Jorio Dauster Magalhães Silva GOMM (Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1937) é um diplomata, empresário e tradutor brasileiro.
Foi, entre outros cargos, secretário no consulado do Brasil em Montreal e nas embaixadas em Praga e Londres, presidente do Instituto Brasileiro do Café (1987-1990)[2] e da Companhia Vale do Rio Doce (1999-2001)[3] e embaixador do Brasil junto à União Europeia (1991-1998).[4]
Atualmente, é consultor de empresas. Como tradutor, verteu para o português brasileiro livros de autores como J.D. Salinger e Vladimir Nabokov.[5][4]
Biografia
Jorio Dauster nasceu em 1937, no Rio de Janeiro. Fez o curso de preparação para diplomatas no Instituto Rio Branco.
Foi secretário no consulado brasileiro em Montreal (1965-1968) e nas embaixadas de Praga (1968-1972) e Londres (1979-1987).
Entre outros cargos que teve na diplomacia foi o chefe do escritório do Instituto Brasileiro do Café em Londres. Em fevereiro de 1987 assumiu a presidência do Instituto Brasileiro do Café, ficando no cargo até a extinção desse órgão em março de 1990 no primeiros dias do Governo Collor.[6]
Entre 1972 e 1974 fez parte do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, como coordenador do sistema brasileiro de patentes.
Entre meados de 1990 e 1991, durante o governo Collor, Dauster foi encarregado pela Ministra da Economia Zélia Cardoso como negociador-chefe da dívida externa do Brasil.[7][8]
Entre 1991 e 1998, foi embaixador do Brasil na União Europeia, em Bruxelas. Em julho de 1991, Dauster foi admitido por Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]
Em 1999, foi nomeado presidente da Companhia Vale do Rio Doce, dois anos após a privatização da empresa, cargo que ocupou até 2001.
Entre 2001 e 2003 foi sócio de Luiz Cesar Fernandes no grupo Invixx.[9][10]
Tradutor
Dauster é tradutor de obras da literatura de língua inglesa, com mais de 40 obras no currículo.
Iniciou nessa carreira em 1964, quando ele e os colegas diplomatas Álvaro Alencar e Antonio Rocha fizeram uma tradução de The Catcher in the Rye, de J.D. Salinger. O título em português seria A sentinela do abismo, mas foi rejeitado pelo autor, que queria uma tradução mais fiel, sendo assim lançado pela Editora do Autor como O apanhador no campo de centeio.[11][4]
Dauster traduziu outras obras de Salinger, Vladimir Nabokov (incluindo Lolita e Fogo Pálido), Ian McEwan, Philip Roth, Thomas Pynchon, Alberto Manguel, Virginia Woolf e Dave Eggers.
Referências
Ligações externas
Página oficial