Livro didático
Livro didático é um livro de caráter pedagógico que pode auxiliar os docentes na condução do projeto pedagógico. Logo, é um instrumento que apresenta uma sequência lógica para a aprendizagem. Além disso, pode servir como suporte para que os discentes acompanhem os conteúdos disciplinares. Portanto, ele contribui para o desenvolvimento da aprendizagem.[1] O livro didático pode auxiliar no desenvolvimento da leitura, pois possibilita a ampliação do vocabulário e o aperfeiçoamento da linguagem escrita. O livro didático reúne informações confiáveis, de cunho científico, e serve de consulta para os discentes e docentes no processo educacional.[2] Podemos encontrar seus antecessores ao longo da história, em particular os espelhos de príncipes, mas também livros como Divini Illius Magistri,[3] o Leal Conselheiro de Dom Duarte, ou o Cartas sobre a Educação da Mocidade de Ribeiro Sanches. Surgiu como complemento aos livros clássicos, utilizados no ensino,[4] inicialmente procurando ajudar na alfabetização e na divulgação das ciências, história e filosofia. Inicialmente publicado por iniciativa individual de alguns autores-educadores, como Hilário Ribeiro, Eudoro Berlink e Wilhelm Rotermund (este com obras para colonos alemães). De acordo com Carneiro e Santos, o livro didático
O Dia Nacional do Livro Didático é comemorado, no Brasil, em 27 de fevereiro.[6] BrasilNo Brasil, a impressão de livros didáticos ganhou expressividade após o surgimento das indústrias nacionais de papel em 1920. Anteriormente, os educadores dependiam dos materiais que vinham de fora do país, limitando, assim, as estratégias e possibilidades de ensino. Em 1929, institui-se oficialmente com a criação do Instituto Nacional do Livro (INL), órgão especifico para legislar sobre políticas do livro didático. Foi encampado como iniciativa do Estado, durante o governo Getúlio Vargas, em cuja gestão do Ministro da Educação Gustavo Capanema, em 1938, institui a Comissão Nacional do Livro Didático. Sua construção norteia-se nos seguintes documentos que respaldam a educação brasileira: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN); Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN) e Base Nacional Comum Curricular (BNCC) A distribuição do material concretiza-se em 1976, com a criação da Fundação Nacional do Material Escolar (FENAME). Desde então, aumentaram consideravelmente as pesquisas sobre o uso desse recurso na prática pedagógica. Em 1985, cria-se o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), no qual agrega-se um conjunto de políticas públicas do Estado que visam garantir, de forma gratuita, o acesso ao livro didático aos estudantes da educação básica.[7] Desde 2017, o Projeto Livro Acessível foi aprovado como parte integrante do PNLD. O Projeto oficializa o compromisso do Ministério da Educação com a produção e distribuição de livros didáticos em formatos acessíveis para todos os alunos com necessidades educativas especiais matriculados na educação básica pública.
SeleçãoA escolha deve ser pautada em critérios de adequação ao currículo e ao Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada escola, além disso, é importante observar:[8]
Livro paradidáticoTanto livros didáticos quanto paradidáticos são essenciais no processo de ensino e aprendizagem. A principal diferença entre estes está relacionada aos seus objetivos e funções no processo de ensino e aprendizagem. Os livros didáticos possuem uma finalidade educacional, ou seja, são instrumentos pedagógicos para o ensino. Já os livros paradidáticos são instrumentos estético-reflexivos.[9] Paradidático: "ajuda complementando o ensino e, embora não propriamente didático, tem propósitos didáticos e pode ser usado em conjunto com materiais próprios e formais para ensinar um conteúdo"[10] Portanto, um livro paradidático busca explorar e aprofundar em assuntos mais específicos e complementares e/ou alternativos aos tradicionalmente abordados nos livros didáticos. Há materiais adequados para cada etapa da escolaridade e nível de compreensão. Por conseguinte, o corpo docente definirá quais são as obras mais adequadas dentro do conteúdo programático. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os livros paradidáticos oportunizam aos professores o desenvolvimento de trabalhos voltados para valores, por exemplo: bondade, ética, amizade, respeito, honestidade, ecologia, meio ambiente, poluição, dentre outros. Logo, eles contribuem para a formação de cidadão crítico. Caracterizam-se por possuir uma formatação diferenciada, com mais ilustrações, uma diagramação mais atraente, menor quantidade de páginas do que os livros didáticos e os conteúdos são trabalhados de forma narrativa. Entretanto, ainda preocupam-se com o conteúdo e sua aplicação pedagógica, mais do que com a estética.[5] Ver também
Referências
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