José Simões de Almeida (Sobrinho)
José Simões de Almeida ou Simões de Almeida (Sobrinho) (Figueiró dos Vinhos, 17 de junho de 1880 – Lisboa, 2 de março de 1950), foi um escultor português. Seguiu a escola naturalista.[1] Era sobrinho do escultor homónimo, José Simões de Almeida. Foi casado com a escultora amadora micaelense Margarida Alcântara. BiografiaFilho de Joaquim Simões de Almeida Fidalgo e de Augusta da Conceição Almeida, nasceu em 17 de Junho de 1880. Em 1893 inscreveu-se no Curso Geral de Desenho da Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde mais tarde viria a ser professor, influenciando várias gerações de novos artistas. A partir de 1897 frequentou o curso de Escultura dessa mesma escola, tendo sido aluno de José Simões de Almeida (tio). Depois de terminado o curso concorreu ao lugar de bolseiro por conta do Legado Valmor, fixando-se em Paris entre 1904 e 1907.[2] Esculpiu bustos e monumentos. Uma das suas primeiras obras foi a estátua de Bento de Góis, para Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel, inaugurada em 1906 e removida em 1963. A sua prova final de concurso na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, a estátua do Infante D. Henrique, realizada em 1915, seria passada ao mármore e oferecida a São Miguel, em 1932, sendo inaugurada também em Vila Franca do Campo, de maneira a comemorar o 5.º centenário do então julgado descobrimento dos Açores. Para o Palácio de São Bento executou o busto oficial da República Portuguesa e o tímpano do front̃ão do edifício. É o autor do baixo-relevo sobre a implantação da República em Portugal, patente na escadaria nobre da Câmara Municipal de Lisboa, dos baixo-relevos do Monumento ao Marquês de Pombal (Lisboa) — um projecto original de Francisco dos Santos que seria terminado por Simões de Almeida e Leopoldo de Almeida depois da morte de Francisco dos Santos —, e dos seis baixos-relevos alusivos à dança no Palace Clube, atual Palácio do Comércio da Associação Comercial de Lisboa. É autor dos bustos do Duque de Ávila e Bolama, de Fontes Pereira de Melo, bem como as alegorias à Constituição e à Justiça (no interior do Palácio de S. Bento), e das estátuas "Relembrando" e "Escrava", ambas atualmente no Museu do Chiado, em Lisboa. Possui várias condecorações entre as quais a Ordem de Santiago de Espada.[3]
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Referências
Ligações externas
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