Leonor de Moura y de Aragón
Leonor de Moura Corterreal y de Aragón Moncada (1642 — Madrid, 28 de novembro de 1706),[1] conhecida em Itália por Eleonora di Moura, duquesa de Nocera e marquesa de Castelo Rodrigo, foi uma aristocrata, descendente da família Corte-Real e herdeira dos respectivos título em Espanha e Itália, que se distinguiu no campo político, especialmente no período em que seu marido, Anielo de Guzmán y Carafa, foi vice-rei da Sicília, a quem sucedeu por um breve período após o seu falecimento em 1677.[2][3] BiografiaFilha de Francisco de Moura Corte-Real, duque de Nocera e marquês de Castelo Rodrigo, Leonor de Moura y Moncada de Aragón sucedeu a seu pai em 1675 como a 2.ª duquesa de Nocera da casa de Castelo Rodrigo, a 8.ª desde a fundação do ducado, a 4.ª marquesa de Castelo Rodrigo e a 3.ª condessa de Lumiares. Casou por duas vezes. A primeira vez com Anielo de Guzmán y Carafa, filho de Ramiro Núñez de Guzmán, 2.º duque de Medina de las Torres, 2.º marquês de Toral, conde de Arzarcóllar, e de Anna Carafa della Stadera, 3.ª duquesa de Mondragone. O marido morreu em 1677, então no cargo de vice-rei da Sicília. Com a morte do marido, coube a Leonor de Moura assegurar transitoriamente o governo da Sicília, o que fez durante 27 dias, sendo a primeira vez que uma mulher exerceu funções vice-reais.[4][5][6] Rapidamente substituída no lugar face à oposição da Igreja Católica, que considerava inadmissível que uma mulher tivesse funções que incluíam as de legado papal na ilha, ainda assim governou durante 27 dias, de 16 de abril a 13 de maio de 1677, tomando nesse curto período de tempo um conjunto de medidas que deixaram marca.[7] Deste primeiro casamento por volta de 1669-1670, embora tradicionalmente ignorado pelas principais genealogias, nasceu um filho, Félix de Guzmán y Carafa, que faleceu durante uma viagem a Malta, em 1688, provavelmente morto por ser o mais perigoso concorrente à colossal herança da família paterna (os seus tios Nicola e Domingo de Guzmán Carafa faleceram também no ano seguinte, em 1689, sem descendência).[8] Em 1679 Leonor de Moura voltou a casar, desta feita com Carlos Homodei y Lasso de la Vega, 2.º marquês de Valdesaz de los Oteros. Desse casamento em 24 de fevereiro de 1680 nasceu um filho, que "morreo em Outubro do mesmo anno".[9] Os nocerini fizeram o possível tanto no luto pela viuvez de sua duquesa, quanto na alegria de seu segundo casamento e do nascimento de seu filho. Apesar de ter ficado um ano em Nápoles, a duquesa nunca visitou a cidade de Nocera.[10] Faleceu em Madrid, no dia 28 de novembro de 1706. Não tendo filhos sobreviventes, o ducado de Nocera e os restantes títulos foram herdados pela sua irmã Joana de Moura Corte Real y Moncada. A marquesa Eleonora de Moura é a protagonista do romance La rivoluzione della luna de Andrea Camilleri.[11] Referências
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