Larry Norman
Larry David Norman (Corpus Christi, 8 de abril de 1947 - Salem, 24 de fevereiro de 2008) [1] músico, compositor e produtor norte-americano, começou a gravar em 1966, mas surgiu para a fama como homem de frente da banda de rock People![2]. O primeiro álbum da banda, "I Love You", lançado em 1968 teve a música de mesmo nome, (escrita por Chris White do The Zombies), entre as 20 mais tocadas da Billboard. Norman, no entanto, com frequência é lembrado como o "Pai" do rock cristão[3] e por sua música caracterizada fortemente por uma inclinação em contextualizar o cristianismo dentro dos mais diversos assuntos da sociedade. CarreiraApós despontar no meio musical com a banda People! Norman deixou a banda e lançou seu primeiro álbum solo, Upon This Rock, em 1969. Uma de suas mais memoráveis músicas é "I Wish We'd All Been Ready" (Eu queria que todos estivessem prontos), que se tornou um clássico e foi gravada por muitos artistas. Embora Norman não fosse o primeiro, havia muito poucos artistas gravando Rock and Roll com letras gospel na época, possivelmente pela associação que esse tipo de música tinha com o secularismo e a hostilidade à religião tradicional instituída. Larry Norman mudou isso e abriu a porta para outros artistas com seu clássico de 1972 "Why Should The Devil Have All The Good Music" (Por que o diabo tem que ficar com toda boa música?), na qual ele recusa essa noção e mostra que alguém pode ser um cristão e ouvir Rock. Sua aparição ao lado de Billy Graham na convenção de jovens Explo 72 causou um forte impulso em sua carreira, mas a estrada raramente foi fácil para Norman[2]. Seus lisos cabelos quase brancos até os ombros, jeans, camiseta e tiradas agudas contra influências seculares no meio cristão, não ajudavam muito na hora de fazer amigos entre os da geração mais antiga na igreja. Enquanto isso, jovens (religiosos e não-religiosos) compravam seus discos e afluíam em massa aos seus concertos. Seus álbuns eram uma mistura de rock pesado, com letras geralmente sérias, mas também ocasionalmente descontraídas, (especialmente quando atuando com seu melhor amigo Randy Stonehill, cujos primeiros álbuns foram produzidos por Norman, no início dos anos 1970). No final dos anos 1970, Norman fundou a gravadora Solid Rock Records, que viria lançar Welcome to Paradise and The Sky Is Falling, de Stonehill, Horrendous Disc, de Daniel Amos, A View From The Bridge, de Tom Howard e Appalachian Melody, de Mark Heard entre outros títulos de vários artistas e seus próprios. Norman sofreu, em 1978, um grave acidente a bordo de um avião, quando a porta de compartimento de bagagens abriu ferindo sua cabeça. Pelos doze anos seguintes ele não gravaria nenhum álbum de estúdio. Paralelo a isso, uma disputa com a Word Records levou a Solid Rock à suspender suas atividades. Norman, mudou-se para a Europa e fundou o selo Phydeaux. Em 1992, um forte ataque cardíaco deixa Norman com uma expectativa de vida de uma semana. Ele sobrevive a uma cirurgia de alto-risco, mas fica com algumas seqüelas cardio-respiratórias. Mesmo assim, continua a se apresentar sem regularidade. Em 2001, juntamente com Elvis Presley, Norman foi recebido no Hall da Fama da música Gospel[4]. É neste ano também que ele sofre uma revascularização cardíaca quádrupla e anuncia sua aposentadoria. Em Dezembro de 2003 ele realiza o seu concerto "de despedida". Em 2005, dois novos concertos de despedida são anunciados, um na Noruega e outro em sua cidade de adoção, Salem, que acabou sendo de fato o último deles. Naquela data, Norman declarou ao público: "Até onde posso dizer, esta é a última vez que terei condições de tocar na América, na Europa e no planeta Terra"[3]. InfluênciasMuitos artistas foram influenciados pela música de Norman, incluindo Frank Black do Pixies, que chegou a fazer uma versão de uma das canções de Norman, "Six-Sixty-Six" em seu álbum Frank Black & the Catholics. Durante a canção "Levitate Me", Black diz: "Come on pilgrim, you know He loves you!" (Venha peregrino, você sabe que Ele te ama) - uma frase que Norman incluiu no final de sua música "Watch What You're Doing". Black foi um dos convidados especiais do concerto de Norman em Junho de 2005, em Salem, juntando-se a Norman na execução da canção "Watch What You're Doing". Outros artistas como dc Talk, Guns N' Roses e U2 dizem-se fãs de Norman. Dizzy Reed, tecladista do Guns N' Roses, tocou no álbum de Larry Copper Wires de 1998. Enquanto Norman gravava no AIR Studios de George Martin em 1974, Paul MacCartney declarou em entrevistas que Norman poderia ter sido um dos mais significativos artistas dos anos 1970, se ele não se restringisse a temas espirituais. Bono e The Edge, do U2, também são fãs. Há um rumor de que Pete Townshend, da banda The Who, inspirou-se na ideia do musical "Tommy" de uma similar ópera-rock de Norman, escrita no final do ano de 1960. Em anos recentes Larry Norman foi redescoberto por grupos contemporâneos, como dc Talk, Rebecca St. James, Audio Adrenaline, que gravaram e apresentaram sua música a uma nova geração de admiradores. Larry Norman popularizou o gesto da mão fechada com o dedo indicador apontando para o céu. O sinal, sintetizava a ideia do "One Way to Heaven" (Um só Caminho para o Céu) e transformou-se em marca registrada de Norman[5].
DespedidaLarry Norman se foi às 2:45 h da manhã de domingo. No sábado à tarde anterior, 23 de fevereiro, sentindo que sua partida estava próxima, ele ditou uma mensagem de despedida aos amigos e admiradores, e pediu a seu amigo Allen Fleming que a digitasse no computador[6].
Discografia selecionada1960's
1970's
1980's
1990's
2000's
Ver tambémReferências
Ligações externas
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