Lóki?
Lóki?[1] é o primeiro álbum solo de Arnaldo Baptista, depois do término da banda Os Mutantes. É considerado um dos discos mais importantes do rock brasileiro e da MPB por alguns críticos. Apesar de sua importância musical ter sido reconhecida pela crítica especializada à época do lançamento, em 1974.[2], teve pouco sucesso de público e baixa vendagem. A obra passou a ser tida como relevante na historia da música brasileira a partir dos anos 90 do século XX, na esteira do reconhecimento d´Os Mutantes por figuras da música pop internacional, como Kurt Cobain e Sean Lennon. E inspirou o título do principal documentário biográfico do autor, Loki - Arnaldo Baptista, lançado em 2008. HistóriaFoi lançado em 1974 depois da saída de Arnaldo Baptista de Os Mutantes e do término de seu casamento com Rita Lee, que dividia com ele o núcleo criativo da banda. Arnaldo vivia um recesso depressivo, em um sítio em São Paulo, e conseguiu fazer o disco a partir de uma iniciativa da gravadora Polygram que, apesar de considerar incerto o sucesso da obra, apostou em lançá-la por considerar Baptista um artista criativo[2][3]. É considerado um dos melhores álbuns dos anos 70. Nesse álbum Arnaldo Baptista realiza algumas de suas composições mais inspiradas e melancólicas, no que seria uma espécie de último lampejo criador precedendo a derrocada psiquiátrica de que até hoje padece e que já então se anunciava de forma evidente. Uma clara evidência da tênue linha existente entre loucura e genialidade.[4] A enorme gama de estruturas melódicas e harmônicas explorada ao longo das faixas mostra o Arnaldo bossanovista ("Cê Tá Pensando que Eu Sou Lóki?"); o Arnaldo roqueiro ("Será que Eu Vou Virar Bolor?"); e até mesmo o compositor jazzístico-progressivo, como na inusitada "Honky Tonky". O disco teve a participação dos ex-mutantes Rita Lee, Liminha e Dinho Leme, além dos arranjos de Rogério Duprat nas faixas "Cê Tá Pensando que Eu sou Loki?" e "Uma Pessoa Só". É um disco que, curiosamente, usa o rock, mas ignora a guitarra. Com efeito, o guitarrista Sérgio Dias Baptista, irmão caçula de Arnaldo e guitarrista de Os Mutantes, é o único membro da banda que não atua em Loki. Em 2007, o álbum foi eleito pela revista Rolling Stone como o 34º melhor na lista dos 100 maiores discos da música brasileira pela Rolling Stone Brasil[5], à frente de obras mais lembradas, como Falso Brilhante, de Elis Regina, e Milagre dos Peixes, de Milton Nascimento. A capa do disco traz duas imagens sobrepostas do corpo de Arnaldo e coladas sobre um fundo de estrelas. Ele aparece sem camisa, segurando uma arma de chumbinho e uma cinta de balas. A imagem do cantor foi registrada no alpendre de sua casa na Serra da Cantareira. Na contracapa, há uma imagem de uma estátua de anjo que ele comprou em um cemitério.[6] FaixasTodas as faixas escritas e compostas por Arnaldo Baptista, exceto onde indicado.
Músicos
Ficha Técnica
Referências
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