Andrea Camilleri nasceu em Porto Empedocle, Sicília (Itália), filho único de Carmelina Fragapane e Joseph Camilleri, esse inspetor portuário.[4]
Ele vive em Roma desde o final dos anos quarenta. Desde 26 de setembro de 2014 é cidadão honorário da cidade de Santa Fiora (Itália), que ele descreveu como seu "lugar do coração".[5]
Na infância, depois de um breve período no colégio episcopal (ele foi expulso pois atirou ovos contra um crucifixo), foi estudar na escola Empédocles de Agrigento, onde em 1943 com o desembarque iminente de forças aliadas na Sicília, as autoridades decidiram fechar as escolas.[carece de fontes?] Em 1945 publica poemas e contos em revistas e vai estudar Literatura na Universidade de Palermo.[6]
Nos seus romances, sua cidade natal surge transfigurada como a cidadezinha imaginária de Vigàta,[7] situada na igualmente fictícia província de Montelusa. Estreou como romancista em 1978.[8] Seus livros, principalmente os romances policiais protagonizados pelo comissário Salvo Montalbano, têm grande sucesso na Itália e em outros países.
Em 1957 casou-se com Rosetta Dello Siesto. Ele tem três filhas e quatro netos.[9]
O jornalista Eduardo Dãmaso definiu a obra do autor assim:
Para todos os efeitos, Andrea Camilleri é um escritor siciliano que carrega o peso de uma herança literária muito rica. A sua obra renova a tradição racionalista de uma escrita que persegue, sob a capa de um localismo obsessivo, as manifestações sociais, econômicas e políticas daquilo a que Leonardo Sciascia chamou "a sicialinização do mundo".[11]
Televisão
Foi funcionário da emissora RAI durante muitos anos, como diretor e produzindo os famosos seriados policiais do comissário Maigret e do tenente Sheridan.[8] Seu primeiro romance, escrito em 1978, foi adaptado para um seriado de TV com o título de Com a mão nos olhos.[12]
Seus romances inspiraram a série de televisão "O comissário Montalbano" e su percuela "O Jovem Montalbano".
Teatro
Professor de Direção na Academia Nacional de Arte Dramática, é autor de inúmeros ensaios sobre o espetáculo teatral e de livros como: Os teatros estáveis na Itália (1898-1918).[12]
Eu mantive sempre a Máfia em segundo plano (nos livros), embora sempre presente, porque negá-la teria sido negar a existência do ar. Influi em todas as relações, condiciona a existência, e o Estado ainda não sabe como lutar contra ela. No início eram analfabetos e hoje têm nível superior, mas continua sendo a máfia. Está na política, na indústria...[13]
Sobre o Vaticano ele disse: "o Vaticano é pior que uma cúpula mafiosa."[13]
Obras (parcial)
1959 I teatri stabili in Italia (1898-1918)
1978 Il corso delle cose
1984 La strage dimenticata
1992 La stagione della caccia
1993 La bolla di componenda
1995 Il gioco della mosca
Il birraio di Preston
1998 La concessione del telefono: A concessão do telefone (2000)(título em Portugal) ou Por uma Linha Telefônica (2001)(título no Brasil)
1999 La mossa del cavallo
2000 La scomparsa di Patò
Favole del tramonto
2001 Racconti quotidiani
Gocce di Sicilia
Le parole raccontate - Piccolo dizionario dei termini teatrali
2002 L'ombrello di Noè. Memorie e conversazioni sul teatro