Marco Cornaro
Marco Cornaro (Veneza, cerca de 1482 – 24 de julho de 1524) foi um cardeal vêneto da Igreja Católica, que foi bispo de Pádua, patriarca latino de Constantinopla e Arcipreste da Basílica de São Pedro. BiografiaDe família patrícia veneziana, era irmão do cardeal Francesco Cornaro, sênior, tio dos cardeais Andrea Cornaro (1544), Luigi Cornaro (1551) e Federico Cornaro, sênior , O.S.Io.Hieros. (1585). Outros membros da família promovidos ao cardinalato foram Francesco Cornaro, iuniore (1596), Federico Cornaro, iuniore (1626), Giorgio Cornaro (1697) e Giovanni Cornaro (1778).[1] Foi criado cardeal pelo Papa Alexandre VI no consistório de 28 de setembro de 1500, sendo publicado em 2 de outubro de 1500 e recebeu o título de cardeal-diácono de Santa Maria no Pórtico de Otávia em 5 de outubro do mesmo ano.[1] Foi administrador apostólico da Diocese de Verona, a partir de 29 de novembro de 1503, onde fundou um seminário para 36 estudantes e ocupou o cargo até sua morte. Eleito bispo de Famagusta, Chipre, em 11 de dezembro de 1503, mas renunciou à sé em 1 de julho de 1504. Nomeado Patriarca Latino de Constantinopla em julho de 1506, renunciou à dignidade em 30 de outubro de 1507, mas foi nomeado novamente após 11 de junho de 1521, permanecendo até sua morte. Por causa da briga entre Veneza e o papa, não foi chamado ao consistório de 22 de março de 1509. Acompanhou o Papa Júlio II, em 2 de janeiro de 1511, até as muralhas de Mirandola, que foi sitiada e capitulou em 20 de janeiro. Nomeado legado da província do Patrimônio de São Pedro em 28 de janeiro de 1512, a legação foi renovada em 1513 e 1514. Ele reconciliou Veneza com o Papa Júlio II.[1] Optou pela diaconia de Santa Maria em Via Lata em 19 de março de 1513. Foi nomeado bispo de Pádua em 9 de março de 1517. Passou a ser o Arcipreste da Basílica de São Pedro em setembro de 1520 e em 20 de setembro deste mesmo ano, passa a ser o Cardeal-Protodiácono. Nesta condição, anunciou ao povo romano a eleição do novo Papa Adriano VI em 9 de janeiro de 1522 e o coroou na Basílica de São Pedro em 31 de janeiro de 1522 e coroou o novo Papa Clemente VII em 26 de novembro de 1523.[1] Tendo coroado dois papas, obteve o direito de optar pela primeira sé suburbicária que desocupasse. Após a sua eleição, o Papa Clemente VII deu-lhe de presente o palácio de San Marco. Em 9 de dezembro de 1523, foi nomeado um dos três cardeais encarregados de investigar sobre os luteranos. Optou pela ordem dos cardeais-presbíteros e pelo título de São Marcos, em 14 de dezembro de 1523.[1] Recebeu a ordenação presbiteral em 1 de abril de 1524, pelo Papa Clemente VII, na Camera Consistorialis. Optou pela ordem dos cardeais-bispos e pela sé suburbicária de Albano, em 20 de maio de 1524 e pela sé suburbicária de Palestrina, em 15 de junho do mesmo ano.[1] Morreu em 24 de julho de 1524, em Veneza. Foi enterrado na Basílica de São Jorge Maior, mas em 1570, juntamente com outros cardeais de sua família, foi transladado para o transepto esquerdo da capela de San Salvatore na Basílica de São Marcos.[1] Conclaves
ReferênciasLigações externas
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