Lungtok Gyatso
Lungtok Gyatso, abreviação de Lobzang Tenpai Wangchuk Lungtok Gyatso (também escrito Lungtog Gyatso e Luntok Gyatso, em tibetano ལུང་ རྟོགས་ རྒྱ་མཚོ་; 1 de dezembro de 1805 - 26 de março de 1815), foi o 9.º Dalai Lama do Tibete. Ele foi o único Dalai Lama a morrer durante a infância e foi o primeiro de uma série de quatro Dalai Lamas a morrer antes de chegar aos 22 anos de idade. Início da vidaSob sinais auspiciosos, Lungtok Gyatso nasceu perto do mosteiro de Dan Chokhor (ou Denchokor), no dia 1º de dezembro de 1805.[1] Muitas fontes o dizem órfão, mas outras nomeiam seus pais como Tendzin Chokyong e Dondrub Dolma. Concorrente como o próximo Dalai Lama desde a infância, o garoto foi levado ao mosteiro de Gungtang, perto de Lhasa, onde foi examinado por autoridades tibetanas, incluindo representantes de Qing, os ambans. Ele foi a escolha preferida dos atendentes do Oitavo Dalai Lama, sendo finalmente identificado como o Sétimo Panchen Lama, Gedun Choekyi Nyima, que, em 1808, realizou a cerimônia de tonsura e deu a ele o nome de Lobzang Tenpai Wangchuk Lungtok Gyatso.[1] Vida como Dalai LamaEm 1810, ele foi entronizado no Palácio de Potala, no Trono de Ouro do governo Ganden Po-drang. Nesse mesmo ano, o idoso regente Ta-task Nga-wang Gon-po morreu e o De-mo Tul-ku Nga-wang Lo-zang Tub-ten Jig-me Gya-tso (m. 1819) foi nomeado para substituí-lo.[2] "O explorador inglês Thomas Manning, que chegou a Lhasa em 1812, descreveu seu encontro com o 9º Dalai Lama, que tinha sete anos na época, em termos rapsódicos. 'O rosto bonito e interessante do lama atraiu toda a minha atenção', escreveu Manning. "Ele tinha as maneiras simples e afetadas de uma criança principesca bem educada. Seu rosto era, afetuosamente bonito, pensei. Ele tinha uma disposição alegre e animada. Fiquei extremamente afetado por essa entrevista com o lama. Eu poderia ter chorado pela estranheza da sensação.""[3] O sétimo Panchen Lama deu ao menino os votos de monge noviço em Lhasa, 1812, no dia 22° de setembro.[1] Lungtok Gyatso é dito ter tido um grande interesse no dharma e um intelecto aguçado, memorizando textos de oração longas, textos-raiz de abhisamayalamkara, Madhyamaka e Abhidharmakośa. Ngwang Nyandak (o sexagésimo sexto Ganden Tripa), Jangchub Chopel (que mais tarde se tornou o sexagésimo nono Ganden Tripa) e Yeshe Gyatso também estavam entre seus professores.[1] MorteO Dalai Lama de nove anos ficou resfriado no Festival Anlam de Oração.[1] Ele morreu no Tibete no dia 6° de março de 1815.[4] A nação inteira mergulhou na tristeza, que durou até o reconhecimento da sua nova reencarnação oito anos depois.[1] Seu corpo foi instalado em um relicário de ouro no palácio de Potala, chamado Serdung Sasum Ngonga.[1] "Durante o período dos Dalai-Lamas de curta duração - da Nona à Décima Segunda encarnação - o Panchen foi o lama da hora, preenchendo o vazio deixado pelos quatro dalai-lamas que morreram na juventude".[5] Referências
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