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Uma luta de galos, também designada galos de combate, rinha (do espanhol rioplatense "riña") ou briga de galos[1] são termos que designam, o combate entre galos, que é uma contravenção penal na maior parte dos países e que envolve em geral apostas. Por extensão o termo também é usado para designar o local onde estas brigas ocorrem, também denominados de renhideiro, rinhadeiro e rinhedeiro - bem como outros tipos de lutas entre animais, como entre cães (rinha de cães), canários e outros.[carece de fontes?]
Histórico
As lutas de galos foram um passa tempo na Civilização do Vale do Indo até o ano 2000 a.C.[2][3] O general gregoTemístocles, ao liderar o exército de Atenas contra os bárbaros, observou dois galos brigando, e utilizou os galos para exortar os atenienses: os galos, segundo Temístocles, não lutavam pelo seu país, pelos seus deuses, pelos monumentos dos ancestrais, por fama, liberdade ou filhos, eles lutavam apenas porque não queriam se render ao adversário. Após a vitória sobre os persas os atenienses legislaram que uma vez ao ano galos seriam levados ao Teatro para brigar.[4]
Durante muito tempo os Romanos desprezaram este "desvio de grego", mas acabaram adotando-o com tanto entusiasmo que o escritor Columela (século I) reclamou que seus conterrâneos gastavam todo o seu patrimônio em apostas do gênero.[carece de fontes?]
Antigamente as rinhas de galos eram amplamente praticadas no Brasil, e foram proibidas em 1934 no governo de Getúlio Vargas.[6] Em 1941 passaram a ser consideradas contravenção penal.[7]
Em 1961, durante o governo de Jânio Quadros, as brigas de galos de forma geral foram proibidas através do Decreto nº 50.620/1961.[8]
Terminologia
Batida - luta de treinamento, em que se aprecia a capacidade de cada ave.
Batoque - a espora do galo, quando ainda não desenvolvida - designa também um aparelho que se usa para proteger os galos durante as lutas.[9]
Bode- termo usado para galo que possui crista de serra como os galos de terreiro, em geral galos de origem bankivoides.
Botoqueira- buchas que vão na espora dos galos nos treinos.
Botada - cotejamento que os animais fazem, como que se estudando, na rinha.[10]
Galista - termo que designa o criador e preparador de galos de briga; também define a pessoa que, durante as rinhas, fica a guiar um dos animais.[11]
Mutuca - termo pejorativo que designa os galos ordinários, usados nas rinhas.[12][13]
Papilheiro - define o galo que ataca sobretudo na papilha (a pele vermelha, pendente da parte de baixo da cabeça da ave, do queixo, do bico de baixo) do adversário.[15]
Palhaço - termo usado para galos que servem para treinar os outros.
Pua - Termo usado em parte do sul do Brasil, para definir a espora artificial, que é colocada nas patas dos galos para igualar os dois combatentes, para que nenhum deles tenha vantagem sobre o outro, assim ambos terão os mesmos direitos na luta.[16]
Tucado - Termo usado quando um galo fica nocauteado.[17]
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Referências
↑FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 510.
↑Sherman, David M. (2002). Tending Animals in the Global Village. Blackwell Publishing. 46. ISBN 0683180517.