Depois de concluir que nem ele e nem Herodes viram motivos para condenar Jesus à morte, Pôncio Pilatos afirma que irá soltá-lo depois de castigá-lo. Porém a multidão começou a gritar e a exigir que Jesus fosse morto e que Barrabás fosse solto, como era o costume. Apesar dos apelos, o grito predominante era: «Crucifica-o! crucifica-o!» (Lucas 23:21) Depois de uma última tentativa, o clamor popular prevaleceu e Pilatos cedeu: «soltou aquele que havia sido preso por causa da sedição e do homicídio, a quem eles pediam, mas entregou a Jesus à vontade deles.» (Lucas 23:25).
No início do relato sobre a crucificação, Lucas conta que Simão Cireneu foi escolhido para carregar a cruz de Jesus e que atrás deles vinha uma grande multidão que se lamentava. Em algum ponto, Jesus falou para as "Filhas de Jerusalém":
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«...não choreis por mim; mas chorai por vós mesmas e por vossos filhos, porque dias virão, em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que nunca geraram, e os peitos que nunca amamentaram. Então começarão a dizer aos montes: Cai sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos, porque se isto se faz no lenho verde, que se fará no seco?» (Lucas 23:28–31)
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Seguiam junto no cortejo os dois ladrões que foram crucificados, um de cada lado de Jesus. Enquanto os soldados dividiam na sorte as vestes de Jesus, ele os perdoou. Depois foi zombado, escarnecido e zombado. É em Lucas que Jesus conversa com os dois ladrões (o bom ladrão e o ladrão impenitente) e salva um deles por sua fé. Estes episódios são narrados ainda em Mateus 27 (Mateus 27:33–44) e Marcos 15 (Marcos 15:22–32) e o trecho entre João 18:38 e João 19 (João 19:1–16).
Morte de Jesus
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«Era já quase a hora sexta e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona; e rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Jesus, clamando em alta voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. Tendo dito isto, expirou. Vendo o centurião o que acontecera, deu glória a Deus, dizendo: Realmente este homem era justo. Toda a multidão que se reunira para presenciar este espetáculo, vendo o que acontecera, retirava-se, batendo nos peitos. Mas todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia, conservavam-se de longe, contemplando estas coisas.» (Lucas 23:44–49)
Lucas conta que José de Arimateia, membro do Sinédrio, esteve com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Depois de ser retirado da cruz, o corpo foi envolvido em linho e depositado num túmulo novo aberto na rocha. Segundo ele, era a parasceve e ia começar o sabá ("sábado"). Ele termina o capítulo informando que as mulheres que seguiam Jesus desde a Galileia prepararam aromas e bálsamos, mas descansaram no sabá como era a Lei. Há paralelos em Mateus 27 (Mateus 27:57–61) e Marcos 15 (Marcos 15:42–47) e João 19 (João 19:38–42).
Texto
O texto original deste evangelho foi escrito em grego koiné e alguns dos manuscritos antigos que contém este capítulo, dividido em 56 versículos, são: