Madalena Sibila da Saxónia (23 de dezembro de 1617 - 6 de janeiro de 1668) foi a princesa-eleita da Dinamarca entre 1634 e 1647 e duquesa de Saxe-Altemburgo como esposa de Frederico Guilherme II.
Família
Madalena Sibila era a oitava filha do segundo casamento do príncipe-eleitor João Jorge I da Saxónia com a duquesa Madalena Sibila da Prússia. Entre os seus irmãos estava a duquesa Sofia Leonor da Saxónia, esposa do conde Jorge II de Hesse-Darmstadt, o príncipe-eleitor João Jorge II da Saxónia e o duque Maurício de Saxe-Zeitz. Os seus avós paternos eram o príncipe-eleitor Cristiano I da Saxónia e a marquesa Sofia de Brandemburgo. Os seus avós maternos eram o duque Alberto Frederico da Prússia e a duquesa Maria Leonor de Cleves.[1]
Primeiro casamento
Em 1633, Madalena ficou noiva do príncipe Cristiano da Dinamarca, filho mais velho do rei Cristiano IV da Dinamarca. O casamento celebrou-se no dia 5 de Outubro de 1634 em Copenhaga com grandes festejos. A cerimónia ficou para a História da Dinamarca como "Det Store Bilager" (O Grande Casamento) e foi o símbolo da pompa e luxo da era barroca. Foi também durante as festividades de casamento que se realizou o primeiro espectáculo de ballet na Dinamarca.
O casal vivia no Castelo de Nykøbing em Falster. Madalena tinha uma vida discreta, fazendo donativos a igrejas e membros do clero, algo que lhe valeu muitos elogias. Também escreveu um livro de orações. O seu marido morreu durante uma viagem que ambos fizeram à Saxónia e acabaram por não ter filhos. No ano seguinte o seu cunhado Frederico tornou-se rei da Dinamarca.
Quando ficou viúva em 1647, Madalena recebeu o feudo de Lolland-Falster e a posição de representante da coroa no condado de Nykøbing assim como os condados de Falster e Ålholm, todos territórios que a princesa tinha pedido especificamente e foi para lá que se retirou nos anos que se seguiram.
Segundo casamento
Em 1651, Madalena ficou noiva do duque Frederico Guilherme II de Saxe-Altemburgo e os dois casaram-se a 11 de Outubro de 1652 em Dresden. No ano seguinte perdeu todas as terras e títulos na Dinamarca.
Teve três filhos com o seu segundo marido:
- Cristiano de Saxe-Altemburgo (27 de Fevereiro de 1654 – 5 de Junho de 1663), morreu aos nove anos de idade.
- Joana Madalena de Saxe-Altemburgo (14 de Janeiro de 1656 – 22 de Janeiro de 1686), casada com João Adolfo I, Duque de Saxe-Weissenfels; com descendência.
- Frederico Guilherme III, Duque de Saxe-Altemburgo (12 de Julho de 1657 – 14 de Abril de 1672), foi duque de Saxe-Altemburgo durante três anos, até morrer de varíola aos 14 anos de idade.
Com a sua morte a linha de Saxe-Altemburgo extinguiu-se e os territórios foram incorporados na linha de Saxe-Gota. O título de duque de Saxe-Altemburgo voltaria em 1826, aquando de outra divisão destes territórios.
Madalena voltou à Dinamarca em 1662 para o noivado da princesa Ana Sofia da Dinamarca com o príncipe-eleitor João Jorge III da Saxónia. Quando morreu, disseram que a duquesa tinha sido fervorosamente leal aos dinamarqueses até ao fim.
Genealogia
Referências
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Saxe-Weimar (1572-1809) | |
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Saxe-Coburgo-Eisenach (1591-1593) | |
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Saxe-Coburgo (1599–1687) | |
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Saxe-Eisenach (1598–1809)§ | |
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Saxe-Altemburgo (1618–1918) | |
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Saxe-Gota (1640–1675) | |
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Saxe-Gota-Altemburgo (1672–1822) | |
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Saxe-Marksuhl (1662–1671) | |
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Saxe-Jena (1672–1678) | |
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Saxe-Eisenberg (1677–1707) | |
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Saxe-Hildburghausen (1680–1818) | |
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Saxe-Römhild (1676–1710) | |
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Saxe-Saalfeld (1680–1699) | |
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Saxe-Meiningen (1675–1918) | |
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Saxe-Coburgo-Saalfeld (1745–1826) | |
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Saxe-Coburgo-Gota (1832–1918) | |
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Saxe-Weimar-Eisenach 1809–1815)* | |
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- § Weimar e Eisenach se unem no ano de 1809
- * elevação à grão-ducado em 1815
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