Juína
Juína é um município brasileiro localizado na microrregião do Aripuanã, na divisa entre os estados do Mato Grosso e de Rondônia. Seu território está completamente dentro do bioma Amazônico. Origem do nomeNome de origem indígena, da etnia pareci, de grafia "zui-uína", que significa "rio do gavião". Também há a possibilidade de originar da etnia cinta-larga "ju-hi-iña". A denominação Juína é referência geográfica ao Rio Juína-Mirim.[5] HistóriaOs primeiros habitantes da região foram os povos cinta-larga, rikbatsa e ena-wenê-nawê. Duas grandes áreas indígenas habitadas por 1.008 indígenas estão localizadas no município.[6] Além disso, a Estação Ecológica Iquê-Juruena. O início da colonização da chamada “Terra Esquecida” aconteceu por causa da construção da rodovia AR-1, que liga Vilhena/RO a Aripuanã/MT, na década de 1970. A Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso (CODEMAT) coordenou o Projeto Juína em conjunto com a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO). O engenheiro Gabriel Müller foi um dos idealizadores do projeto Juína. Por influência do senador Filinto Müller, uma lei do Congresso Nacional deu poderes ao Mato Grosso para licitar os dois milhões de hectares onde viria a ser fundado o município de Juína. A maior parte deles foi vendida para ruralistas da região sul do Brasil. 117.000 hectares às margens do rio Juruena e 65.000 hectares às margens do rio Aripuanã foram reservados para a prefeitura de Aripuanã/MT, para fins agrícolas. Em 1978, inúmeras famílias do centro-sul do país migraram para Juína. Em 23 de janeiro de 1976, os diretores da Sudeco e Codemat se reuníram no hotel Fontanilhas (construído a pedido do governador José Fragelli), no distrito de mesmo nome, às margens do rio Juruena. Nesse dia, o Projeto Juína foi formalizado: uma cidade no meio da selva amazônica seria construída, em uma área de 411.000 hectares de terras de maior fertilidade, na região do Alto Aripuanã e Juína-Mirim. O projeto foi aprovado pelo INCRA em 19 de setembro de 1978 e realizado entre os quilômetros 180 ao 280 da rodovia AR-1. O engenheiro Hilton Campos foi um dos responsáveis pela criação e colonização da “Rainha da Floresta”, como a cidade é conhecida. O projeto original da cidade a dividia em módulos de 35 hectares, com lotes lotes de 12m x 40m (posteriormente, passaram para 15m x 40m). Em 1976, a Sociedade de Pesquisas Minerais (SOPEMI) e o Projeto RADAMBRASIL descobriu jazidas de diamante na região. A partir de então, o garimpo de diamantes foi uma das atividades econômicas locais. Em 10 de junho de 1979, Juína foi convertida em distrito de Aripuanã. E, em 9 de maio de 1982, foi elevada a município. O primeiro prefeito foi Orlando Pereira. Em 1980, foi fundada a Cooperativa Agropecuária Mista de Juína (Cooperjuína), que contava com 2.335 associados em 1988. No mesmo ano, foi criada a Delegacia Regional de Educação de Juína. GeografiaA sede do município situa-se nas coordenadas aproximadas de latitude 11º22'42" sul e a uma longitude 58º44'28" oeste, estando a uma altitude de 442 metros. O município de Juína localiza-se a noroeste do estado a 720 quilômetros da capital, Cuiabá. Foi criado a partir de um projeto implementado pela Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso, CODEMAT, no ano de 1976, com objetivo de expansão das fronteiras agrícolas e ocupação de áreas até então pertencentes a povos indígenas naturais da região. Sua localização é privilegiada considerando que é polo regional dos municípios de Brasnorte, Castanheira, Juruena, Cotriguaçu, Colniza, Aripuanã e Rondolândia. Possui uma extensão territorial é de 26 190 km² dos quais 60% pertencem a reservas indígenas, e a área remanescente foi repartida em lotes, vendidos à população vinda das diferentes partes do País, principalmente dos estados do Sul do Brasil. Os lotes foram distribuídos de acordo com a fertilidade das terras, sendo que os lotes mais próximos ao núcleo foram distribuídos aos pequenos agricultores e os lotes maiores e terras menos produtivas para desenvolvimento da pecuária industrial. O clima da região é tropical, com uma estação de chuvas e outra de seca. A população de Juína era de 41.101 habitantes em 2020.[7] EconomiaA exploração industrial extrativista e agropecuarista prevalece como base da economia do município, em especial o extrativismo de madeiras nobres e de diamantes e a agricultura de subsistência. A pecuária também é importante fator de desenvolvimento econômico da região. No setor cultural, o município promove o festival de pesca no Rio Juruena (Fontanilhas), a EXPOJU (Festa e Exposição Agropecuária da cidade), o Carnaval de Rua e o Rodeio Indoor de Dom Bosco. EnsinoMais de 10 mil estudantes do ensino fundamental e médio vivem em Juína, que oferece cursos superiores via Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Faculdades do Vale do Rio Juruena (Ajes), Universidade Salgado de Oliveira e Universidade Paulista (UNIP). Cursos técnicos também são oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). EsporteNo esporte, destaca-se em modalidades como handebol, vôlei, atletismo e futsal, esporte que a consagrou como tricampeã da Taça Centro América em 2012. Sediou os Jogos Regionais Estudantis e Adultos. Projeção na mídiaJuína teve uma divulgação muito positiva nas eleições gerais de 2006, quando o juiz Geraldo Fidelis comandou ação "Juína Bom Exemplo". Esta campanha ganhou destaque nacional, obtendo uma adesão de 100% de mesários voluntários no município; chegando inclusive a serem dispensados vários voluntários inscritos para mesários. Últimos prefeitos eleitos
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