Línguas médias iranianas
As línguas médias iranianas são um grupo de línguas iranianas (indo-europeias) faladas entre o século IV a.C. e o século IX d.C. Elas descendem as línguas antigas iranianas. Essas línguas eram desconhecidas até o século XX. De todas as línguas médias iranianas, apenas o persa médio e o sogdiano parecem ter descendentes ainda em uso. O persa médio (pálavi), uma língua iraniana média, era o idioma oficial do Império Sassânida. Foi usado desde o século III d.C. até o início do século X. O persa médio, o parta e o sogdiano, todas línguas iranianas médias, também foram usadas como línguas literárias pelos maniqueus, cujos textos também sobrevivem em várias línguas não iranianas, do latim ao chinês. A maior parte dessas línguas era escritas no alfabeto pálavi e seus derivados, mas o bactriano, que antes da invasão de Alexandre não tinha forma escrita, era escrito em um alfabeto derivado do grego desenvolvido localmente. LínguasExistem dois sub-grupos das línguas médias iranianas: as orientais e ocidentais.[1][2] OcidentaisParta (noroeste)Ver artigo principal: Língua parta
A língua parta foi uma língua média iraniana ocidental,[2][3][4] sendo importante durante o período do Império Parta.[5][6] Era escrito na escrita pálavi, que descende do aramaico imperial. Atualmente, a língua parta é considerada uma língua extinta, mas muitas palavras emprestadas partas são encontrados na língua armênia.[7]
Persa médio (sudoeste)Ver artigo principal: Persa médio
O persa médio foi uma língua média iraniana ocidental[8][9] já extinta, usada entre o século III e o século X. Foi a língua oficial no Império Sassânida, durante o período pré-islâmico do Irã.[2] A língua é academicamente chamada de pálavi, que também é o nome da escrita usada para escrever textos.[10] O Frahang ī Pahlavīg, um tesauro datado provavelmente do século X,[11][12] foi escrito em persa médio.[13] Orientais
EscritaA maior parte das línguas médias iranianas, com a exceção do bactriano, que era escrito em uma forma adaptada do alfabeto grego, era escrita em alfabetos derivados do aramaico, e, como todos os alfabetos semíticos, não possui símbolos para as vogais curtas,[2] o que causa confusão e ambiguidade de palavras.[8] Alfabeto bactrianoVer artigo principal: Alfabeto bactriano
A língua bactriana era escrita em uma forma adaptada do alfabeto grego que chegou lá através da conquista da Pérsia por Alexandre, o Grande. A conquista fez com que a língua que antes da invasão não tinha forma escrita, começasse a ser escrita no alfabeto grego.[15] A forma adaptada desenvolveu-se localmente.[2][8] O bactriano era uma das línguas médias iranianas menos conhecidas por causa de falta de recursos recursos textuais, assim como seu alfabeto. Isso começou a mudar segunda metade do século XX, quando em 1957 arqueólogos franceses acharam a primeira inscrição substancial em bactriano, em Surkh Kotal. Sendo decifrada a partir daí.[15] A partir da década de 90, o corpus linguístico bactriano aumentou substancialmente.[16] PálaviVer artigo principal: Escrita pálavi
A escrita pálavi é um tipo de escrita derivado do aramaico imperial, foi usado em textos sagrados persas do período pré-islâmico e a língua persa média.[17][10] É um abjad então não haviam grafemas para as vogais, causando ambiguidade entre palavras, e, para os 28 fonemas do persa médio, haviam 15 grafemas, o que significa que alguns grafemas representavam mais de um fonema.[18] Ele é escrito da direita para a esquerda, e os glifos são muitas vezes conectados.[19] Frahang ī PahlavīgVer artigo principal: Frahang-ī Pahlavīg O Frahang ī Pahlavīg, conhecido por seus consumidores e produtores, isto é, adeptos e sacerdotes do zoroastrismo, como Mōnā Khodā,[11][12] é um tesauro em persa médio, que explicava a pronúncia dos logogramas usados na escrita pálavi, e posteriormente, ortografias arcaicas e obscuras.[13] Ele provavelmente data do século X.[11][12] CapítulosO livro era dividido em capítulos, alguns sem cabeçalho:[12]
Ver também
Referências
Bibliografia
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