o cão se aproxima, Bella salta e joga tinta em seu sensor visual e, em seguida, joga a lata de tinta no canto da sala para distraí-lo e corre para o carro. No entanto, o carro não pega ignição, então ela liga o rádio e se esconde. Enquanto o cão investiga o barulho, Bella atira nele. O cão a apunhala na perna; ela atira novamente e ele cai no chão. Momentos antes de quebrar, o cão aciona seu último sistema de defesa e lança estilhaços em Bella, todos com rastreadores embutidos.[1] No espelho do banheiro, Bella vê muitos rastreadores em seu rosto. Ela levanta uma faca, mas percebe que tem um rastreador na sua veia jugular. Bella fala em seu walkie-talkie, sem saber se está sendo ouvida, e diz adeus a seus entes queridos. Quando ela coloca a faca em sua garganta, a câmera avança sobre a paisagem, mostrando cães se aproximando e investigando. No armazém, é mostrado o conteúdo da caixa — dezenas de ursinhos de pelúcia — caído no chão.[1] ProduçãoEnquanto a primeira e a segunda temporada de Black Mirror foram exibidas pelo Channel 4 no Reino Unido, em setembro de 2015, a Netflix encomendou a série para 12 episódios e,[2] em março de 2016, cobriu a oferta do Channel 4 pelos direitos de distribuição da série no Reino Unido por US$ 40 milhões.[3] A encomenda dos 12 episódios foi dividida em duas temporadas de seis episódios cada. Os seis episódios da quarta temporada foram lançados na Netflix simultaneamente em 29 de dezembro de 2017.[4] "Metalhead" foi listado como o quinto episódio ainda que, vide a independência de cada episódio, ele pode ser visto em qualquer ordem.[5] "Metalhead" é o episódio mais curto de Black Mirror com duração total de 41 minutos.[6] Ele foi escrito pelo criador da série, Charlie Brooker, e dirigido por David Slade. Maxine Peake estrela o episódio como Bella. Joel Collins trabalhou como designer de produção.[7] A edição da música foi feita por Al Green, com a trilha sonora apresentando composições de Krzysztof Penderecki e incluindo algumas trilhas previamente utilizadas no filme de terror The Shining, de 1980.[8][9] DesenvolvimentoFilmado em preto e branco, o episódio apresenta uma estética nunca antes empregada em Black Mirror.[6] Foi uma ideia sugerida pelo diretor David Slade para remeter aos antigos filmes de terror e combiná-los à "natureza opressora" do episódio.[9][10] No conceito original, Brooker queria que o episódio fosse totalmente isento de diálogos,[11] semelhante ao filme All Is Lost.[9] Brooker sugeriu usar os filmes Duel e Tubarão, ambos de Steven Spielberg, como inspiração enquanto The Texas Chain Saw Massacre serviu de influência para Slade.[12][13] A produtora executiva Annabel Jones sentiu que a história apresentava um mundo sem esperanças, e filmar "um mundo sem cor parecia o correto".[6] Slade relatou que embora ideias de eventos biológicos ou apocalipses tenham sido consideradas, o episódio não sugere uma história de fundo para o mundo do episódio no intuito de dar ênfase ao conflito entre Bella e o cão.[13] Brooker teve a ideia central do episódio enquanto assistia a vídeos dos produtos robóticos da Boston Dynamics, como o BigDog. Ele descobriu que havia algo "assustador" em como os produtos, se derrubados, pareceriam impotentes enquanto trabalhavam para retomar sua posição. Brooker capturou essa ideia na cena em que o cão quebra a janela traseira da van mas acaba saindo de suas pernas.[14] De acordo com Slade os cães possuem "inteligência artificial suficiente para resolver problemas", e não têm sentimentos ao contrário de muitos robôs na ficção.[12][14] O seu projeto do cão passou por muitas iterações, com o objetivo de que parecesse algo assustador, fosse projetado com bastante funcionalidade e matasse de forma brutal.[14] No roteiro original de Brooker era mostrado um humano operando o cão de sua casa, incluindo uma cena em que o operador deixava a "unidade de controle" para dar banho em seus filhos. No entanto, isso parecia "supérfluo", então a intenção tornou-se que o episódio contasse "uma história muito simples" e, portanto, Brooker reduziu a trama.[9] Embora os telespectadores possam presumir que os cães são a segurança do armazém, sendo este o local onde são vistos pela primeira vez, a intenção era que os cães tivessem surgido durante uma guerra.[12][14] A camuflagem dos cães chegou a ser projetada mas foi descartada.[12] Um modelo físico de um cão foi criado para o episódio para fornecer aos atores e à produção um conceito de seu tamanho e forma, mas, por outro lado, todos os cães foram adicionados digitalmente na pós-produção. A empresa de efeitos visuais DNEG foi contratada para trabalhar nos modelos dos robôs.[14] FilmagensSlade recebeu o roteiro inicialmente em junho de 2016, enquanto terminava o trabalho na primeira temporada de American Gods. Slade esteve envolvido na escolha de Peake para integrar o elenco do episódio e teve grande autonomia durante as filmagens. Uma grande quantidade de reconhecimento de locais foi realizada, com Slade procurando por iluminação "incrivelmente suave e nublada" e "desolação". As filmagens duraram 12 dias e foram rodadas na Inglaterra, principalmente em Devon e nas redondezas de Londres.[10][12] Usando o mínimo de diálogo possível no episódio, Slade notou que as cenas foram divididas em vários planos breves, já que as cenas que utilizavam telas verdes seriam difíceis para Peake.[10] As filmagens aconteceram com duas câmeras monocromáticas, muitas das quais não existiam na época. Nas cenas com Bella em um carro, um motorista remoto controlava a direção de um pod em cima do carro. Isso permitiu que Peake agisse com medo e mais realismo. Em determinado momento na mesma cena, um cão pula pela janela de um carro e atira no motorista. Essa sequência foi feita filmando o vidro sendo quebrado de verdade e, em seguida, adicionando o cão e o vidro quebrado adicional na fase de pós-produção.[14] Para fazer as cenas mostradas na perspectiva do cão foram utilizados scans com tecnologia LIDAR.[10] Collins teve a ideia de que, na cena em que o cão escapa dos destroços do carro, a liberação de seu membro seria semelhante à ação de um mandril de perfuração. Collins notou que o cão é "quase humanizado" por seu movimento e braço danificado e comparou os membros multifacetados do cão com Pin Art.[7] A cena final mostra uma caixa cheia de ursos de pelúcia, que eram amarelos na vida real, mas aparecem brancos no episódio.[9] Brooker originalmente considerou um aparelho como um Game Boy em vez de um ursinho de pelúcia, mas Slade insistiu em "algo que você pudesse tocar, que você pudesse segurar e que lhe daria conforto".[13] Os ursinhos de pelúcia foram concebidos por Slade para serem o único elemento "macio e reconfortante" da história.[9] DivulgaçãoEm maio de 2017, uma publicação no Reddit anunciou de forma não oficial os nomes e diretores dos seis episódios da quarta temporada de Black Mirror.[15] O primeiro trailer da série foi lançado pela Netflix em 25 de agosto de 2017 contendo os seis títulos dos episódios.[16][17] Em outubro de 2017, Jones revelou que "Metalhead" foi totalmente filmado em preto e branco. [18] A partir de 24 de novembro de 2017, a Netflix publicou uma série de cartazes e trailers para a quarta temporada do programa, denominado "13 Days of Black Mirror".[19] O pôster promocional de "Metalhead" foi lançado em 2 de dezembro, e o trailer do episódio foi lançado em 3 de dezembro.[20][21] O trailer fez um comentarista especular que o episódio poderia ser o "episódio mais perturbador até agora",[20] com outro dizendo que o trailer era "enigmático".[21] Em 6 de dezembro, a Netflix publicou um trailer com uma amálgama de cenas da quarta temporada junto com o anúncio de lançamento em 29 de dezembro.[22] Análises"Metalhead" foi descrito como gênero de ficção[23][24] e de baixo conceito.[25] Seu tom é de desolação.[26] O episódio é "resumido e sem truques"[25] e tem "o enredo mais simples da série".[27] Alison Herman do The Ringer escreveu que é o único episódio que não pode ser interpretado como uma alegoria.[10] Jacob Stolworthy do The Independent sugeriu que é o episódio mais assustador de Black Mirror,[28] enquanto Bryan Bishop do The Verge escreveu que ele e sua esposa estavam "literalmente se contorcendo" enquanto assistiam.[26] No entanto, David Sims, crítico da revista The Atlantic, comentou que ele tem pouco sangue quando comparado a outros trabalhos de ficção de sobrevivência protagonizados por uma pessoa apenas.[23] Comparação com outros trabalhosO episódio foi amplamente descrito como uma versão simplificada de The Terminator,[25][26][29] um filme de 1984 que — semelhante a "Metalhead" — é "sobre uma atrapalhada fuga humana da perseguição incessante de um androide".[30] Também foi comparado aos "altos da adrenalina" de Mad Max: Estrada da Fúria, um filme pós-apocalíptico de 2015 cujo diretor George Miller queria filmar em preto e branco.[29] As comparações também foram feitas com o álbum Hopelessness de 2016, que "efetivamente comunica os horrores frios da guerra de drones",[29] e o conto "Second Variety" escrito por Philip K. Dick.[30] Scott Huver, da Variety, observou que o episódio é um dos vários trabalhos monocromáticos produzidos na mesma época com outros incluindo a série de antologia Feud do FX e o "Gotta Light?" do revival de Twin Peaks em 2017.[31] Tim Surette, da revista TV Guide, comparou o terror do episódio aos episódios anteriores "Playtest" e "White Bear" de Black Mirror.[13] "Metalhead" contém vários easter eggs — pequenos detalhes que fazem referência a outros episódios de Black Mirror. Um cartão postal e as letras "TCKR" em um caminhão referem-se a "San Junipero", enquanto "Callister" aparece na tela do computador em alusão a "USS Callister".[32][33] Quando Clarke sequestra uma van no início do episódio, o texto na tela do carro se refere a episódios anteriores, além de conter a mensagem "POR QUE. você. se. incomodou. de. pausar. isto. sua. aberração".[34][35] Os ursinhos de pelúcia brancos no final do episódio foram entendidos como uma referência ao episódio "White Bear".[35] TemasO episódio pode ser entendido como uma discussão para explorar o problema de controle de inteligência artifical: Ed Cumming do The Telegraph questionou como alguém poderia "estabelecer limites na crueldade" de um cão de guarda robótico.[27] Enquanto assistia ao episódio, Nick Harley do Den of Geek questionou se os cães tinham autoconsciência.[36] Ryan Lambie, outro crítico do Den of Geek, acreditava que os cães não eram inteligência artificial, já que sua "falta de empatia ou nuance emocional" sugere "lógica fria e pré-programada".[37] Ryan Monty do Cultfix descreveu o episódio como uma "declaração urgente" sobre IA autônoma e ataques de drones.[38] Bishop comentou que "Metalhead" pode ter sido concebido com a Amazon em mente, particularmente pelo seu uso de drones no transporte de encomendas.[26] Antes de chegar à reviravolta final, Harley sugeriu que o episódio poderia ter sido sobre cuidados de saúde em um mundo onde a medicação é controlada pelo governo e protegida por IA.[36] Slade afirmou que se há um tema, é sobre "o quão é importante manter a nossa humanidade".[12] Comentando sobre os ursinhos de pelúcia, Emily VanDerWerff disse em publicação na Vox que a mensagem pode ser que os humanos são "implacáveis em alguns contextos e bastante estúpidos e suaves em outros".[24] Segundo Scott Beggs do Nerdist, o episódio implica que "brinquedos e arte são tão vitais para a sobrevivência quanto as outras coisas na base da hierarquia de Maslow".[39] Steve O'Brien, do Digital Spy, achava que a moral é que "ainda há espaço para um gesto de ternura" no mundo pós-apocalíptico.[25] Bishop acreditou que a história é sobre a "perda da inocência humana" como um sacrifício pelo progresso.[26] Monty opinou que o episódio é sobre o triunfo da "eficácia da máquina fria e calculista" sobre a natureza humana.[38] Algumas análises discorreram sobre o diálogo no carro no início do episódio quando Bella, Anthony e Clarke passam por alguns chiqueiros. Bishop acreditou que a cena trata-se uma metáfora para a desigualdade econômica.[26] VanDerWerff sugeriu que a cena evoca o princípio de predador e presa, comparando-a com o romance distópico Animal Farm de George Orwell.[24] RecepçãoO episódio recebeu críticas positivas em geral. No agregador de análises Rotten Tomatoes, o episódio detém uma pontuação de 69% com base em 26 avaliações, com uma classificação média de 6.90 de 10.[40] Uma análise do Cultfix deu ao episódio nota oito de dez.[38] No Den of Geek o episódio recebeu quatro de cinco estrelas[36] e três de cinco estrelas no The Telegraph.[27] Um crítico do The A.V. Club avaliou o episódio com nota B+.[30] Stolworthy acreditou que "Metalhead" está no "escalão superior" dos episódios de Black Mirror,[28] enquanto Adam Starkey do jornal Metro resumiu-o como "um experimento interessante e um limpador de palete bem-vindo", embora esteja longe de ser o melhor episódio.[41] Beggs descreveu o episódio como "bonito, mas incrivelmente maçante".[39] Os críticos comentaram amplamente sobre a duração de 41 minutos do episódio. Sims elogiou o enredo como "tenso", escrevendo que não "perdeu um momento".[23] Stolworthy opinou que o enredo "implacável" faz com que o episódio "pareça o mais longo" ao invés do menor episódio de Black Mirror,[28] e Monty acredita que sua duração o torna "um dos episódios mais eficazes e arrepiantes".[38] Bishop comentou que teria sido "insustentável" tornar o episódio mais longo[26] e Starkey chamou a duração do episódio de um "alívio" ao invés de um "prejuízo".[41] No entanto, Cumming acreditou que os temas do episódio não foram suficientes para sustentar seu tempo de duração.[27] O minimalismo do episódio foi elogiado por Zack Handlen do The A.V. Club tanto por suas "apostas claras e imediatas" quanto pela ameaça que mantém os espectadores interessados. No entanto, Handlen também afirmou que o episódio é limitado por sua simplicidade,[30] e VanDerWerff o criticou como "o exato equilíbrio errado entre muita e pouca informação".[24] Jacob Oller da revista Paste disse que o episódio "enrola demais" e criticou os elementos narrativos por falta de originalidade.[42] Stolworthy elogiou a atuação de Peake, dizendo que "eleva" o episódio e aumenta o medo do espectador pelo cão robótico.[28] Harley elogiou seu desempenho por permitir que o público tivesse empatia imediata com sua personagem. Harley também elogiou a pungência da cena final de Bella.[36] Monty opinou que "Peake mostra o melhor absoluto de suas habilidades", interpretando uma personagem que é "apropriadamente humana e enfática em sua vontade de sobreviver".[38] Handlen elogiou-a como "fácil de torcer", dizendo que Peake "faz um bom trabalho em encontrar novas maneiras de ficar apavorado, com raiva, triunfante e deprimido".[30] Cumming escreveu que o ator "nunca é difícil de assistir", mas tem apenas chance de expressar graus de terror.[27] Bishop comentou sobre o ritmo acelerado do episódio e escreveu que o cão parece ser "totalmente baseado na realidade".[26] Sims elogiou que "cada vislumbre dos pântanos vazios na fotografia em preto e branco de alto contraste pula no telespectador",[23] enquanto Lambie fez um comentário positivo sobre as fotografias finais do cenário.[37] Harley notou o uso esparso de música para criar uma sensação de pavor.[36] Monty elogiou a falta de exposição no episódio, acreditando ser o "aspecto mais forte", pois o público pode fazer inferências individuais sobre a história de fundo.[38] Por outro lado, Beggs criticou que a falta de exposição dificultou ter empatia por Bella.[39] O final de "Metalhead" revela que a caixa do armazém continha ursinhos de pelúcia. Lambie sugeriu que isto é o "humor sombrio" de Brooker, e outro exemplo de como o programa explora os piores resultados das novas tecnologias.[37] Beggs opinou que o final é um paradoxo "absurdamente barato" e "uma subversão notável e profundamente humana" dos filmes de apocalipse.[39] Harley criticou o final como risível e nada profundo.[36] Sims o criticou como "talvez um pouco fofo demais"[23] e VanDerWerff o chamou de "sem sentido", e complementou que ele "fica em algum lugar entre a exasperação afetuosa pelas fraquezas da humanidade e uma piada de mau gosto".[24] Starkey escreveu que o espectador fica no aguardo de uma revelação sobre o mundo ou o conflito que nunca acontece.[41] A aparência do cão foi amplamente elogiada: Cumming o chamou de "terrivelmente crível".[27] Lambie opinou que a primeira aparição do cão no armazém é uma "apresentação soberba" e elogiou as armas "rancorosas e imprevisíveis" usadas pelo cachorro.[37] Handlen ficou impressionado com a dramatização da equipe de efeitos especiais sobre "o que é essencialmente uma caixa com pernas", elogiando o design "assustadoramente real" do cão.[30] Em contrapartida, Oller descreveu a aparência e a animação do cão como simplistas, comentando que "não é a máquina assassina imponente e minimalista que precisava ser". Oller também achou que o visual monocromático do episódio deu ao cenário um "brilho especialmente irreal".[42] Rankings de episódios de Black Mirror"Metalhead" foi amplamente listado nos rankings de críticos dos 19 episódios de Black Mirror, do melhor ao pior:
A crítica Proma Khosla do Mashable classificou os episódios por tom, ao invés de qualidade, e concluiu que "Metalhead" é o 12º episódio mais pessimista da série.[52] Outros revisores classificaram "Metalhead" contra os outros cinco episódios da quarta temporada: Prêmios"Metalhead" ganhou um prêmio BAFTA e foi indicado para o Visual Effects Society Award:
Referências
Ligações externas
|